Quinze anos atrás, o C-115 Búfalo estava prestes a sair de operação da FAB. Os 12 novíssimos CN-295 (designados aqui C-105 Amazonas) estavam prestes a chegar, e os Búfalos operavam apenas com o Esquadrão Arara, de Manaus. A disponibilidade era baixa e a tecnologia não era a do século XXI.
Porém, o acidente do Gol 1907 fez a Força Aérea Brasileira desenvolver uma imensa operação a partir da fazenda Jarinã, a poucos quilômetros do local da queda do Boeing. Ao longo de quase dois meses, aeronaves passaram a operar ali, enfrentando uma pista pouco preparada e condições rústicas para missões como transporte de comida, de militares, de equipamentos e até de corpos.
Aviões como o C-130 Hércules não podiam pousar ali, muito menos os jatos mais modernos. Então, qual aeronave serviu de maneira ideal naquela triste, porém marcante missão?! Os valentes C-115 Búfalo!
O BraSil se tornou o maior operador do C-115, quando adquiriu 24 aparelhos entre os anos de 1968 e 1970. A Força Aérea Brasileira utilizou esses aviões, de 1968 a 2007, em variados tipos de missões, principalmente na região amazônica, onde o “Buffalo” se tornou parte da paisagem. O exemplar em exposição no MUSAL voou com a matrícula FAB 2371 até o ano de 2006, quando foi desativado e entregue ao Museu Aeroespacial, tendo sido colocado em exposição em 18 de abril de 2007.
Assista um vídeo de operação dessa incrível máquina em Apalaí, região de fronteira entre o Brasil (rio Paru de Leste, Pará), o Suriname (rios Tapanahoni e Paloemeu) e a Guiana Francesa (alto rio Maroni e seus afluentes Tampok e Marouini) e a aldeia localizada em Tiriós, noroeste do estado brasileiro do Pará, nos municípios de Oriximiná e Almeirim, dentro do Parque Indígena de Tumucumaque
Poucos meses depois, todos os C-115 foram aposentados. Mas certamente deixaram saudades!
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Em diversos países, a necessidade de estruturar serviços de saúde no âmbito das forças armadas serviu de argumento para o aproveitamento de mulheres enfermeiras nesses espaços culturalmente masculinizados. Por oportuno, a incorporação oficial de enfermeiras em instituições militarizadas ocorreu principalmente em momentos de guerra, ocasiões reconhecidas como importantes vetores de profissionalização da Enfermagem. Esse movimento contribuiu para a demarcação das posições ocupadas pelas mulheres nos campos militar e social. De modo exemplar, tal situação ocorrera no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
No contexto desse conflito, foi criado o Ministério da Aeronáutica em 20 de janeiro de 1941, acompanhando a tendência da guerra moderna de aplicação e desenvolvimento tecnológico de aviões, que amplificariam os conflitos militares para o espaço aéreo.
Alguns meses mais tarde, declarou-se estado de guerra em todo território nacional, no dia 31 de agosto de 1942, o que foi especialmente motivado pelo torpedeamento de 19 navios mercantes brasileiros pelos nazistas, situação que levou à morte 346 tripulantes e 410 passageiros. No ensejo, determinou-se o uso de aviões no litoral para busca, salvamento e patrulhamento por radar contra submarinos alemães. Isso pôs o Brasil do lado dos Estados Unidos da América e, por conseguinte, dos países Aliados (Império Britânico, União Soviética, China, Polônia e França, entre outros) que se opunham à Alemanha, Itália e Japão, potências do Eixo que representavam as forças nazifascistas na guerra.
A declaração de estado de guerra pelo governo brasileiro também foi motivada pelas pressões políticas dos Estados Unidos da América, que visavam a consolidação do Pan-Americanismo e da Política da Boa Vizinhança. Em contrapartida, mais de 100 aviões norte-americanos foram trazidos em voo para a instrução primária de pilotos brasileiros de 1942 a 1943, quando se passou a articular a criação de grupamentos de militares e civis voluntários, o que fazia parte da política de mobilização nacional para a guerra e das estratégias de reaparelhamento das Forças Armadas brasileiras e de capacitação de seus contingentes.
Essa situação oportunizou a criação do 1º Grupo de Caça da FAB em 18 de dezembro de 1943 pelo Decreto-Lei 6.123, a fim de exercer a aviação de combate junto aos norte-americanos, na Europa. Iniciaram-se, então, as negociações para organização do Serviço de Saúde vinculado ao 1º Grupo de Caça, que seria formado por enfermeiras e médicos voluntários voltados ao atendimento de militares combatentes, pilotos e pessoal de apoio.
Para se enquadrar ao padrão dos aliados norte-americanos, a FAB precisava incorporar mulheres enfermeiras aos seus quadros de efetivo, visando organizar o seu Serviço de Saúde. Com isso, foi criado o Quadro de Enfermeiras da Reserva da Aeronáutica (QERA) por meio do decreto 6.663, de 7 de julho de 1944. Com o apoio da Escola Anna Nery (EAN), foram selecionadas seis enfermeiras egressas dessa instituição para compor o QERA, as quais foram oficialmente nomeadas pelo ministro da Aeronáutica como 2º tenente da reserva de 2ª classe. Após treinamento militar nos Estados Unidos da América, entre julho e setembro de 1944, elas embarcaram para a Itália, onde foram lotadas em dois hospitais de retaguarda. Na guerra, elas ficaram responsáveis pelos cuidados aos pacientes do 1º Grupo de Caça da FAB até junho de 1945.
A criação do QERA contribuiu para amenizar a divisão sexual do trabalho no âmbito das instituições militares do país. Ainda que na retaguarda, a Enfermagem fez-se a via para a inclusão feminina nesse espaço tradicionalmente reservado e ocupado por homens.
Nesse contexto, em 10 de setembro de 1959, por meio da Lei nº 3.632, foram incluídas no Serviço de Saúde da Aeronáutica, no posto de Segundo-Tenente, as enfermeiras que integraram a Força Aérea Brasileira, durante as operações de guerra na Itália.
Foi enviado à Itália um grupo de oficiais médicos e enfermeiras da FAB, entre eles o Ten. Med. Luthero Vargas, filho de Getúlio Vargas, à época presidente do Brasil. Alguns dos médicos serviram no US 12th General Hospital, em Livorno, enquanto o Cap. Med. Thomas Girdwood operou com o Grupo – foi o primeiro “médico de esquadrão” da FAB, apesar de tal função não existir à época. Já as enfermeiras – 2º Tenentes Isaura, Antonina, Judith, Ocimara, Regina e Diva – acompanharam o 1º Grupo de Aviação de Caça desde o treinamento nos EUA até o final da guerra.
Texto adaptado do original “A inclusão de enfermeiras aeronautas brasileiras na segunda guerra mundial: desafios e conquistas”, publicado em https://www.sanarmed.com/artigos-cientificos/a-inclusao-de-enfermeiras-aeronautas-brasileiras-na-segunda-guerra-mundial-desafios-e-conquistas
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A data comemora o voo inaugural da aeronave MUNIZ M-7 em 1935. O primeiro avião fabricado em série no país.
O avião monomotor, que tem um exemplar em exposição no MUSAL, era capaz de fazer acrobacias e tinha dois assentos.
Nos dias atuais, temos o desenvolvimento do KC-390, aeronave que colocará o Brasil como protagonista entre os fabricantes de equipamentos de defesa nomundo.
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Com o advento dos GPS e do radioaltímetro, o bravo sensor pitot, inventado no século XVIII, deveria estar gozando merecida aposentadoria! Inventado pelo matemático e astrônomo francês Henri Pitot (1695-1771), quando estudava mecânica dos fluidos no Rio Sena, hoje corre o risco de ser responsabilizado pelo desastre do Airbus 330, do voo 447 da Air France.
Os Velhas Águias da FAB, bem sabiam carecerem de confiabilidade as indicações dos velocímetros, climbs e altímetros, fornecidas pelo tubo de pitot, quando inopinadamente penetravam com suas aeronaves em um cúmulo-nimbo (CB). Na verdade, aqueles pilotos sequer dispunham de radares que lhes permitissem desviar suas rotas daquelas temíveis formações. Quando inevitáveis, passavam a confiar em seus sensores humanos para corrigir ou não velocidade e altura informadas por aquele instrumento, que se limita a calcular e informar o diferencial das pressões barométricas, total e estática, sendo que esta oscila caoticamente no interior de um CB.
Era o caso dos bombardeios B-25
A partir de 1964, o então Major-Aviador Carneiro de Campos comandava o 1º/10º GAv, esquadrão sediado na Base Aérea de Cumbica, que passara a contar com os dez RB-25 Mitchel remanescentes da Segunda Guerra Mundial e da FAB, cuja principal missão era o reconhecimento meteorológico. A operacionalidade daquele esquadrão era tal que o efetivo da Base Aérea acertava seus relógios quando ouvia o roncar de ambos os motores do bombardeiro leve que decolava, pontualmente, às 8h, em direção ao núcleo da frente fria que deveria estar adentrando no espaço aéreo brasileiro, oriunda do arco Atlântico Sul, Uruguai e Argentina.
Após estabilizar em voo de cruzeiro, entre as altitudes de 2,4 mil a três mil metros, o oficial meteorologista era convidado pelo Comandante da tripulação a assumir seu posto de observação no nariz de vidro do avião, portando suas ferramentas de trabalho constituídas de termômetros, barômetros, higrômetros, pranchetas etc.
Quando os pilotos visualizavam a coisa preta, tratavam de preparar previamente o guerreiro RB-25 antes de enfrentar eventual CB. Para isso, ligavam o aquecimento do tubo de pitot; reduziam a velocidade de cruzeiro de 230 MPH para 180 MPH, com vistas a reduzir os esforços estruturais em suas asas e superfícies de comandos (ailerons); e, ao mesmo tempo, aumentavam a rotação das hélices, objetivando manter aquecidas as cabeças dos cilindros dos motores. Caso contrário, abaixo de determinada temperatura limite, os motores começavam a tossir, alertando que, naquelas condições, não se responsabilizariam por seu eventual apagamento. O importante era a missão, que se resumia em determinar a eventual ocorrência e potencialidade dos CB, com a finalidade de alertar, via radiotelegrafista, as aeronaves comerciais a desviarem daquela rota, em face do enfrentamento de severas e perigosas turbulências.
A prévia preparação permitia ao piloto determinar a correta altitude do avião, a ser mantida manualmente em relação ao instrumento conhecido por Horizonte Artificial. Por funcionar baseado em dispositivos giroscópios, independente das variações de pressões estáticas, é o único instrumento confiável em condições meteorológicas adversas. Malgrado os avanços da intelligentsia, ainda não foi desenvolvido computador que não seja inconsequentemente burro a ponto de derrubar um avião baseado em informações sem registro emanadas do tubo de pitot.
De nada adiantará, pois, substituir o fabricante dos tubos de pitot dos airbuses, se não for recomendado aos pilotos prepararem a aeronave antes de entrar em CB, e jamais se olvidarem de ligar o aquecimento do tubo de pitot e desligar o piloto automático .
Cel. Av. Luiz Carlos Rodriguez Rodriguez
Texto publicado em 13 de julho de 2009, no jornal O Liberal de Belém do Pará.
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O 7 de setembro é uma das datas comemorativas mais importantes do Brasil, justamente por abrigar um dos principais acontecimentos da nossa história: a nossa indepenência.
A independência do Brasil aconteceu em 7 de setembro de 1822, quando, supostamente, D.Pedro (futuro D.Pedro I) provlamou o grito da independência às margens do Rio Ipiranga, na atual cidade de São Paulo. Com isso, o Brasil rompeu sua ligação com Portugal e consolidou-se como nação independente.
D.Pedro I
Quais foram as causas da independência?
A independência foi resultado de um processo de desgaste nas relações entre os colonos brasileiros, sobretudo da elite, com portugal. Isso teve relação direta com a Revolução Liberal do Porto de 1820, mas podemos considerar que tudo começou com a transferência da Família Real Portuguesa para o Brasil, em 1808.
A transferência da Família Real Portuguesa foi uma consequência da Era Napoleônica e motivada pela invasão de portugal pelas tropas francesas. A mudança da Família Real Portuguesa para o Rio de Janeiro foi, portanto, uma fuga. Após se instalar no Rio de Jnaeiro, foi iniciado o que ficou conhecido como Período Joanino.
Independência ou Morte
Independência ou Morte é uma pintura do artista brasileiro Pedro Américo.
Independênca ou Morte, Pedro Américo
É considerada a representação mais consagrada e difundida do momento da indepêndencia do Brasil, sendo o gesto oficial da fundação do Brasil.
Popularmente conhecido como o 7 de Setembro, é um feriado nacional, também chamado de Dia da Pátria. Este feriado nacional, historicamente é marcado por comemorações públicas na maioria das cidades brasileiras.
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