Em 23 de janeiro de 1936, o Correio Aéreo Militar (CAM) inaugurou a primeira linha internacional, para Assunção, no Paraguai, utilizando a aeronave Waco Cabine CJC, tripulada pelos Tenentes Hortêncio Pereira de Brito e Ricardo Nicoll, com escalas no Rio, São Paulo, Bauru, Três Lagoas, Campo Grande, Ponta Porã, Concepción (no Paraguai) e Assunção.
Jan 1936 – O Correio Aéreo Militar chega em Assunção – Oficial paraguaio, Major Pery Bevilacqua, Embaixador Lafayette de Carvalho e Silva, Cap Hortêncio e Ten Nicoll. Na manhã do regresso, ocorreu um incidente com a aeronave Waco cabine, matrícula C-47, tendo a Aviação Militar Paraguaia cedido um avião Breda para o transporte das malas até Campo Grande. |
O MUSAL possui um exemplar da aeronave Waco CJC em uma de suas exposições permanentes.
Como passageiro, viajou o Ten Tíndaro Pereira Dias, Comandante do Destacamento de Campo Grande.
Quer conhecer mais sobre a história do Correio Aéreo Militar, acesse www.fab.mil.br/noticias
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Em 18 de janeiro de 1937, por meio do Decreto nº 1.383, foram aprovados orçamentos, plantas e especificações relativas ao fornecimento e instalação de maquinários e equipamentos necessários às manobras de aeronaves no Aeroporto Bartolomeu de Gusmão, em Santa Cruz, zona oeste carioca. O complexo foi inteiramente construído pela Luftschiffbau Zeppelin para receber os dirigíveis Graf Zeppelin e Hindenburg.
Entre 1931 e 1937, a Deutsche Luft Hansa (Lufthansa após 1933) operou voos regulares entre a Alemanha e o Brasil, utilizando seus dirigíveis rígidos LZ 127 Graf Zeppelin e LZ 129 Hindenburg. O Rio de Janeiro era o destino final, de onde os passageiros poderiam fazer conexões com serviços de aviões para o Sul do Brasil, Uruguai, Argentina, Chile e Bolívia, que eram operados pela subsidiária brasileira da Lufthansa, a Syndicato Condor.
O aeroporto foi inaugurado em 26 de dezembro de 1936 pelo presidente Getúlio Vargas, com a presença do embaixador alemão Schmidt Elskop. Antes da construção do aeroporto, os dirigíveis rígidos eram guardados no Campo dos Afonsos.
O sítio aeroportuário consistia de um campo de pousos e decolagens, um hangar, alfândega, prédio administrativo, outro prédio para os operadores de rádio, quartos para funcionários, alojamentos para a tripulação, um depósito, uma fábrica de hidrogênio e um ramal de trens, que ligava o local com o centro da cidade a 54 km de distância.
O hangar é o único exemplar original de estrutura construída para acomodar dirigíveis rígidos ainda existente no mundo. Devido a sua importância histórica, foi tombado como Patrimônio Cultural Nacional em 14 de março de 1999.
Em 12 de fevereiro de 1942, seis meses antes do Brasil declarar guerra às Potências do Eixo, o aeroporto foi tomado pelo então Ministério da Aeronáutica e transformado na Base Aérea de Santa Cruz, que permanece como uma das mais importantes da Força Aérea Brasileira.
Fontes: INCAER
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Com o objetivo de formar aviadores militares brasileiros, em 18 de janeiro de 1913, foi assinado um ajuste entre o Ministro da Guerra, General Vespasiano Gonçalves de Albuquerque e Silva, e a firma “Gino, Bucelli e Cia”, para o funcionamento da “Escola Brasileira de Aviação”, no Campo dos Afonsos.
O “Aeroclube Brasileiro”, posteriormente chamado Aeroclube do Brasil, é a mais antiga instituição de ensino aeronáutico do país e o segundo aeroclube mais antigo do mundo. Sua história precede até mesmo a da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Força Aéreo Naval, da Marinha do Brasil, tendo em seus quadros o registro de algumas das figuras mais relevantes dos céus brasileiros.
Nos anos 1910, época em que o “milagre da aviação” despertava grande encantamento na população e detinha um grande apreço por parte dos militares, se encontrava no Brasil um fascinante grupo de estrangeiros aviadores, integrado pelos franceses Roland Garros, Edmond Plauchut e Ernesto Darioli, além do italiano Gian Felice Gino.
Tão logo surgiu a ideia de se estabelecer no país a presença de um grupo organizado. Sendo assim, em 14 de outubro de 1911, fundado o que foi chamado “Aeroclube Brasileiro”.
A primeira diretoria trouxe como presidente de honra ninguém menos do que o sócio-fundador Alberto Santos Dumont, além do almirante José Carlos de Carvalho como diretor presidente e Vitorino de Oliveira, redator do jornal “A Noite”, como primeiro diretor secretário.
Civis e militares ilustres, políticos, professores e homens de negócios apoiaram publicamente o ato. Os primeiros aviões do aeroclube foram adquiridos com recursos arrecadados em subscrição pública e, logo em seguida, cedidos ao Exército para servirem pela primeira vez no Brasil durante a Guerra do Contestado.
Devido à demora na recuperação dos aviões emprestados ao Exército, somente em 1916 foi reiniciado o curso de pilotagem, sob a direção do Tenente Bento Ribeiro Filho. Em 1917, o aeroclube se filiou à Fédération Aéronautique Internationale (FAI), passando a exercer a função oficial de examinadora dos pilotos formados no Brasil, concedendo os brevês.
O brevê Número 1 foi dado a Raul Vieira de Melo, tenente do Exército, em 1919.
Primeiro brevê expedido pelo “Aero club Brasileiro” | Imagem: Reprodução |
Foi neste mesmo ano que o Exército Brasileiro solicitou as instalações do Campo dos Afonsos, o então campo de aviação do aeroclube, para instalar sua própria instituição de ensino de aviação militar, motivo pelo qual o aeroclube fechou sua escola.
O aeroclube passou então apenas a promover e a colaborar com a criação de escolas de aviação em todo o Brasil, credenciando delegados em vários estados.
Já na década de 1930, com a criação do Departamento de Aeronáutica Civil (DAC) no Ministério de Viação e Obras Públicas, a função normativa do Aeroclube se desfez – visto que os brevês concedidos pelo DAC tornaram desnecessário o reconhecimento da FAI, ao menos para voar dentro do Brasil.
Campo dos Afonsos, em 1919
Foi quando o grupo mudou o nome para “Aeroclube do Brasil” (ACB) e iniciou a construção de um campo de pouso em Manguinhos, ainda no Rio de Janeiro (SC).
Porém, sob argumento de que os voos atrapalhavam as operações nos aeroportos do Galeão e Santos Dumont, nos anos 1960, o aeródromo foi fechado e por fim, transferido na década de 1970 para Jacarepaguá.
Fontes: INCAER e site Hangar 33
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Por meio do Decreto n.º 12.364, de 17 de janeiro de 1917, foi aprovado o primeiro Regulamento da Escola de Aviação Naval, o qual estabelecia dois cursos: Formação de Piloto Aviador (em 03 meses) e Formação de Aviador Observador Militar (em 05 meses).
SDM |
A carreira Tamandaré do Arsenal de Marinha. Ali foram montados os três Curtiss F. Na foto, um deles descendo a rampa. |
Já no início de 1916, a Lei 3.089, que fixava as despesas gerais da República, autorizou a criação da Escola de Aviação (Art. 26, VII). Mas a Escola de Aviação Naval (EAvN) só foi efetivamente criada no dia 23 de agosto daquele ano (Decreto 12.167). Nascia assim a Aviação Naval Brasileira, bem como a primeira organização de aviação militar no país.
O local escolhido para a instalação da EAvN foi a Ilha do Rijo (na Baía de Guanabara). O pequeno espaço da ilha também seria dividido com a recém criada Escola de Submarinos, mas esta acabou instalando-se na Ilha de Mocanguê Grande. Enquanto eram realizadas as obras de adaptação da Ilha do Rijo, a escola ficou provisoriamente instalada na carreira Tamandaré do antigo Arsenal de Marinha na Praça Mauá. Ali foram montados os três Curtiss Modelo F.
Logo em seguida a escola mudou-se para a parte oeste de Ilha das Enxadas, ocupando uma área de apenas 6.000 m2. Dois pequenos hangares, com capacidade para quatro aeronaves, foram construídos. Além deles, outros dois foram posteriormente erguidos na Ilha do Boqueirão, mas estes não prestaram nenhum serviço.
Jorge Kfuri/Aviação Naval |
Vista superior da carreira Tamandaré espremida entre o Mosteiro de São Bento e a ponte pênsil. |
De início, a nova especialidade podia ser adotada tanto pelos oficiais do Corpo da Armada, como pelos maquinistas. Posteriormente o leque foi ampliado para oficiais de outros quadros. Sem perder muito tempo, uma primeira turma de alunos foi formada ainda no ano de 1916. A turma era composta por quatro alunos sendo que três deles já haviam cursado a Escola Brasileira de Aviação em 1914.
Para conhecer um pouco mais sobre a História da Aviação Naval, acesse o site www.naval.com.br
Fontes: INCAER e site Poder Naval.
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Em 12 de janeiro de 1925, foi publicada a Lei n.º 4.911 que, entre outras definições de Governo, determinou normas brasileiras para a operação de Companhias Aéreas. Especificamente, no Artigo 19 da citada Lei, o Governo passou a regulamentar o serviço de aviação, podendo contratar o transporte de correspondência postal por via aérea.
Assim, em 14 de janeiro daquele ano, ocorreu o voo exploratório das Linhas Aéreas Latecoère, na rota Rio de Janeiro - Buenos Aires, com o transporte de malas postais e jornais.
Os três aviões Breguet-14 decolaram do Campo dos Afonsos, pilotados por Paul Vachet (piloto chefe da empresa), Etienne Lafay e Victor Hamm, levando como mecânicos Gauthier, Estival e Chevalier.
Fontes: INCAER
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Em 12 de janeiro de 1904, faleceu, em Paris, Henri Lachambre, construtor dos balões de Santos Dumont. Sucedeu-lhe Carton, que se tornou, também, grande admirador do aeronauta brasileiro.
Henri Lachambre (30 de dezembro de 1846 - 12 de janeiro de 1904) foi um fabricante francês de balões. A sua fábrica era situada no subúrbio parisiense de Vaugirard. Participou, também, de diversos voos em balão.
Construiu balões para os brasileiros Júlio César Ribeiro de Souza, em 1881 e 1883, Alberto Santos Dumont, de 1898 a 1904, e o dirigível PAX de Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, em 1902.
Lachambre forneceu balões ao US Signal Corps e à expedição ao ártico de Salomon August Andrée, em 1897. Trabalhou com Alberto Santos-Dumont que, em 1898, voou com o seu próprio balão.
Juntamente com o seu sobrinho, Alexis Machuron, escreveu um livro sobre a Expedição de S. A. Andrée ao Pólo Norte, em balão.
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Em 11 de janeiro de 1864, nascia Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, um dos precursores da aviação, “pioneiro dos dirigíveis semirrígidos”.
Augusto Severo chegou a Paris no dia 5 de outubro de 1901, levando consigo os planos de uma aeronave revolucionária: o "Pax", um formidável dirigível semirrígido que deveria resolver simultaneamente os problemas de manobrabilidade e estabilidade dos balões. Com esse veículo, ele pretendia concorrer a um prêmio de 100 mil francos (US$ 20 mil), o Grande Prêmio do Aeroclube da França, criado em 15 de abril de 1900 e destinado àquele que criasse a primeira máquina voadora eficiente.
Segundo o regulamento do concurso – chamado pela imprensa de “prêmio Deutsch” numa referência ao nome do fundador, o empresário francês Henri Deutsch de la Meurthe –, o prêmio seria entregue ao piloto que, num voo sem escalas, supervisionado por uma comissão do Aeroclube da França, partisse e retornasse ao Parque de Aerostação de Paris no tempo máximo de meia hora, cumprindo um trajeto preestabelecido de 11 quilômetros, tendo a Torre Eiffel no meio desse percurso.
Com Augusto Severo, para saber mais sobre esse grande pioneiro da aviação, acesse: https://tokdehistoria.com.br/.../augusto-severo-de.../
Fontes: INCAER e "TokdeHistória"
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