Hoje a Força Aérea Brasileira comemora o dia da Aviação de Reconhecimento que surgiu em 1947, com a criação do 1º/10º Grupo de Aviação. Em seguida, foi ativado o 6º Grupo de Aviação, e, em 2011, o 1º Esquadrão do 12º Grupo de Aviação, operando Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT). Hoje a atuação dos Esquadrões não se limita à produção de dados e conhecimentos para a Inteligência de Defesa. Essas unidades aéreas são empregadas, rotineiramente, para fazer aerolevantamento de áreas de interesse, na vigilância das fronteiras terrestres e das águas territoriais brasileiras, em operações de Garantia da Lei e da Ordem e em apoio às atividades de segurança pública em grandes eventos, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos.
Porém seu embrião se formou durante a Guerra do Paraguai quando as forças brasileiras aplicaram um conceito que, desde a antiguidade, sempre foi determinante para o sucesso de qualquer conflito bélico: o conhecimento sobre o inimigo. Tal fato ocorreu em 24 de junho de 1867, determinando assim a comemoração no dia de hoje.
Um orgulho para todos os brasileiros foi a Primeira Esquadrilha de Ligação e Observação (1ª ELO) que teve um grande desempenho nos céus da Itália, utilizando a aeronave Piper L-4H. Durante a Guerra, a 1ª ELO realizou 1.654 horas de voo, 682 missões de guerra e mais de 400 regulações de tiro de Artilharia. Essas missões se caracterizavam por serem longas e árduas devido à topografia dos Montes Apeninos; às condições meteorológicas durante o inverno; à pouca potência de seus pequenos aviões com motor de 65 CV e desprovido de armamentos; ao desconforto da cabina de voo não aquecida; à longa permanência sobre as linhas de frente; às pistas de pouso precárias de onde os militares tinham que operar; e ao fogo antiaéreo inimigo.
No decorrer desses 74 anos de existência da Aviação de Reconhecimento na FAB, diversas aeronaves foram. O Museu Aeroespacial, preserva e expõe alguns exemplares desses vetores aéreos: AMX A-1, Cessna L-19E (Bird Dog), Douglas A-20K (Havoc), Douglas A-26B (Invader), Neiva L-42 (Regente), Neiva N-56C (L-6C Paulistinha), North American NA 159 (T-28A) Trojan, Piper L-4H, Pilatus L-3 e AT-26 (Xavante).
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Tudo começou com duas cartas, duas cartas somente...
Hoje, comemoramos o nonagésimo aniversário do Correio Aéreo Nacional e do Dia da Aviação de Transporte.
Nessa paisagem do lendário Campo dos Afonsos, podemos ainda sentir as vibrações que motivaram o idealismo dos nossos pioneiros, simbolizados nas ilustres figuras dos seus primeiros integrantes: Nelson Freire Lavanére-Wanderlei, Casemiro Montenegro Filho, Lemos Cunha, Eduardo Gomes e tantos outros que, com abnegação doaram o melhor de suas vidas à Força Aérea Brasileira.
O modesto início daquelas duas cartas traziam implícito o objetivo grandioso de manter unida a nossa Pátria, o que foi buscado, ao longo dos tempos, pelo Correio Aéreo Nacional.
Podemos encontrar no serviço postal aéreo militar as raízes da aviação de transporte, que fez do CAN o seu braço forte.
Após a criação do Ministério da Aeronáutica, em 1941, houve a fusão do Correio Aéreo Militar com o Correio Aéreo Naval, dando origem a uma das mais belas histórias da aviação brasileira.
Em 1951, o Correio Aéreo Nacional já havia atingido tal volume e complexidade de operações que se fez necessário estruturá-lo dentro de uma nova organização, capaz de dirigir adequadamente tão importante serviço.
Dessa forma, a direção, coordenação e desenvolvimento das atividades do Correio Aéreo Nacional passou por modificações porém mantendo viva a chama de integrar este País, ainda em desenvolvimento.
Parabéns Aviação de Transporte, Parabéns Correio Aéreo Nacional!
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O Dia D, também conhecido como Operação Overlord, que resultou na conquista de parte da Normandia, no Norte da França, aconteceu no dia 6 de junho de 1944. Foi a maior operação de guerra da história e combinou diversas forças militares e marcou o início da liberação da França do domínio dos nazistas na Segunda Guerra Mundial. Também foi extremamente importante ao criar um front ocidental de luta contra a Alemanha Nazista, o que acentuou o desgaste dos alemães que já lutavam na Itália e no front oriental contra a União Soviética.
O planejamento estendia-se desde 1943 e sua execução, em 1944, aconteceu no momento ideal, pois combinou o fortalecimento dos Aliados com o enfraquecimento visível do Eixo. A operação e promoveu o desembarque de soldados Aliados nas praias da Normandia, no Norte da França. A quantidade de pessoal mobilizado, segundo historiadores, foi de cerca de 150 mil homens, transportados em 5.300 embarcações, além de 1.200 tanques e cerca de 12 mil aeronaves como apoio, realizando o reconhecimento do terreno; lançamento de paraquedistas, que saltaram em diferentes posições da Normandia para confundir as defesas inimigas e conquistar pontes importantes para garantir o avanço Aliado; e bombardeio. As tropas Aliadas eram compostas, principalmente, por soldados americanos, britânicos e canadenses.
Hitler já esperava que um ataque à Normandia acontecesse, no entanto, não sabia quando isso aconteceria. A esperança de ditador era depositada na chamada Muralha do Atlântico, uma linha de defesa estendida na costa do Oceano Atlântico e construída com o objetivo de barrar uma possível invasão dos Aliados. No entanto, a muralha era mais um blefe nazista que propriamente uma realidade.
A reconquista da Normandia era considerada fundamental pelos Aliados, pois significava o início de um esforço de guerra com a intenção de libertar a França do domínio nazista. O Dia D é visto por muitos como o fato que definiu o destino da Segunda Guerra Mundial, a vitória Aliada foi crucial para a continuidade da guerra e contribuiu para antecipar a derrota do Nazismo.
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Em 22 de maio de 1942, às 13h47, um avião B-25B atacou o submarino italiano Barbarigo, que havia torpedeado o navio mercante brasileiro Comandante Lira próximo ao Atol das Rocas. Já era a oitava embarcação do brasileira atingida pelas forças do Eixo.A guerra estava próxima e cada voo da FAB passou a ser realizado com seu nível de atenção ainda mais elevado. Nesse contexto, os Capitães Aviadores Parreiras Horta e Pamplona, pilotos do B-25, realizaram o ataque lançando dez bombas de 45kg sobre o submarino, que foi a pique imediatamente.
Essa é uma data marcante para a Força Aérea Brasileira e para todos os tripulantes“patrulheiros” de ontem e de hoje, pois, em plena Segunda Guerra Mundial, o “Batismo de Fogo” rememora o bombardeio do submarino italiano.Assim, esta data passou a ser considerada o “Dia da Aviação de Patrulha”.
Naquele tempo, para substituir o material aeronáutico existente inadequado à missão de patrulhamento, em sua quase totalidade, o Brasil, como aliado dos EUA, foi beneficiado pelo LendandLeaseAct, acordo pelo qual o Presidente americano Roosevelt determinava o empréstimo de equipamentos de guerra aos países aliados, desde que comprassem ou devolvessem estes itens ao final da guerra. Desta maneira, a FAB recebeu aviões A-28 HUDSON, hidroaviões PBY-5 CATALINA, aviões anfíbios PBY-5A CATALINA e aviões PV-1 VENTURA para serem empregados no patrulhamento das águas próximas ao litoral brasileiro.
Juntamente com os aviões, equipes da Força Aérea Brasileira receberam treinamento, ministrado por uma equipe denominada United StatesBrazilian Air Training Unit – USBATU. Com esse treinamento, a FAB assumiu o patrulhamento de alguns setores do litoral e passou a proporcionar a cobertura aérea de comboios navais.
Em julho de 1943, um avião PV-1 VENTURA localizou e atacou o submarino alemão U-199 no litoral do Rio de Janeiro, deixando-o avariado. Uma outra aeronave, um CATALINA PBY-5, concluiu este ataque e afundou este submarino.
Desde então, nossa Aviação de Patrulha operou com diversos modelos de aeronaves, os quais se encontram em nosso acervo. Atualmente, a Patrulha realiza suas missões operando as aeronaves P-95M “Bandeirulha” e P-3AM ÓRION.
*JajukáPiráWaí*
*Salve a Patrulha!*
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No dia 4 de maio de 1902, Augusto Severo realizou a primeira experiência com o balão dirigível “Pax”, preso ao chão por cordas. Foi interrompida devido à forte chuva que desabou. No dia seguinte, foi realizada a segunda experiência do “Pax”, com o balão dirigível ainda preso ao solo, com resultados positivos. Estiveram presentes o Comte de La Vaulz e diversos representantes do Aeroclube da França.
Já no dia 8 de maio, Augusto Severo empreendeu a terceira experiência com o “Pax”, permanecendo este preso ao solo, por cordas. O mau tempo, no entanto, prejudicou os ensaios.
Três dias depois, o Ministério da Guerra da França, concedeu autorização a Augusto Severo para que o mesmo, no voo do “Pax”, previsto para o dia seguinte, evoluísse sobre as tropas do Exército Francês que se encontravam acampadas em Issy-Les-Moulineaux.
No dia 12 de maio, ocorreu um acidente com o dirigível “Pax”, falecendo Augusto Severo de Albuquerque Maranhão e o seu mecânico francês Georges Sachet. Severo foi, pois, a primeira vítima brasileira da conquista do ar. O corpo de Augusto Severo foi recolhido à Legação Brasileira, em Paris, sendo visitado por mais de cinco mil pessoas, inclusive as maiores autoridades científicas da França.
No dia 14 de maio, a Intendência de Natal, atual Prefeitura Municipal de Natal, mudou o nome da Praça da República para o de Praça Augusto Severo, localizada no bairro da Ribeira, em homenagem ao pioneiro norte riograndense.
No dia 28 de maio do mesmo ano, em palestra apresentada no Instituto Politécnico do Brasil, no Rio de Janeiro, sob o tema: “Os balões de Santos Dumont e Severo”, o professor Carlos Sampaio fez uma apreciação geral sobre as causas prováveis do acidente do balão dirigível “Pax”, que vitimou seus dois tripulantes.
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Na Quinta-Feira 11 de maio de 1899, aconteceu a primeira experiência de Santos Dumont com o seu Balão Dirigível N.º 2. Tal aeróstato era flexível, com 25 metros de comprimento e 3,8 metros de diâmetro. Esse fato teve como cenário o Jardim da Aclimação, em Paris. A experiência durou pouco, pois logo após o inicio da ascensão, o balão chocou-se contra as árvores, danificando-se. Os teóricos afirmam que a chuva em combinação com a temperatura fria fez o hidrogênio contrair-se. Nesse voo-teste, Santos Dumont voou sobre Paris, contra e a favor dos ventos. Ao tentar descer sofreu um pequeno acidente, que não teve maiores consequências porque pediu a alguns meninos para usarem o cabo pendente do balão como se fosse uma pipa (papagaio de papel, em Portugal), correndo contra o vento.
Não se sabe se por coincidência, ou não, essa data era o Dia da Ascenção, feriado católico comemorado em Paris. A quinta-feira da Ascensão (ou Ascensão de Jesus) é um feriado cristão que ocorre 40 dias após a Páscoa. Em vários países cristãos, este dia é um feriado oficial. Como a Páscoa, a quinta-feira da Ascensão e um feriado móvel. Talvez o inventor quisesse aproveitar uma data festiva para dar maior notoriedade a seu invento.
No ano de 1899, Santos Dumont construiu dois aparelhos. O já citado Dirigível N.º 2, que caiu logo no primeiro ensaio. E o dirigível Nº 3 que era um projeto totalmente novo e tinha seu invólucro inflado com gás de iluminação, que tinha a vantagem de ser mais barato e que apresentava um risco menor de explosão. Com um formato menos alongado, ele pretendia evitar que o invólucro dobrasse durante o voo como ocorrera com os seus dirigíveis anteriores.
Esses eventos ocorridos em 1899 mudaram o patamar de Dumont diante da imprensa francesa. A partir de então, os artigos publicados sobre ele demonstravam um interesse maior sobre seus inventos. Os jornais Le Figaro e La Matin foram alguns dos principais periódicos que já faziam referência a Santos Dumont, não apenas como esportista, mas como inventor. A descrição dos dirigíveis e as quedas eram relatadas com destaque nos textos, porém ainda não se tinha um detalhamento maior sobre a pessoa do inventor.
Texto: Jefferson E. S. Machado (Doutor em História Comparada pelo Programa de Pós Graduação em História Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Referências
MURADAS, Duane Quireza. Os Projetos de Santos=Dumont: Balões, Dirigíveis, Helicópteros e Aeroplanos. In: www2.anac.gov.br/certificacao/Diversos/Portug/SantosDumont-02.pdf
BARROS, Henrique Lins de; SOUZA, Renato Vilela Oliveira de. Santos-Dumont e a solução do voo dirigido: releituras e interpretações da imagem pública de um inventor
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Apenas cinco anos após o pioneiro voo homologado da história, realizado pelo brasileiro ALBERTO SANTOS DUMONT, que fascinou o mundo em 1906 com a sua audácia e obstinação, em 29 de abril de 1911, o primeiro aviador militar brasileiro, o Primeiro-Tenente de Marinha Jorge Henrique Möller foi brevetado na pilotagem de aviões, na Escola Militar de Aviação de Étampes, na França.
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