O Museu Aeroespacial (MUSAL), localizado no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro, recebeu 175.475 visitantes ao longo dos dias 19 e 20 de julho de 2025, durante evento alusivo aos 152 anos de nascimento de Alberto Santos Dumont, o Pai da Aviação. Com entrada gratuita, a comemoração especial contou com um programa extenso e inclusivo, reunindo demonstrações aéreas, atividades culturais e educativas, exposições interativas, gastronomia variada, além de espaços voltados ao acolhimento de pessoas neuroatípicas e campanhas solidárias de arrecadação de alimentos e agasalhos.
O evento foi uma iniciativa da Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER), Terceiro Comando Aéreo Regional (III COMAR), Universidade da Força Aérea (UNIFA) e MUSAL. A realização contou ainda com a parceria da AVJET Rio Serviços Aéreos Ltda e da Hangar 7 Eventos, juntamente com a participação e apoio institucional das Forças Armadas, Forças de Segurança e diversas instituições públicas e privadas. Somente no sábado (19), o público alcançou 63.720 pessoas, enquanto no domingo (20) o número de visitantes chegou a 111.755, consolidando esta celebração como uma das maiores mobilizações culturais do ano no cenário da aviação brasileira.
Para o Diretor do MUSAL, Brigadeiro do Ar R/1 Mauricio Carvalho Sampaio, a edição deste ano foi marcada por ampla participação do público, ambiente receptivo e elevado engajamento social: "A edição deste ano foi um verdadeiro sucesso, superando nossas expectativas. Tivemos dois dias de intensa celebração, marcados por um ambiente familiar e acolhedor e pela expressiva participação da população. Este resultado reflete o compromisso do Museu Aeroespacial com sua missão de preservar a rica memória Aeronáutica Brasileira e com a disseminação do conhecimento junto à sociedade.”
Com foco na solidariedade e atentos às pessoas em situação de vulnerabilidade social, o evento resultou na arrecadação expressiva de 4.000kg de alimentos não perecíveis, os quais foram destinados ao Instituto Casa Viva, organização sem fins lucrativos que atua no apoio a famílias em situação de precariedade na região do Campo dos Afonsos. Além disso, cerca de 2.800 peças de vestuário e cobertores foram reunidas para beneficiar comunidades em situação de risco social no Rio de Janeiro, contribuindo para amenizar os impactos das baixas temperaturas.
Diversas ações voltadas à acessibilidade marcaram o evento no MUSAL, com destaque para o Espaço Azul, ambiente especialmente projetado para acolher crianças e jovens neuroatípicos. Ao todo, 852 pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras condições neurodivergentes foram atendidas no local, que ofereceu oficinas psicomotoras, atividades sensoriais e suporte individualizado, sob a supervisão de profissionais especializados. A estrutura também contou com um lounge exclusivo para o público PCD, com vista privilegiada para as atrações aéreas. Para saber mais e conferir a matéria completa, clique aqui.
A proposta de inclusão também contou com a participação voluntária da intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais), Juliana Martins, carinhosamente conhecida como “Julibras”, que realizou tradução simultânea para o público surdo presente. Durante o evento, a intérprete acompanhou mediações conduzidas por educadores do museu, traduzindo conteúdos das salas temáticas “Primórdios da Aviação”, “Santos Dumont”, dentre outras salas expositivas. A ação garantiu acessibilidade linguística e ampliou a experiência cultural dos visitantes surdos, reforçando o compromisso do MUSAL com a promoção de uma vivência museal inclusiva, sensível e educativa.
A programação educativa e recreativa foi reforçada com ações do SESC-RJ (Serviço Social do Comércio do Rio de Janeiro), parceiro estratégico do MUSAL na promoção de iniciativas culturais, educativas e de lazer voltadas ao público infantil e familiar. Reconhecido por sua atuação em projetos de inclusão social e formação cidadã, o SESC-RJ contribuiu de forma significativa para ampliar o alcance do evento, oferecendo experiências que estimulam o aprendizado, a criatividade e a convivência em um ambiente acessível e acolhedor. Para saber mais e conferir a matéria completa, clique aqui.
Um dos grandes marcos desta edição foi a reintegração do icônico hidroavião Consolidated PBY-5A Catalina à exposição permanente do MUSAL, após um criterioso processo de restauração. Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a aeronave tem valor inestimável para a história da aviação brasileira e mundial, reforçando o papel do museu como guardião da memória aeronáutica. Outra atração que encantou o público foi o giro do motor e o táxi demonstrativo do P-47 Thunderbolt, um dos caças mais emblemáticos da Segunda Guerra Mundial. O sucesso da demonstração contou com o auxílio fundamental do piloto e especialista em aeronaves, Rafael Daré Aguirre, Presidente da REVOAR - Associação de Restauro Aeronáutico, que contribuiu na manutenção, no acionamento, giro e taxiamento do Thunderbolt. Para saber mais e conferir a matéria completa, clique aqui.
Como de costume, a programação foi focada em uma ampla gama de atrações para toda a família. A abertura oficial, em ambos os dias, contou com a apresentação da Banda de Música da Base Aérea dos Afonsos (BAAF), que encantou o público com um repertório variado e envolvente. A Associação Carioca de Aeromodelismo (ACA) realizou exibições de aeromodelos em voo, e os visitantes puderam explorar internamente as aeronaves C-130 Hércules e C-115 Buffalo, além das diversas salas temáticas do museu, que abordam a trajetória da aviação militar e civil no Brasil.
Quanto às sempre demonstrações aéreas, a Esquadrilha CEU, formada por pilotos militares e civis renomados, emocionou a plateia com manobras coordenadas em voos em formação, sob liderança de Alfredo Salvatore e com os pilotos Raphael Lima, André Faleiros, Ricardo Sayeg, Luiz Carlos Lebeis e Yuri Albrecht, este último ao comando do clássico T-6 Texan. Outra atração de alto impacto foi a apresentação da aeronave Extra EA-300, da Associação Brasileira de Acrobacia Aérea (ACRO BRASIL), considerada uma das mais avançadas em acrobacias no mundo. Outro destaque foi a apresentação inédita no MUSAL do Cmte William Groth (EUA) com seu avião RV-7, realizando diversas acrobacias.
O público também pode acompanhar demonstrações operacionais com o helicóptero H-36 Caracal e lançamentos da Equipe de Paraquedismo “Falcões” da Força Aérea Brasileira, a partir da aeronave C-95 Bandeirante. Teve ainda a Esquadrilha Apolo, composta por pilotos instrutores da Academia da Força Aérea (AFA), que apresentou manobras em formação com aeronaves T-25 Universal, utilizadas na formação dos Cadetes da AFA.
Durante o evento, os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer de perto a trajetória da aviação brasileira ao percorrerem as salas expositivas do MUSAL, com destaque para o espaço dedicado a Alberto Santos Dumont, que abriga o escrínio com seu coração e apresenta informações valiosas sobre sua vida e invenções — um verdadeiro tributo ao Pai da Aviação.
Com um dia inteiro de atividades, os visitantes puderam aproveitar a gastronomia variada oferecida em uma ampla praça de alimentação e espaço de convivência, proporcionando momentos de lazer e integração para famílias, estudantes e entusiastas. Apresentações musicais ao vivo, com a Dupla Moura Martins e um DJ convidado, contribuíram para a atmosfera acolhedora do evento.
A programação cultural e educativa do evento se destacou pela diversidade e inclusão, com sessões de contação de histórias e exibições de filmes históricos que atraíram públicos de todas as idades. No auditório do prédio principal, a escritora Beatriz da Cruz Ribeiro apresentou a obra “Homem Voa!”, uma narrativa lúdica sobre a vida e os feitos de Santos Dumont, que encantou crianças e adultos ao abordar, de forma sensível, temas como identidade, diversidade e afetividade. Outras histórias também enriqueceram o momento, como “Nia, a menina dos afetos”, de Shirlei Machado, que celebra a ancestralidade e a valorização da identidade negra, e “Qual é a sua forma?”, de Liliane Mesquita, inspirada no filho autista da autora, emocionando o público presente. Para saber mais e conferir a matéria completa, clique aqui.
Além das contações, o Cine MUSAL promoveu uma imersão audiovisual com a exibição de curtas-metragens históricos que narram a trajetória da aviação nacional. Foram exibidos títulos como “Do Sonho aos Ares”, “1º GAVCA – FAB na Guerra”, “Essa é a Nossa FAB”, “O Homem que Sabia Voar” e o musical “Dumont, Dumont”, ampliando o conhecimento do público sobre a importância da Força Aérea Brasileira e do legado de Santos Dumont na história da aviação mundial.
Durante o evento, o público teve acesso facilitado a serviços de saúde oferecidos pelo Centro Municipal de Saúde Professor Masao Goto, que instalou um ponto de vacinação no local. Foram disponibilizadas vacinas importantes, como a tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) e a vacina contra a influenza, além de ações de saúde bucal. A equipe do Posto também realizou cadastros sociais de saúde, ampliando o alcance dos cuidados preventivos para os visitantes.
A segurança e a integração com a comunidade foram reforçadas por meio de demonstrações promovidas por diversas Forças de Segurança, como a Guarda Municipal do Rio de Janeiro (GM-Rio), o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), a Polícia Rodoviária Federal (PRF-RJ), o Grupamento de Ações Rápidas do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (GAR/DEGASE), a Divisão de Ação com Cães do DEGASE (DAC/DEGASE) e o Batalhão de Ações com Cães da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (BAC/PMERJ). As apresentações e exposições das Forças de Segurança Pública tiveram não somente o objetivo de entretenimento, mas também mostrar parte de suas capacidades operativas, além de interagir com público presente, divulgando sobre o cotidiano das respectivas carreiras e as formas de ingresso nas mesmas, bem como incentivando o civismo, a educação e a segurança da população.
A participação das Unidades Aéreas da Força Aérea Brasileira também foi destaque no evento, com exposições interativas que aproximaram o público das atividades operacionais da FAB. Estiveram presentes a Academia da Força Aérea (AFA), o 3º Esquadrão Pioneiro de Transporte Aéreo (3º ETA), o 1º Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), o Esquadrão Gordo (1º/1º GT), o Esquadrão Condor (1º/2º GT), o Esquadrão Orungan (1º/7º GAV) e o Esquadrão Corsário (2º/2º GT), que compartilharam conhecimentos sobre suas missões e aeronaves, contribuindo para a valorização da cultura de defesa nacional.
O evento contou ainda com a participação de parceiros civis e militares fundamentais, que enriqueceram a programação com ações educativas, culturais e institucionais. Entre os destaques estão: o Hospital de Campanha (HCAMP) da FAB, a Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea (ESACOSAAE) do Exército Brasileiro, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Biblioteca do Exército (BIBLIEX), a Editora Letras Marítimas da Marinha do Brasil, o Grupo Azul Barateia, o Grupo Verde Oliva, o serviço de falcoaria do Projeto “Foco Controle de Pombos” e o Programa Educacional de Resistência às Drogas (PROERD) da PMERJ. A presença dessas Instituições fortaleceu os laços entre as Forças Armadas, os Órgãos Civis e a Sociedade, promovendo conhecimento, cidadania e inclusão.
A Associação de Amigos do Museu Aeroespacial (AMAERO) marcou presença no evento com estandes próximos a importantes espaços do MUSAL, oferecendo produtos exclusivos que encantaram os visitantes. Ao lado do avião Catalina, o público pôde adquirir lembranças especiais, enquanto em outro ponto, situado próximo à Sala da Esquadrilha da Fumaça, o autor Ricardo Campos Padovese esteve presente, autografando exemplares do Catálogo Oficial do Acervo Histórico do Museu Aeroespacial. A obra bilíngue apresenta um panorama detalhado do acervo, reafirmando o valor histórico e cultural do maior museu de aviação da América Latina. Paralelamente, também esteve disponível o livro “Nas Asas do Líder”, da jornalista Solange Galante, que narra a vida e a trajetória do Coronel Braga, uma referência e inspiração para os amantes da aviação, em particular da Esquadrilha da Fumaça.
Em entrevista, Ricardo Campos Padovese ressaltou a importância do catálogo para a divulgação do MUSAL e seu acervo: "O catálogo é fundamental para mostrar ao público a seriedade do trabalho realizado aqui na preservação da história aeronáutica brasileira. Além de registrar fotografias do acervo e sua conservação. Em um dado momento, ele permite que as pessoas levem o museu para casa, conhecendo não apenas as aeronaves em exposição, mas também aquelas que, por conta da rotatividade, não estão visíveis no momento. É uma forma de aproximar o público e valorizar esse patrimônio." Sobre sua inspiração como fotógrafo especializado em aeronaves para esse trabalho, Padovese explicou: "Minha motivação veio do desejo de contribuir para esse trabalho tão importante de preservação. Busquei apresentar o acervo de forma inédita, aproveitando a beleza natural do museu e seu entorno para realçar a diversidade e o estado de conservação das aeronaves."
A celebração pelo aniversário do Pai da Aviação também atraiu o público da terceira idade, que celebrou a oportunidade de lazer, cultura e memória. Aos 84 anos, a doméstica Nadja Mendonça dos Santos, moradora de Mangaratiba, expressou sua alegria ao visitar o museu: “É maravilhoso. Eu moro em Mangaratiba… isso aqui já é lindo, lindo!”. Já o marceneiro aposentado Antônio de Oliveira Fontela, de 76 anos, resumiu sua experiência com entusiasmo: “Estou achando bonito, legal, muito bom”. Ambos reforçaram o valor de iniciativas acessíveis que promovem o bem-estar e o pertencimento da população idosa.
Entre as crianças e adolescentes, o impacto educativo foi evidente nos depoimentos colhidos ao longo das atividades. “É um evento muito legal, que dá pra gente aprender bastante sobre Santos Dumont e sobre a aeronáutica em si mesmo”, afirmou Heitor Farinha dos Santos, de 12 anos. Acompanhado de amigos, Lucas Teixeira Baixo Garcia, também com 12 anos, destacou a importância do conhecimento histórico: “Eu estou achando um evento muito legal, aprender mais sobre a história do Santos Dumont e sobre a Força Aérea Brasileira. Estou achando bem divertido”. Já o jovem Leandro de Oliveira, de 15 anos, valorizou o convívio: “Estou me divertindo, na companhia de amigos que gosto de conversar. Estou achando muito legal o evento”.
O espírito coletivo e o aprendizado foram igualmente percebidos por escoteiros e estudantes. Téo de Almeida Jardim, de 16 anos, do Grupo Escoteiro 98º G.A. do Engenhão, contou: “Está dando pra aprender bastante sobre a história da Força Aérea e de várias outras coisas sobre aviação, além de estar com os amigos, o que ajuda muito”. Lívia Queiroz Amorim, de 13 anos, complementou: “Eu estou achando um evento muito legal, bom pra gente aprimorar nossos conhecimentos sobre as Forças Aéreas”.
Já Ana Beatriz Vieira de Carvalho, de 15 anos, revelou uma conexão afetiva com a programação: “Está sendo uma nostalgia incrível, porque é a segunda vez que estou aqui com o meu grupo escoteiro. A Aeronáutica é o meu sonho, então estar aqui é uma experiência incrível”. Outros visitantes, como Téo Minang Gomes Abreu (10 anos), Arthur Franklin de Medeiros (12 anos) e Manuela Reis França (12 anos), também se encantaram com a estrutura e a oportunidade de ver de perto aeronaves e conteúdos que até então conheciam apenas pelos livros e pela internet.
O Diretor do MUSAL, Brigadeiro do Ar R/1 Maurício Carvalho Sampaio, agradeceu a todos os envolvidos e antecipou os próximos grandes eventos do museu: “Agradeço a todos os visitantes, parceiros e equipes que tornaram possível esta homenagem a Santos Dumont. Seguimos firmes na missão de aproximar o público da história da aviação nacional. Aproveitando, convido a todos para estarem aqui conosco nos dias 4 e 5 de outubro, no sempre tão aguardado MUSAL Airshow, o maior evento de aviação do Rio de Janeiro.”
A edição de 2025 do Aniversário de Alberto Santos Dumont no MUSAL reafirmou o compromisso da Força Aérea Brasileira com a preservação da memória histórica, a difusão cultural, a valorização da cidadania e o estímulo à inclusão social. Com a expressiva participação de mais de 175 mil pessoas, o evento se consolidou como um marco das celebrações culturais na cidade do Rio de Janeiro, fortalecendo a relação entre a Sociedade Civil e as Instituições de Defesa Nacional.
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Texto: Ten QOCON JOR Jônatas Ribeiro BARBOSA (JP35128 RJ)
Revisão: Cel Av R/1 SARANDI Oliveira da Silva
Fotos: Assessoria de Comunicação Social do Museu Aeroespacial (ACS-MUSAL)
Com entrada gratuita e uma programação diversificada voltada à valorização da infância, da cultura e da memória nacional, o Museu Aeroespacial (MUSAL) recebeu mais de 175 mil visitantes, nos dias 19 e 20 de julho de 2025, durante as comemorações pelos 152 anos de nascimento de Alberto Santos Dumont, o Pai da Aviação. Este evento grandioso mostra mais uma vez o compromisso do MUSAL com a democratização do acesso à cultura, à educação e ao Patrimônio Histórico-Aeronáutico Brasileiro.
Entre as inúmeras atrações oferecidas ao público,ao longo dos dois dias, as atividades culturais, realizadas no auditório do prédio principal, tiveram destaque especial, graças a sua abordagem inclusiva e educativa. Um dos momentos mais emocionantes foi a “Contação de Histórias”, que encantou crianças e adultos com narrativas sensíveis e inspiradoras, abordando temas como identidade, diversidade, afetividade e os feitos de Santos Dumont na história da aviação mundial.
A escritora Beatriz da Cruz Ribeiro apresentou a obra “Homem Voa!”, uma adaptação lúdica sobre a vida e os feitos do Pai da Aviação. "Contar histórias é, pra mim, a parte mais especial do meu trabalho. É nesse momento que percebemos o impacto real da literatura. Quando vejo o brilho nos olhos das crianças, sei que consegui tocar o coração delas. Isso não tem preço. E hoje foi ainda mais especial, porque sou fã de Santos Dumont. Ele foi um homem extraordinário, um brasileiro brilhante que inspira até hoje", declarou a autora.
Beatriz também destacou o papel transformador da literatura e da oralidade: "A literatura e a contação de histórias são ferramentas poderosas de transformação. Por meio delas, estimulamos: a curiosidade, o pensamento crítico, a empatia e, principalmente, fortalecemos a identidade cultural das crianças. Que possamos seguir incentivando essas ações, unindo educação, história e afeto."
Além da trajetória de Santos Dumont, outras narrações enriqueceram a programação com sensibilidade e profundidade. A escritora Shirlei Machado apresentou a história “Nia, a menina dos afetos”, que celebra a ancestralidade, os laços afetivos e a valorização da identidade negra.
Ao descrever sua obra, Shirlei explicou: “’Nia, a menina dos afetos’ é a história de uma menina preta, de olhos atentos e coração sensível, que enfrenta o luto com a perda de sua professora. No meio dessa mudança, chega uma nova educadora: uma mulher preta, empoderada, de turbante, saia rodada e muitas histórias para contar. Ela transforma a sala de aula em um espaço de valorização da ancestralidade afro-indígena. Por meio da figura do baobá, símbolo de sabedoria e resistência, leva às crianças uma vivência afetiva, cultural e identitária, fortalecendo os laços com a história do povo negro.”
Shirlei também destacou a importância da oralidade como ferramenta educativa e afetiva: “A contação de histórias é uma ponte para o encantamento, a criatividade e o afeto. Quando uma criança ouve uma história, ela acessa um mundo imaginário que alimenta o amor pela leitura, a curiosidade e o prazer de aprender. Ter um contador de histórias em um evento como este, que celebra a cultura, a memória e a identidade de um povo, dentro de um museu da Aeronáutica, um espaço que já convida a sonhar e a ‘voar’, é uma oportunidade única de ampliar o repertório das crianças e oferecer uma experiência rica e transformadora.”
Já a escritora Liliane Mesquita emocionou o público com a história “Qual é a sua forma?”, inspirada em seu próprio filho, que é autista. A narrativa aborda, com sensibilidade, o acolhimento das diferenças e reforça a importância da inclusão e do respeito à diversidade desde a infância. “Cada pessoa tem seu valor e sua forma de ser. É importante reforçar que todos somos especiais do nosso jeito. E também é essencial que as crianças típicas aprendam desde cedo a respeitar, acolher e valorizar quem é diferente”, afirmou Liliane.
Durante sua participação, a autora destacou a potência educativa da literatura e o papel transformador da contação de histórias: “É fundamental investir na literatura e na imaginação das crianças. A contação de histórias vai além do entretenimento, ela permite abordar temas importantes, como o autismo, de maneira leve e acessível.” Liliane também elogiou a criação do Espaço Azul, ambiente projetado especialmente para acolher crianças e jovens neuroatípicos. “Fiquei muito feliz com o Espaço Azul. Meu filho é autista, então sei, por experiência, o quanto iniciativas como essa fazem diferença”, ressaltou.
Ela concluiu destacando o impacto das ações em família: “Esses momentos promovem empatia, afeto e também estimulam a leitura, a escrita e a criatividade. E o mais bonito é ver pais e filhos juntos, se abraçando, partilhando. Quem sabe, depois do evento, eles não continuam lendo juntos em casa? É uma semente plantada. Que venham muitos outros eventos como este, unindo museu e literatura!”
Um dos visitantes presentes, José Luiz, militar reformado da Marinha, elogiou a proposta educativa e a importância de tirar as crianças da rotina digital. “Hoje, infelizmente, muitas crianças passam muito tempo no celular, em casa, no sofá. Atividades como essa despertam o interesse por algo mais educativo. Falei para a minha neta: ‘Presta atenção, porque quando voltar das férias, você vai poder contar na escola, onde esteve, o que viu, quem foi Santos Dumont, os aviões voando’. Isso tem muito valor. Pra mim, que venho da caserna, é emocionante estar num espaço que representa a história militar do Brasil — Exército, Marinha, Aeronáutica.”
Aldilene de Souza, dona de casa, também valorizou a oportunidade de lazer cultural com a família: “Achei tudo maravilhoso. Estar aqui, interagir com outras famílias, trazer minha neta para conhecer esse espaço é muito especial. Foi a primeira vez dela no museu, e aproveitamos para ensinar sobre Santos Dumont. Eventos assim deveriam acontecer sempre. É cultura! É aprendizado! É gratuito e acessível para todos.”
Já a pequena Liz de Souza Andrade, de 5 anos, mesmo tímida nas palavras, demonstrou grande entusiasmo ao participar do momento de interatividade no palco do auditório. Fantasiada como Santos Dumont, ela auxiliou uma das escritoras durante a contação de histórias, vivenciando de forma lúdica o universo do inventor. A experiência despertou a curiosidade e o encantamento da criança, que se envolveu na atividade com muita alegria.
As três autoras confirmaram o desejo de retornar em futuras edições do evento. “Adorei participar e volto sempre que for convidada. Compartilhar literatura, especialmente a de referência negra, nesse espaço múltiplo, diverso e acolhedor, é um privilégio. A troca que acontece aqui é mágica”, afirmou Shirlei Machado. Liliane Mesquita também destacou a experiência positiva: “Foi muito bom estar aqui, nesse espaço tão acolhedor, com tantas famílias e crianças incríveis. Pode contar comigo!”. Já Beatriz da Cruz Ribeiro reforçou que sua participação teve um significado especial por ser dedicada ao homenageado do evento. “O Museu Aeroespacial é uma vitrine única, uma casa que celebra esse grande brasileiro e nos permite compartilhar conhecimento de forma lúdica, afetiva e educativa. Sou muito grata por cada oportunidade de estar aqui.”
Para encerrar, Shirlei Machado deixou uma mensagem que resume o espírito do evento: “A literatura é vida. É, muitas vezes, o primeiro contato da criança com a arte. Por isso, precisamos oferecer livros desde cedo, estimular a leitura, levar histórias às escolas, aos museus, às praças. O livro alimenta o conhecimento e a imaginação. E é disso que o mundo precisa: de afeto, carinho, amor e literatura.” Liliane Mesquita reforçou esse sentimento, destacando o impacto social e cultural da iniciativa: “Eventos como este são transformadores. Que a gente siga incentivando a leitura, o respeito às diferenças e o fortalecimento dos laços familiares. A literatura tem esse poder.”
Complementando a programação, o Cine MUSAL exibiu uma seleção de curtas-metragens históricos, promovendo uma imersão audiovisual na trajetória da aviação nacional. Entre os títulos apresentados estiveram: “Do Sonho aos Ares”, “1º GAVCA – FAB na Guerra”, “Essa é a Nossa FAB”, “O Homem que Sabia Voar” e o musical “Dumont, Dumont”.
Texto: Ten QOCON JOR Jônatas Ribeiro BARBOSA (JP35128 RJ)
Revisão: Cel Av R/1 SARANDI Oliveira da Silva
Fotos: Assessoria de Comunicação Social do Museu Aeroespacial
Mais de 175 mil pessoas participaram das celebrações pelos 152 anos de nascimento de Alberto Santos Dumont. O evento, com foco na inclusão e educação, destacou-se pelas atividades promovidas no Espaço Azul, dedicado ao público neuroatípico, e no Espaço SESC, com sua programação socioeducativa para crianças e famílias.
Com foco na inclusão, no acolhimento e entretenimento das famílias, nos dias 19 e 20 de julho de 2025, o Museu Aeroespacial (MUSAL) promoveu diversas ações inclusivas, educativas e de acessibilidade para todas as idades. Os destaques foram o Espaço Azul, ambiente especialmente projetado para acolher crianças e jovens neuroatípicos, e o Espaço SESC, voltado a atividades socioeducativas e lúdicas para o público infantil e familiar.
Sob a supervisão de profissionais especializados, o Espaço Azul ofereceu oficinas psicomotoras, atividades sensoriais e suporte individualizado, onde foram atendidas 852 pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras condições neurodivergentes. Entre as atividades desenvolvidas estavam pintura, colagem, contação de histórias, brinquedoteca, oficina de acomodação sensorial (com estímulos direcionados aos sentidos), jogos matemáticos e interação com animal terapêutico, proporcionando uma experiência lúdica, segura e acolhedora. A estrutura do Espaço Azul também contou com um lounge externo e exclusivo para o público PCD, com acessibilidade e vista privilegiada para as atrações aéreas.
A iniciativa é fruto da parceria entre o Museu Aeroespacial, o Serviço Social dos Afonsos (SESO-AF), o Hospital Central da Aeronáutica (HCA), o Hospital de Força Aérea do Galeão (HFAG), o Hospital de Aeronáutica de Afonsos (HAAF), a Universidade da Força Aérea (UNIFA), o Graduado-Master da Guarnição de Aeronáutica dos Afonsos (GUARNAE-AF), o Instituto Oceano Azul, a Mar Editora e o Instituto Municipal Helena Antipoff, vinculado à Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, por meio do seu Setor de Educação Especial.
A Suboficial Renata Cristina Espíndola Garcia Moreno, recentemente nomeada Graduada-Master da GUARNAE-AF, destacou a importância do Espaço Azul como símbolo da conexão entre o meio militar e a Sociedade Civil, especialmente no acolhimento ao público neuroatípico. “Acho que é um tratamento perfeito, porque qual é o nosso objetivo? Trabalhar para a sociedade. Nós contribuímos para a inclusão e mostramos o lado sensível do militarismo”, afirmou. Mãe de uma criança com TEA nível 1, a Suboficial Renata reforçou o caráter voluntário do projeto e o envolvimento de militares de diferentes setores da Guarnição. Segundo ela, todos os Graduados-Master da área Rio foram mobilizados para apoiar o Espaço Azul, gerando propostas para expandir a iniciativa a outras Organizações Militares. “Quero que o mundo conheça esse ‘espacinho’ aqui, que é gigantesco”, declarou.
Já a Segundo-Tenente Jacqueline de Paula Lima, representante do Serviço Social da Guarnição dos Afonsos (SESO-AF), relatou o papel histórico e estratégico na criação do Espaço Azul. Segundo ela, a proposta nasceu da atuação junto a pais de crianças no espectro autista, o que motivou a criação de um espaço voltado ao acolhimento e à orientação dessas famílias. “Desde o início, abraçamos o Espaço Azul como uma extensão do nosso trabalho, oferecendo apoio, informação e suporte jurídico, com foco na garantia de direitos”, explicou. A Tenente Jacqueline também destacou a evolução do projeto: “Recebemos muitos feedbacks positivos das famílias. É um espaço pensado com sensibilidade, que acolhe não apenas as crianças e adolescentes, mas também os pais, dentro de uma perspectiva de direitos e cidadania.”
A escritora Liliane Mesquita, que emocionou o público com a contação de histórias “Qual é a sua forma?”, inspirada em seu filho autista, celebrou a iniciativa do MUSAL: “Fiquei muito feliz com o Espaço Azul. Sei, por experiência, o quanto esse tipo de acolhimento faz diferença”. Durante sua apresentação para o público em geral, Liliane destacou a importância da literatura infantil como ferramenta de inclusão. “Vai além do entretenimento. É uma forma de ensinar sobre empatia, respeito e diversidade. E o mais bonito é ver as famílias juntas, lendo e partilhando”, afirmou.
A proposta de inclusão também contou com a participação voluntária da intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais) Juliana Martins, carinhosamente conhecida como “Julibrasss”, que realizou tradução simultânea para o público surdo presente. Durante o evento, a intérprete acompanhou mediações conduzidas por educadores do museu, traduzindo conteúdos das salas temáticas “Primórdios da Aviação”, “Santos Dumont”, dentre outras salas expositivas. A ação garantiu acessibilidade linguística, além de ampliar a experiência cultural dos visitantes surdos, reforçando o compromisso do MUSAL com a promoção de uma vivência museal inclusiva, sensível e educativa.
A programação educativa e recreativa foi significativamente ampliada por meio da parceria com o SESC-RJ (Serviço Social do Comércio do Rio de Janeiro), instituição reconhecida por sua atuação em projetos de inclusão social, formação cidadã e valorização cultural. No evento, o Espaço SESC ofereceu uma ampla gama de atividades voltadas ao público infantil e familiar, promovendo experiências interativas, que integraram educação, lazer e conscientização.
Crianças, adolescentes e adultos participaram de oficinas práticas como a Lab Maker – A Ciência de Construir Mini Jatinhos, com construção de miniaturas utilizando palitos de picolé, e a Oficina de Brinquedos com Palitos de Picolé, voltada à criação de aviões e helicópteros artesanais. Outras ações criativas incluíram a confecção de macramês inspirados em Santos Dumont, incentivando o trabalho manual e a paciência criativa.
A Arena de Video Game, com simuladores de voo e jogos aéreos, e os Jogos Gigantes, como Twister e Cara a Cara, proporcionaram diversão e interatividade. Para as crianças menores, o Espaço Kids Play, destinado à faixa etária de 1 a 6 anos, ofereceu brinquedos seguros e atividades sensoriais conduzidas por monitores especializados. A recreação incluiu ainda mini ‘futmesa’, pingue-pongue adaptado, brinquedoteca, jogos de tabuleiro infantis e oficinas de colagem, pintura, atividades psicomotoras e montagem com blocos de Lego.
Entre as atrações de maior impacto, destacaram-se as apresentações culturais, como danças populares e flash mobs, além das experiências em realidade virtual e da Mostra Interativa “Vivendo o Universo da Robótica”, que encantou o público com demonstrações acessíveis de tecnologia e ciência.
A Biblioteca Itinerante promoveu empréstimos de livros, contação de histórias e rodas de leitura em um ambiente acolhedor com pufes e tapetes, incentivando o hábito da leitura desde a infância. Campanhas educativas, como a “Casa Antiquedas”, simularam um lar adaptado para prevenção de acidentes com idosos, enquanto esquetes teatrais e oficinas inspiradas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) abordaram temas de cidadania e direitos das crianças com linguagem lúdica.
A campanha “A Língua como Ela É” valorizou a diversidade cultural com jogos de palavras e imagens em espanhol, promovendo a integração linguística. Outras ações ofereceram orientação em saúde, como a prevenção de doenças respiratórias, utilizando um pulmão inflável como recurso visual para facilitar a compreensão do público.
Entre as novidades voltadas à inclusão, destacaram-se as oficinas de orientação odontológica para crianças neuroatípicas, que abordaram a higiene bucal de forma lúdica, com dicas para cuidadores e responsáveis sobre visitas ao dentista. Também merecem destaque as atividades sensoriais, que exploraram diferentes texturas, cores e sons, proporcionando experiências interativas, e a intervenção com bolhas de sabão gigantes, que encantaram o público e promoveram leveza e interação ao ar livre.
A satisfação do público com as iniciativas de inclusão e educação foi notável nos depoimentos, refletindo o impacto positivo do evento. Visitantes de diversas idades e localidades expressaram sua satisfação. Leila Conceição, de 60 anos, vinda de Mangaratiba, elogiou: “O evento está maravilhoso, parabéns a todos!”. Já Letícia Sandrão, de 15 anos, que retornou com seu grupo escolar, destacou: “A gente gostou tanto da edição passada que decidiu voltar. Acho incrível todo o espaço e como está tudo decorado.” A jovem Yasmin Vitória, de 19 anos, ressaltou o aprendizado: “É muito bom ter esse tipo de aprendizado.”
Já para o público infantojuvenil, Isabele Souza, de 12 anos, em sua primeira visita ao MUSAL, compartilhou: “Nunca tinha vindo aqui. Estou achando o lugar muito maneiro, estou me divertindo bastante.” E Miguel Arcanjo, de 9 anos, completou: “Estou achando tudo muito legal! Estou aprendendo coisas que eu não sabia antes.” Esses testemunhos reforçam o sucesso das ações em proporcionar uma experiência enriquecedora e acessível a todos.
A edição de 2025 reafirmou o compromisso do Museu Aeroespacial com a inclusão, a educação e o respeito às diferenças, destacando o papel social das Forças Armadas na promoção da cidadania.
Texto: Ten QOCON JOR Jônatas Ribeiro BARBOSA (JP35128 RJ)
Revisão: Cel Av R/1 SARANDI Oliveira da Silva
Fotos: Assessoria de Comunicação Social do Museu Aeroespacial
Em comemoração aos 152 anos de nascimento de Alberto Santos Dumont, Pai da Aviação, o Museu Aeroespacial (MUSAL), situado no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro, promoveu um grande evento gratuito, nos dias 19 e 20 de julho de 2025.
Voltada à valorização da história, da cultura e da tecnologia aeronáutica, a programação trouxe uma novidade especial para entusiastas da aviação e para o público em geral: a reintegração da aeronave Consolidated PBY-5A Catalina (FAB 6527) à exposição permanente do museu, após um longo e minucioso processo de restauração.
O exemplar FAB 6527 foi tombado como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2021, em reconhecimento à sua relevância histórica, tecnológica e simbólica tanto na aviação brasileira quanto mundial. O tombamento é um procedimento legal que visa proteger bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental ou afetivo, impedindo sua destruição ou descaracterização.
O retorno do Catalina representa um marco para a preservação da memória aeronáutica nacional, viabilizado pela equipe da Divisão Técnica do MUSAL com o essencial apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), da Associação dos Amigos do Museu Aeroespacial (AMAERO) e de recursos provenientes de emenda parlamentar. A aeronave passou por um criterioso processo de restauração e conservação, que assegurou a integridade estrutural e visual do hidroavião mais importantes da história da aviação.
Por se tratar de um bem tombado, todas as intervenções exigiram autorização do IPHAN, garantindo o rigor técnico e a preservação da originalidade da aeronave. “Cada peça restaurada, cada detalhe recuperado, é exemplo do nosso compromisso em preservar a memória aeronáutica brasileira”, destacou a Tenente-Coronel Vilma Souza.
Segundo a Tenente-Coronel QFO MUG Vilma Souza dos Santos, Chefe da Subdivisão de Patrimônio Cultural do MUSAL: “Testemunhamos a conclusão do projeto de restauração da aeronave Catalina, um marco significativo para o Museu Aeroespacial e para a história da aviação brasileira. Este evento transcende a simples recuperação de uma máquina voadora; representa a preservação de um legado, de feitos heróicos e de uma memória coletiva que não pode ser esquecida.”
Conhecido carinhosamente como “Pata-Choca”, devido à sua aparência peculiar ao pousar na água com os flutuadores, o “Catalina” é símbolo da integração nacional. O modelo desempenhou papel fundamental em missões de patrulhamento marítimo, busca e salvamento (SAR) e, notadamente, na conexão de regiões remotas por meio do Correio Aéreo Nacional (CAN), especialmente na Amazônia. Sua capacidade de operar em locais sem aeroportos, pousando em rios, foi essencial para levar assistência e presença do Estado a comunidades ribeirinhas e pelotões do Exército em áreas isoladas.
A reintegração da aeronave ao circuito expositivo do MUSAL enriquece a experiência dos visitantes, que agora podem contemplar de perto os resultados do trabalho técnico de recuperação e refletir sobre a importância da preservação de bens históricos ligados à aviação militar.
Com público superior a 175 mil visitantes durante o fim de semana, o evento em comemoração ao aniversário de Santos Dumont, promovido pela Força Aérea Brasileira (FAB), apresentou uma programação diversificada que uniu cultura, ciência, tecnologia e emoção. Além da reestreia do Catalina, o público acompanhou demonstrações aéreas acrobáticas, exibições operacionais e atividades socioeducativas.
Entre as atrações, pode-se destacar o giro (ativação) do motor e o taxiamento do avião P-47 Thunderbolt, uma das aeronaves mais emblemáticas da Segunda Guerra Mundial. A atividade consistiu na partida do motor original e na movimentação controlada da aeronave em solo, permitindo ao público observar e ouvir de perto o funcionamento do autêntico caça histórico. O sucesso da demonstração contou com o auxílio fundamental do piloto e especialista em aeronaves, Rafael Daré Aguirre, Presidente da Revoar - Associação de Restauro Aeronáutico, que contribuiu na manutenção, acionamento do motor e taxiamento do Thunderbolt.
As presenças do Consolidated PBY-5A Catalina e do P-47 Thunderbolt no acervo do Museu Aeroespacial representam não apenas um tributo ao passado, mas também um instrumento de educação e inspiração. Suas histórias ilustram o avanço tecnológico da aviação e o compromisso contínuo da FAB com a valorização do patrimônio aeronáutico e com a difusão do conhecimento, a preservação da memória e o incentivo à cultura científica.
Texto: Ten QOCON JOR Jônatas Ribeiro BARBOSA (JP35128 RJ)
Revisão: Cel Av R/1 SARANDI Oliveira da Silva
Fotos: Assessoria de Comunicação Social do Museu Aeroespacial
Neste domingo, 13 de julho de 2025, o Museu Aeroespacial (MUSAL) realizou uma cerimônia reservada de reapresentação da aeronave Catalina (FAB 6527), marcando seu retorno ao circuito expositivo, após um minucioso processo de restauração iniciado em 2022. O evento celebrou a conclusão do trabalho, viabilizado pela equipe da Divisão Técnica do Museu, com o essencial apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), da Associação dos Amigos do Museu Aeroespacial (AMAERO) e de recursos provenientes de emenda parlamentar.
O evento contou com a presença de autoridades civis e militares, incluindo o Brigadeiro do Ar Marcio Bhering Cardoso, ex-diretor do MUSAL; o Coronel Aviador Paulo Nilson Secunho Gabetto, veterano da turma de 1946 da Força Aérea Brasileira e antigo tripulante do Catalina; e o presidente da Associação dos Amigos do Museu Aeroespacial (AMAERO), Sr. Pedro Ferraz. Estiveram presentes tequipe no evento membros e familiares da equipe responsável por essa importante restauração, que reforça sobremaneira o compromisso do Museu Aeroespacial com a preservação da memória aeronáutica nacional.
A Ten Cel Museóloga Vilma Souza dos Santos, Chefe da Subdivisão de Patrimônio Cultural do MUSAL, enfatizou a relevância da iniciativa: "Hoje testemunhamos a conclusão do projeto de restauração da aeronave Catalina, um marco significativo para o Museu Aeroespacial e para a história da aviação brasileira. Este evento transcende a simples recuperação de uma máquina voadora; ele representa a preservação de um legado, de feitos heróicos e de uma memória coletiva que não pode ser esquecida."
A aeronave Catalina (FAB 6527) estará novamente acessível ao público a partir de sábado, 19 de julho de 2025, durante as comemorações do aniversário de nascimento de Alberto Santos Dumont, Pai da Aviação. A exposição permanente do Catalina enriquecerá a experiência dos visitantes, permitindo que contemplem de perto os resultados desse minucioso processo de recuperação.
Conhecido carinhosamente como "Pata-Choca" devido à sua peculiar aparência ao pousar na água com os flutuadores, o Catalina é um verdadeiro símbolo da integração nacional. O modelo desempenhou papel crucial em missões de patrulhamento marítimo, busca e salvamento (SAR) e, notavelmente, na conexão de regiões remotas do Brasil, cumprindo as Linhas Aéreas do Correio Aéreo Nacional (CAN), especialmente na Amazônia. Sua capacidade de operar em locais sem aeroportos, pousando em rios, foi fundamental para levar assistência e presença do Estado a comunidades ribeirinhas e pelotões do Exército em áreas isoladas.
O exemplar FAB 6527 foi tombado como Patrimônio Cultural do Brasil pelo IPHAN em 2021, devido à sua relevância histórica, tecnológica e simbólica. Por se tratar de um bem tombado, qualquer intervenção em sua estrutura exige a devida autorização do IPHAN, garantindo o rigor técnico e a preservação de sua originalidade.
A restauração do FAB 6527 foi conduzida por uma equipe multidisciplinar de militares da ativa e da reserva, especialistas em manutenção aeronáutica e museologia, todos do efetivo do MUSAL. O projeto contou com investimento via Termo de Execução Descentralizada (TED), aporte financeiro imprescindível da AMAERO e de emenda parlamentar do Deputado Federal Jorge Braz. A intervenção seguiu rigorosos critérios patrimoniais e incluiu desmontagem, tratamento anticorrosivo e acabamento final da aeronave, sob fiscalização técnica do IPHAN.
Durante a cerimônia, foram entregues homenagens à equipe responsável pela restauração da aeronave, em reconhecimento ao seu profissionalismo e dedicação. A lista dos agraciados incluiu a Ten Cel Museóloga Vilma Souza dos Santos; o Ten Cel QOESUP Marcelo de Assis Corrêa e Maj QOEAV Aníbal Colares Lopes; além da 2º Ten QOCON Museóloga Cintia da Silva Figueiredo e o 2º Ten QOCON Museólogo Giovanni Augusto de Oliveira.
Entre os Graduados, destacaram-se o Suboficial QSS BMA Ricardo de Farias, Suboficial QSS BEP Sérgio Roberto Lins, Suboficial QSS BMA Fabiano Matheus de Andrade, Suboficial QSS BMA Marcelo Rodrigues Gomes, Suboficial QSS BEP Andre Sanches Teixeira, Suboficial QSS BMA Alexandre Brito Lopes e Suboficial QSS BMA Candido de Souza Azevedo Júnior.
Também foram homenageados o 1S QSS BEP Rodrigo Braz La Rubia, 1S QSS BEP Leonardo Galvão Ribeiro, 1S QSS BMA Jonir Rosado de Santana, 2S QESA BEP Marcelo da Silva Pimenta, 3S QESA BEP Flávio de Oliveira Batalha, 3S QESA SOB Isaias de Carvalho Hilario, 3S QESA BSP Luiz Alberto da Silva de Souza e 3S QESA SGS Ubiraci Pereira de Carvalho, cujos esforços combinados foram essenciais para o sucesso do projeto.
A Chefe da Subdivisão de Patrimônio Cultural do MUSAL concluiu suas falas sobre a restauração, ressaltando o esforço conjunto: "E por falar em superar obstáculos, o processo de restauração, conduzido com maestria pela equipe do Museu Aeroespacial e assessoria dos técnicos da Superintendência do IPHAN do Rio de Janeiro, foi um desafio complexo, que exigiu conhecimento técnico, dedicação e paixão pela história. Cada peça restaurada, cada detalhe recuperado, é um exemplo do nosso compromisso em preservar a memória aeronáutica brasileira. “
Texto: Ten QOCON JOR Jônatas Ribeiro BARBOSA (JP35128 RJ)
Revisão: Cel Av R/1 SARANDI Oliveira da Silva
Fotos: Sgt ISRAEL Almeida da Silva, Sgt BRENO Fazoli de Almeida, Sgt CARLOS Alberto Sales de Sousa FILHO e S2 Lucas de ARAÚJO Gomes
No domingo, 13 de julho, o Museu Aeroespacial (MUSAL) abriu suas portas para a Corrida de Aniversário do MUSAL, organizada pela All Running Eventos Esportivos. O evento, realizado no Campo dos Afonsos, Berço da Aviação Brasileira, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, reuniu um público de 31.753 pessoas, entre atletas, familiares e equipes de apoio, para comemorar os 52 anos do maior museu de aviação do Hemisfério Sul, consolidando-se como uma iniciativa que integra educação, cultura, esporte e cidadania, além de valorizar o patrimônio histórico e promover hábitos saudáveis.
A prova teve largadas escalonadas para garantir a segurança e o melhor desempenho dos participantes, evidenciando a força do esporte como ferramenta de integração. Às 7h30, atletas PCD (Pessoas com Deficiência) iniciaram a largada antecipada, seguida pelos competidores da corrida de 5 km. Às 8h, foi a vez dos participantes da caminhada de 3 km. Ao todo, 8.074 atletas concluíram as duas modalidades. A corrida de 5 km contou com 4.796 corredores — 2.140 homens e 2.656 mulheres — enquanto a caminhada de 3 km reuniu 3.278 participantes, sendo 967 homens e 2.311 mulheres.
No percurso de 5 km masculino, o primeiro lugar geral foi conquistado por Ronald Jefferson de Arruda Lopes, da equipe “ASSIST”, que completou a prova em 15 minutos e 35 segundos. Ronald, atleta profissional, expressou sua satisfação: "Graças a Deus, muito feliz! Mais uma vitória para a nossa equipe, a ASSIST. Correr aqui no MUSAL é sempre desafiador mesmo quando o tempo no Rio está mais ameno. Mas vale muito a pena!". Ele ainda destacou a importância de sua rotina de treinos e o apoio da equipe: "Sou atleta profissional. Vivo do atletismo. Treino duas vezes por dia, de segunda a sexta, e uma vez no sábado e no domingo." Ronald também fez um convite ao público: "Gostaria de convidar não só os corredores, mas todos os cariocas – e quem estiver de passagem pelo Rio – a visitar esse museu maravilhoso. O MUSAL preserva a história da aviação no Brasil e é um espaço que merece ser conhecido."
O segundo lugar masculino ficou com Jeferson Nunes, também da equipe “ASSIST’, com o tempo de 15 minutos e 43 segundos. Militar e atleta da Comissão de Desportos do Exército (CDE), Jeferson destacou que o primeiro colocado, Ronald Jefferson, é seu treinador, o que tornou o pódio ainda mais especial para ambos — especialmente para ele. Sobre o impacto do esporte em sua vida, afirmou: “O esporte mudou a minha vida – assim como muda a vida de muita gente. Se você está aí na dúvida, venha participar! Venha conhecer o MUSAL, acompanhar essa festa linda e se inspirar com a história da aviação brasileira. Com certeza, pode transformar a sua vida também!”.
Já na categoria geral feminina de 5 km, o primeiro lugar foi para Marcela da Cruz Mello, da equipe “New Runners Team” e atleta da Comissão de Desportos do Exército (CDE), com o tempo de 20 minutos e 02 segundos. Marcela, que pratica pentatlo moderno há 11 anos, compartilhou sua experiência: "Gostei muito de participar dessa prova! É uma corrida que já faço há muitos anos e sempre é especial estar aqui. O percurso é lindo, e é uma alegria poder representar minha equipe New Runners Team e também o Exército Brasileiro." Ela enfatizou o propósito maior da corrida: "Corrida não é só sobre tempo, medalha ou troféu — é sobre conexão, superação e bem-estar."
A Corrida de Aniversário do MUSAL se destacou mais uma vez pela diversidade de seus participantes. Crianças, adolescentes, idosos acima de 75 anos e Pessoas com Deficiência (PCD) marcaram presença, comprovando que o esporte é uma poderosa ferramenta de integração, acessibilidade e melhoria da qualidade de vida.
Entre os participantes, histórias inspiradoras de superação e paixão pela corrida foram compartilhadas. Selma Santos Leal (61 anos) e Maria Aparecida Sbano Salgueiro (62 anos), ambas da equipe “Ligeiros do Rio”, são veteranas no percurso do MUSAL. Selma destacou: "Correr no MUSAL é uma experiência incrível! O local é excelente: amplo, bonito, organizado. Tudo de bom!". Aparecida reforçou: "Em todas as edições da corrida no MUSAL, estou presente desde o início! A vista é maravilhosa, a recepção é perfeita. Recomendo para todo mundo!"
O jovem Hugo Leonardo Gobira Paiva (17 anos) vivenciou sua primeira corrida no evento: "Eu estou muito animado! Vai ser a primeira vez que eu vou correr, e estou curioso pra sentir como é essa experiência. Espero que seja a primeira de muitas!". Já Maria de Fátima Beserra de Gusmão (71 anos), da equipe “APPAI”, celebrou suas conquistas: "Tô animadíssima! Não é a primeira vez que corro aqui, não — já tenho várias medalhas!"
A corrida também foi um momento de união familiar, como evidenciado por Ricardo dos Santos (28 anos) e Fábio dos Santos (50 anos), pai e filho da equipe “Superação Master”. Fábio comentou: "Adoramos a corrida! O percurso estava ótimo, com bastante espaço pra correr — foi maravilhoso." Ricardo, em sua primeira corrida, celebrou a experiência ao lado do pai: "Essa foi a minha primeira corrida, e correr ao lado do meu pai foi especial. Mesmo entrando com cinco minutos de atraso, conseguimos completar abaixo de 40 minutos!" Ambos concluíram: "O mais importante é vencer a nós mesmos. Superação é isso: conquistar um passo de cada vez. E essa foi só a primeira de muitas!"
O sucesso da Corrida de Aniversário do MUSAL reafirma o papel do Museu Aeroespacial como um espaço educativo que também promove cultura, lazer e saúde por meio de práticas esportivas e eventos de grande porte. Dando continuidade ao calendário de eventos, a All Running já anunciou a próxima corrida: a Corrida da Independência, marcada para o dia 21 de setembro de 2025.
As inscrições já estão abertas e podem ser realizadas pelo site Ticket Sports, através do link: https://www.ticketsports.com.br/e/corrida-da-independencia-no-musal-72614/. Outras informações estão disponíveis nas redes sociais da All Running e no site oficial do MUSAL.
RANKING – CORRIDA 5K
GERAL MASCULINO
- Ronald Jefferson De Arruda Lopes (Assist) – 00:15:35
- Jeferson Nunes (Assist) – 00:15:43
- Bryan Mattheus Da Silva (Runners Da Vila Militar) – 00:16:21
- Rafael Belandi Da Silva Furtado – 00:16:38
- Ricardo Cabral (Newrunnersteam) – 00:16:49
GERAL FEMININO
- Marcela Da Cruz Mello (Newrunnersteam) – 00:20:02
- Patricia Martins (Runners Da Vila Militar) – 00:20:40
- Maria Elaine Nobre Da Silva (Vicio Do Bem - Mare Rj) – 00:21:01
- Manoely Carius (Newrunnersteam) – 00:21:15
- Rosa Isabelle Campos Guimaraes Loti (Mega Academia) – 00:21:31
Cobertura Fotográfica: https://flic.kr/s/aHBqjBRdmj
Resultados Completos: https://esportecorrida.com.br/v1/resultados_.php?a=MTgyNg==
Texto: Ten QOCON JOR Jônatas Ribeiro BARBOSA (JP35128 RJ)
Revisão: Cel Av R/1 SARANDI Oliveira da Silva
Fotos: Sgt ISRAEL Almeida da Silva, Sgt BRENO Fazoli de Almeida, Sgt CARLOS Alberto Sales de Sousa FILHO e S2 Lucas de ARAÚJO Gomes
Apoio Jornalístico: Sgt RENATA Costa Muniz Lomboni
Nesta sexta-feira, 27 de junho de 2025, o Museu Aeroespacial (MUSAL) conclui o módulo teórico do 11º Curso de Capacitação de Mediadores. Este momento representa um avanço significativo na formação de sete novos mediadores, que atuarão na condução de visitas guiadas ao acervo histórico do Museu. Durante cinco dias de aprendizado intensivo, os participantes receberam diversas informações e instruções, a fim de proporcionar aprimoramento de suas habilidades, as quais serão imprescindíveis na recepção do público visitante, oferecendo uma experiência enriquecedora e abrangente sobre a história da aviação civil e militar no Brasil.
Com carga horária superior a 20 horas, o curso foi iniciado com a apresentação da Tenente-Coronel QFO MUG Vilma Souza dos Santos, chefe da Subdivisão de Patrimônio Cultural. A programação abordou temas fundamentais para a mediação em museus, como Educação Museal, Atendimento ao Público e Acessibilidade Atitudinal. Também foram explorados conteúdos sobre os Primórdios da Aviação, a História da Força Aérea Brasileira (FAB), Generalidades de Aeronaves, a participação da FAB na Segunda Guerra Mundial, Operações de Busca e Salvamento (SAR), Esquadrilha da Fumaça (EDA), Armas, Aerofotogrametria e a contribuição das mulheres na aviação, entre outros tópicos relevantes.
A Chefe do Setor de Recursos Educativos e Atendimento ao Público (SREAP) do Museu, Monica de Macedo Gonçalves, refletiu sobre os desafios enfrentados e os avanços obtidos. Para ela, a edição atual reafirma a consolidação do projeto: “É gratificante ver o curso de mediação do museu crescer a cada edição, reforçando o compromisso com a educação, a preservação da memória da aviação e a formação de mediadores cada vez mais preparados e engajados para atender ao público do MUSAL.”
O impacto da formação foi ressaltado pelos próprios alunos. A Primeiro Sargento Priscila Neiva Faria dos Reis, do efetivo da Universidade da Força Aérea (UNIFA), relatou que o curso ampliou sua compreensão sobre o papel dos mediadores “Em meio ao vasto acervo do Museu Aeroespacial, o curso de mediação é essencial para conectar os visitantes à história da aviação. Aprender a mediar foi uma jornada enriquecedora, capacitando-nos com conhecimentos relevantes. Esse curso é de extrema importância, pois nos prepara para ser a ponte entre o público e o universo aeroespacial.”
Na avaliação do Primeiro Sargento Gleison Silva dos Santos, do Serviço de Recrutamento e Preparo de Pessoal da Aeronáutica do Rio de Janeiro (SEREP-RJ), a troca de saberes foi um dos pontos altos da experiência “O curso nos permitiu agregar novos conhecimentos sobre fatos importantes da nossa aviação, refletir sobre práticas educativas e compreender com mais clareza o papel do mediador. Mais do que aprender, agora teremos a oportunidade de trocar experiências e multiplicar saberes.”.
A metodologia do curso contempla ainda quatro fases progressivas de treinamento prático, assegurando que os novos mediadores construam sua confiança e aperfeiçoem suas habilidades de forma gradual. A próxima etapa prática, que também será supervisionada, terá um papel fundamental nesse processo de aperfeiçoamento. Ela permitirá que os participantes assimilem o conteúdo aprendido e, com o tempo, refinem suas técnicas e ganhem a experiência necessária para, de forma independente e segura, conduzir visitas guiadas.
Para a Primeiro Sargento Daniele Pereira de Sousa, do Centro de Documentação da Aeronáutica (CENDOC), o curso foi mais do que uma formação: foi uma oportunidade de transformação, capaz de inspirar visitantes e despertar vocações por meio do acervo histórico do MUSAL “Através do brilhante acervo do MUSAL, temos condições de contribuir para a transformação da vida das pessoas.". A Primeiro Sargento Georgea de Souza Cassador, também do CENDOC, destacou as descobertas que fez ao longo da capacitação, mesmo após 16 anos na Força Aérea “Concluo o curso com muito mais do que conhecimento: levo inspiração e vontade de contribuir com a cultura e a educação.”. Já o Segundo Sargento Rafael Ferreira dos Santos agradeceu aos instrutores pela excelência do conteúdo e metodologia, que, segundo ele, proporcionaram segurança e preparo para um atendimento de qualidade ao público.
Com a conclusão da capacitação teórica, o MUSAL reafirma seu compromisso com a educação e a valorização da história da aviação no Brasil. O curso não apenas visa à qualificação dos profissionais, mas também assegura uma experiência mais rica e significativa para o público visitante, preservando e disseminando o legado da aviação nacional. O Museu Aeroespacial continua a educar e inspirar novas gerações, fortalecendo seu papel na preservação do patrimônio histórico brasileiro.
Texto: Ten QOCON JOR Jônatas Ribeiro BARBOSA (JP35128 RJ)
Revisão: Cel Av R/1 SARANDI Oliveira da Silva
Fotos: SC Fotógrafo Waldecir de Oliveira Gastão
Apoio Jornalístico: 1S BRENO Fazoli de Almeida
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