Com o objetivo de apresentar a nova edição do Plano do Comando da Aeronáutica (PCA) 100-1, que trata do Plano de Alternados do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), aprovado pela Portaria DECEA nº 263, de 20 de dezembro de 2018, e o novo PCA 100-2, relativo ao Plano de Desvios em Condições Meteorológicas Severas (SWAP), foi realizado no auditório do Subdepartamento de Operações (SDOP) do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), o treinamento de pessoal para alta temporada (2019/2020).
Realizado numa coordenação entre o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) e a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), o treinamento foi aplicado em duas turmas – uma no dia 26 e outra no dia 29 de novembro.
Dentre os participantes, estavam representantes do CGNA, das Torres de Controle dos aeroportos de São Paulo, Campinas e Guarulhos, do Centro de Controle de Operações das Empresas Aéreas (Latam, Gol, Azul e Passaredo), do Centro Integrado de Meteorologia Aeronáutica (CIMAER) e Centro de Operações de Aeroporto (COA).
O desenvolvimento do Plano de Alternados e do SWAP é uma iniciativa do DECEA, em conjunto com as empresas aéreas e aeroportos por meio de dois fóruns específicos, o Comitê Técnico de Voos Alternados e o Projeto AGILE GRU, respectivamente. Esses planos têm por objetivo orientar de maneira estratégica as ações a serem adotadas no nível tático, por ocasião de cenários operacionais com degradações que impliquem em elevado número de voos alternados ou com condições meteorológicas severas que impliquem na necessidade de evitar um determinado espaço aéreo, mantendo níveis mínimos de eficiência operacional no SISCEAB.
Ministrando o treinamento, o Chefe da Subdivisão de Organização e Gerenciamento do Espaço Aéreo (AOM), da Divisão de Operações (DO) do CGNA, Major Marcos Roberto Peçanha dos Santos, deu as boas-vindas a todos, explicou como as atividades iriam acontecer e apresentou o Diretor Assistente de Segurança Operacional e Operações de Voo da IATA, Júlio Cesar de Souza Pereira, que enfatizou a relevância deste momento.
“Em nome da IATA, agradeço ao DECEA por esta oportunidade e pela parceira, que é, para nós, uma referência. Dando sequência a este trabalho, temos em desenvolvimento três grandes projetos: o AGILE GRU, do qual este treinamento de hoje faz parte; o AGILE Rio; e o GPEA – Grupo de Estudos voltados para o Planejamento do Espaço Aéreo”.
“Estamos vivendo um momento ímpar. Até agora não tínhamos podido fazer um treinamento conjunto, unindo o CGNA, as empresas aéreas e os aeroportos. Isso é muito importante e esse é o caminho a partir de agora, para que possamos fazer com que essas ferramentas sejam aplicadas de fato. Para que elas de fato funcionem lá na ponta da linha. Nós precisamos uns dos outros. Nenhuma destas instituições consegue alternar voos sozinhas. Precisamos desta integração e o treinamento acontece para nos unir ainda mais”, frisou Peçanha.
No que diz respeito ao Plano de Alternados, o Major apresentou a revisão 2019 do PCA 100-1, bem como uma série de indicadores levantados no âmbito do Comitê Técnico de Voos Alternados, com especial destaque à metereologia, fator responsável por 78% dos voos alternados no período de janeiro a agosto deste ano.
Este estudo buscou identificar, dentre muitas questões, os impactos causados pelos alternados; programação dos alternados e desembarque de passageiros; principais destinos que tiveram seus voos alternados para outros aeroportos (neste quesito Guarulhos foi o aeroporto que mais alternou voos, sendo as condições meteorológicas a principal causa); e aeroportos que mais receberam voos alternados (Galeão está liderando a lista).
Já em relação ao SWAP, o Major Peçanha e o Chefe da Seção de Planejamento do Espaço Aéreo (OAPE) do CGNA, Capitão Robson de Matos Mendes, apresentaram o novo PCA 100-2 e as rotas SWAP desenvolvidas especificamente para permitir a mudança da rota das aeronaves em voo.
Na parte da tarde, fechando as atividades, Júlio aplicou um exercício conjunto para explorar, de forma prática, o conteúdo teórico ministrado no treinamento.
Ambos os planos são iniciativas do DECEA, Empresas Aéreas e Aeroportos com o objetivo de preparar o SISCEAB para a alta temporada 2019/2020, que tem uma projeção de aumento no número de movimentos em relação à temporada passada.
Assessoria de Comunicação Social (ASCOM DECEA)
Texto: Telma Penteado
Fotos: Luiz Perez
Vinte e cinco aspirantes a oficiais (QOCON), de diversas especialidades e uma sargento, visitaram no dia 14 de novembro, o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea a fim de conhecerem o Sistema de Gerenciamento de Fluxo do Tráfego Aéreo.
Foram apresentados os diversos setores da Divisão Operacional, o funcionamento do Salão Operacional, o modelo do Processo de Tomada de Decisão Colaborativa e os grandes avanços conquistados durante a realização dos últimos grandes eventos realizados no Brasil.
A visita, gerenciada pelo Serviço Social, que pertence ao Gabinete do DECEA, do SDAD, foi conduzida pelo Tenente Felix e faz parte do Programa Integrar do DECEA, que há mais de 5 anos promove a inserção dos novos militares que irão reforçar a seleta equipe do SISCEAB.
A Delegação Árabe do Comitê Conjunto Brasil-Emirados Árabes Unidos que visitou o CGNA, no dia 13 de novembro, ficou impressionada com a tecnologia adotada no CGNA, sobretudo, a relacionada ao Gerenciamento de Fluxo de Tráfego Aéreo (ATFM) no Brasil.
De acordo com o tenente Lobo Jr., que explanou sobre o sistema operacional do CGNA, a comitiva ficou impressionada com a tecnologia empregada e levantou questões sobre o ATFM. “Para eles foi uma novidade a tecnologia que mantem a segurança e a otimização do espaço aéreo brasileiro”, reforçou.
A visita foi realizada para atender uma solicitação do Ministério da Defesa em apoio ao Comitê Conjunto Brasil-Emirados Árabes Unidos de Cooperação em Defesa, criado para integrar exercícios operacionais conjuntos.
Chefiada pelo Tenente Coronel Jasem Mohammed Abdulrahman, a delegação era composta por quatro militares, dois especialistas em Controle de Tráfego Aéreo, um meteorologista e um operador de Sistemas e Navegação Aérea.
Durante a visita outras questões surgiram relacionadas à capacidade de setor ATC, impactos da meteorologia no ATFCM, medidas de balanceamento de capacidade e demanda e o SIGMA, software ATFCM usado pelo CGNA.
Acompanharam a delegação o Coronel Av. Antonio Augusto Rosa Salles, o secretário Executivo da CERNAI, o Coronel Av. R1 Luiz Roberto Barbosa Medeiros, chefe da Divisão de Planejamento e Controle da CERNAI, ambos do DECEA, e o major Andrei do CGNA.
Comunicação Social do CGNA
Reportagem: Asp Of JOR Erika
Foto: Fabio Maciel (ASCOM DECEA)
Formatação: CV Valéria Reis
Devido à 11ª REUNIÃO DA CÚPULA DO BRICS, a ser realizada no Distrito Federal, áreas restritas e área proibida foram ativadas na FIR-BS. Com isso, as aeronaves devem atentar para as informações constantes nos NOTAM das ÁREAS DE EXCLUSÃO.
Em cumprimento a MCA 909-1, que trata do Programa de Formação e Fortalecimento de Valores (PFV), o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea em consonância com as diretrizes de Comando tem realizado debates e apresentações interativas ao efetivo com o objetivo de enriquecer os valores de cidadania, moral e ética. Valores estes, que estão presentes na vida pessoal e profissional do militar, e que carregarão por toda a vida.
São objetivos do PFV:
a) padronizar os valores morais a serem cultivados na carreira militar, visando nortear o desenvolvimento do fortalecimento ético, moral, cívico e social, no âmbito do Comando da Aeronáutica;
b) disseminar os conceitos e promover debates sobre a importância dos preceitos da ética profissional, dos valores e deveres militares por parte do efetivo das Organizações de Ensino subordinadas ao DEPENS;
c) despertar o interesse e a participação de todos aqueles que são ligados, direta ou indiretamente, à formação dos alunos nos assuntos e valores que se relacionem com a vida militar;
d) sensibilizar todos os envolvidos da importância e da necessidade de manter a coesão irrestrita em torno dos mesmos valores, o que é fundamental para formar uma tropa forte, motivada e altamente capaz;
e) possibilitar um enriquecimento moral e ético de todos os envolvidos com as atividades previstas neste programa; e
f) fornecer uma bagagem de conhecimentos que capacite os oficiais e praças a difundir estes valores, orientando, motivando e unindo seus pares e subordinados.
Apesar de todo o CGNA ser de interesse da Força Aérea nos países da América Latina, a Comitiva Uruguaia que visitou a Sala Master, ontem (04/11), se interessou pelas melhores práticas do Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos (SIGMA) e o TATIC FLOW (Fluxo de tráfego aéreo em tempo real).
A visita da comitiva faz parte do Acordo de Cooperação Técnica Brasil-Uruguai (SIGAD 71140) e foi guiada pelo oficial, tenente André Rocha, que perpassou por toda a área de gestão do CGNA, com foco na Subdivisão de Gerenciamento de Fluxo de Tráfego Aéreo (ATFM), no qual se inserem os sistemas SIGMA e o TATIC FLOW, que possuem células de monitoramento complexas e favorecem a centralização de todos os planos de voo.
O processo de transporte aéreo de órgãos humanos transplantados também esteve em destaque pela comitiva que pretende implantá-lo em seu País. Outras observações foram feitas pelos visitantes que se surpreenderam durante a apresentação das seções que compõem o ATFM: Análise Estratégica (OFAE); Análise Pré-Tática (OFPT); Centro de Operações Táticas e de Tomada de Decisões Colaborativas (COT- CDM) e de Análise Pós-Operações (OFPO).
A comitiva uruguaia foi composta pelos devidos oficiais: Brig. Gral. (Av) Rodolfo Pereyra, Cel (Nav) Gabriel Falco, Cel (CyE) Marcos Vignolo e Cap (Nav) Gonzalo Lima que tiveram o acompanhamento do Major Pedro e do Coronel Salles. “Nessa visita vislumbramos como o sistema integrado harmoniza a demanda e a capacidade do tráfego aéreo e a sua importância para o desenvolvimento eficaz do nosso trabalho”, reitera Rocha.
Resultado é fruto de planejamento, treinamento e coordenação entre os órgãos envolvidos.
No período dos jogos da Copa América 2019 - de 10 de junho a 8 de julho – os aeroportos brasileiros tiveram, em média, 3.300 voos diários (aviação comercial).
Durante o evento esportivo, os oito aeroportos das cinco cidades-sede (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre) registraram cerca de 209 movimentos aéreos por dia, envolvendo as aeronaves de chefes de Estado, autoridades, delegações de atletas e comissões de arbitragem, alcançando 100% de pontualidade, sem registros de atrasos.
O dia de maior movimento aéreo foi 8 de julho, um dia após o encerramento da Copa América. Os aeroportos do Santos Dumont, do Galeão e de Jacarepaguá tiveram 878 movimentos aéreos. O pico de tráfego aéreo foi registrado entre 6 e 12 horas da manhã. Esse aumento foi decorrente do regresso de chefes de Estado, delegações e turistas aos seus países de origem.
Os dados são do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), unidade do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) responsável por gerenciar o fluxo de movimentos aéreos do País.
Para o Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Jeferson Domingues de Freitas, o resultado é fruto de planejamento, treinamento e coordenação entre os órgãos envolvidos. “O trabalho colaborativo realizado entre as áreas de controle de tráfego aéreo, infraestrutura aeroportuária e empresas aéreas contribuíram para os índices positivos”, avaliou o oficial-general.
A Sala Master de Comando e Controle, ativada no CGNA, foi responsável pela disponibilidade da infraestrutura aeronáutica e aeroportuária, fiscalização da vigilância sanitária e agropecuária, controle da receita federal e da polícia federal, inspeção da aviação civil e acompanhamento do comitê organizador local.
Os telões exibiram, em tempo real, informações sobre a situação do pátio dos aeroportos das cidades-sede, bem como visualizações dos radares com as respectivas informações de voo e o posicionamento de aeronaves no espaço aéreo dessas regiões.
A Sala Master, por meio do Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos (SIGMA) e TATIC FLOW, softwares que auxiliam no processo de gerenciamento de fluxo, monitorou todo fluxo aéreo junto as cidades-sede.
O Portal Operacional do CGNA tornou possível o acesso dos operadores nacionais e estrangeiros às normas, contingências, capacidades de pistas e setores de controle de tráfego aéreo, além de informações aeronáuticas e condições meteorológicas. “Foi produzido um conteúdo informativo específico para orientar a operação da aviação geral durante o evento com coordenação permanente com a Salão Operacional do CGNA e os órgãos de controle de tráfego aéreo”, relatou o Coordenador Adjunto da Sala Master, Major Aviador Andrei Oliveira da Silva Santos.
Segundo o Chefe do CGNA e Coordenador da Sala Master, Coronel Aviador Sidnei Nascimento de Souza, todas as informações foram compartilhadas sobre as chegadas, os deslocamentos e as partidas de autoridades e delegações. "Cumprimos a missão da Força Aérea Brasileira, que era de manter a fluidez, a segurança e a eficiência no uso do espaço aéreo, sem impactos para os usuários do tráfego aéreo”, pontuou o Coronel Sidnei.
Assessoria de Comunicação Social do DECEA
Reportagem: Denise Fontes
Fotos: Luiz Eduardo Perez e Fábio Maciel
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