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O Brasil, representado pelo CGNA, por meio da Agência Regional de Monitoração das Regiões do Caribe e da América do Sul (CARSAMMA), participou, virtualmente, no período de 23 a 26 de agosto de 2021, da 21ª Reunião do Grupo de Trabalho de Escrutínio (GTE/21).  

O Evento, promovido pela Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) e pelo Grupo de Trabalho de Escrutínio do Comitê ATM do Grupo Regional de Planejamento e Execução do Caribe e da América do Sul (GREPECAS), reuniu representantes de 20 Estados e de 5 Organizações Internacionais (ICAO, IATA, IFALPA, COCESNA e FAA), totalizando 78 participantes que discutiram questões afetas à Segurança Operacional do Espaço Aéreo RVSM por meio dos Cálculos e das Análises do Risco de Colisão Vertical desenvolvidos pelos militares e civis da CARSAMMA.

Na ocasião, o CGNA, por meio da CARSAMMA, apresentou à comunidade aeronáutica da região CAR/SAM 06 artigos afetos à Segurança Operacional do Espaço Aéreo RVSM, dentre os principais:

a) Cálculo de Risco, em cada FIR da região CAR/SAM, de Colisão Vertical no Espaço Aéreo RVSM de cada FIR;

b) Identificação, em cada FIR da região CAR/SAM, dos principais problemas afetos ao Espaço Aéreo RVSM;

c) Melhoria do processo de Auditoria RVSM realizada pela CARSAMMA;

d) Implementação do novo Formulário Digital para coleta de Reportes de Grande Desvio de Altitude (e LHD).

Encerrando a reunião, os secretários da OACI de Lima e da Cidade do México, respectivamente, Sr. Roberto Sosa e Sr. Eddian Méndez, agradeceram o brilhante trabalho desenvolvido pela Agência, por meio do incondicional apoio do DECEA, e, principalmente, do CGNA, na pessoa do Coronel Av Marcelo Jorge Pessoa Cavalcante, reiterarando a importância da manutenção dos níveis aceitáveis de Segurança no Espaço Aéreo RVSM nas regiões do Caribe e da América do Sul.

Maiores detalhes sobre o evento, podem ser consultados em: https://www.icao.int/SAM/Pages/MeetingsDocumentation.aspx?m=2021-GTE21

 

Com o desenvolvimento da aviação como principal meio de transporte no País, torna-se necessário criar condições de receber mais aeronaves no espaço aéreo, mantendo, porém, os elevados índices de segurança dessas operações.

Para aumentar a capacidade do espaço aéreo e absorver essas novas demandas, o Grupo de Estudos para Planejamento do Espaço Aéreo (GEPEA) coordenou a implementação do Projeto de Setorização Vertical na Região de Informação de Voo (FIR) de Brasília, gerando maior fluidez e diminuindo a complexidade dos setores do espaço aéreo – sem prejuízos à segurança operacional. Assim, mais voos passarão pela mesma porção do espaço aéreo, monitorados por controladores diferentes, dependendo da sua altitude.

 

De acordo com o chefe do Subdepartamento de Operações (SDOP) do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Brigadeiro do Ar Eduardo Miguel Soares, a implantação da setorização vertical é um objetivo antigo que proporcionará benefícios indiscutíveis: “Haverá um aumento significativo na capacidade dos setores, o que proporcionará maior segurança e fluidez no tráfego aéreo”.

O projeto tem articulado de forma eficaz as esferas técnica e operacional, tornando possível a viabilização da setorização vertical. Sobre as ações do projeto, o chefe do Subdepartamento Técnico (SDTE) do DECEA, Brigadeiro Engenheiro Dalmo José Braga Paim, pontuou: “O Brasil dispõe de tecnologia de ponta, o que viabiliza a implementação desse conceito de maneira plena no País com padrões internacionais”.

De forma resumida, o projeto criou setores sobrepostos, com limites verticais diferentes: os setores inferiores (LOWER SECTORS) e os superiores (UPPER SECTORS). No caso do espaço aéreo da FIR Brasília, o setor inferior vai do solo até a altitude de 35 mil pés, enquanto o superior compreende a altitude de 36 mil pés, ou acima.

Esses setores serão aplicados nos horários de maior movimento de aeronaves, ou seja, quando se perceber o aumento significativo do número de voos, o Centro de Controle poderá dividir os setores verticais e aumentar a capacidade de absorção dos tráfegos. Nesse sentido, o comandante de CGNA, Coronel Aviador Marcelo Jorge Pessoa Cavalcante, destacou que: “A verticalização proporcionará mais fluidez e maior volume de tráfego aéreo, além de otimizar o trabalho dos controladores”.

 

Consoante às diretrizes do projeto, durante todo o tempo, as aeronaves serão monitoradas por controladores de tráfego aéreo, que realizam a transferência e a coordenação entre esses setores, oferecendo um serviço dentro dos padrões internacionais de qualidade e eficiência, de acordo com as normas da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI). O gerente do projeto, Capitão Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Joaquim Tavares Lobo Junior, enfatizou a qualidade técnica e operacional, além do potencial do projeto: “O Brasil está preparado para avançar nos conceitos de gerenciamento do espaço aéreo e se colocar ao nível do que ocorre atualmente nos países cujas estruturas de espaço são referência mundial”.

Com a implementação da verticalização, o controle de tráfego aéreo ganha flexibilidade e os usuários do espaço aéreo podem manter as trajetórias mais curtas, além de contornar, da melhor forma, eventuais situações adversas, como degradação de infraestrutura ou meteorologia de tempo severo.

O DECEA reafirma o seu compromisso em prover a eficiência e a fluidez do tráfego aéreo, garantindo a segurança da navegação aérea.

Assista o vídeo produzido pela Assessoria de Comunicação Social do DECEA sobre o referido projeto:

 

O Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) comemorou, no dia 10 de setembro, seu 14º aniversário. A cerimônia militar, realizado nas dependências da Organização, foi presidida pelo Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Tenente-Brigadeiro do Ar João Tadeu Fiorentini.

O evento contou com as presentes do Presidente do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER), Tenente-Brigadeiro do Ar R/1 Rafael Rodrigues Filho; do Vice-Diretor do DECEA, Major-Brigadeiro do Ar Márcio Bruno Bonotto; do Presidente da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), Major-Brigadeiro do Ar Sérgio Barros de Oliveira; do Presidente da NAV Brasil - Serviços de Navegação Aérea S/A -,  Major-Brigadeiro do Ar R/1 José Pompeu dos Magalhães Brasil Filho; do Chefe do Subdepartamento de Administração (SDAD) do DECEA, Brigadeiro do Ar José Augusto Peçanha Camilo; do Chefe do Subdepartamento de Operações (SDOP) do DECEA, Brigadeiro do Ar Eduardo Miguel Soares; e demais autoridades militares e civis.

Homenagem especial

A cerimônia teve início com a inauguração da Placa do Salão Operacional do CGNA em homenagem ao Coronel Aviador R/1 Guilherme Francisco de Freitas Lopes, Primeiro Comandante da Organização, de 19 de maio de 2005 a 09 de março de 2007.

Em seu breve discurso, o comandante do CGNA, Coronel Aviador Marcelo Jorge Pessoa Cavalcante, destacou o momento como uma oportunidade de reconhecer e agradecer o importante trabalho do Coronel Freitas Lopes. “Ele tanto fez para que as bases da nossa Unidade se solidificasse pela construção de praticamente tudo que temos hoje, tanto em termos de equipamentos, sistemas, infraestrutura, pessoal e de conhecimento. A presença dele estará sempre em nossos corações e a nossa singela homenagem representa apenas uma forma de eternizar todo o nosso reconhecimento e gratidão”, enfatizou ao se dirigir à esposa do Coronel Freitas Lopes, Sra. Regina Gorete Accioly de Amorim Lopes.

Durante as comemorações, o Coronel Marcelo fez a entrega de prêmios ao graduado, civil e praça padrão da Unidade do ano de 2021, reconhecendo-os como destaque entre seus pares pelos relevantes serviços prestados.

Foram premiados o Suboficial Especialista em Controle de Tráfego Aéreo José Mauricio da Conceição Rocha, o Civil Leonardo Silva de Barros Ribeiro e o Soldado de 2ª Classe Iago Araujo Santos de Oliveira, respectivamente.

Entre os oficiais que já comandaram a Organização, foram homenageados o Brigadeiro do Ar R/1 Gustavo Adolfo Camargo de Oliveira, o Coronel Aviador R/1 Luiz Roberto Barbosa Medeiros, o Coronel Aviador Ricardo Luiz Dantas de Brito e o Coronel Aviador Sidnei Nascimento de Souza.

Dando seguimento à solenidade, foram entregues as Medalhas Militares de Bronze aos militares que completaram 10 anos de serviços prestados à Força Aérea Brasileira (FAB).

- Suboficial Especialista em Informações Aeronáuticas Rafael Andrade Nabuco de Araujo;

- Segundo Sargento Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Anna Carolina de Jesus Rezende Nunes;

- Segundo Sargento Especialista em Serviços Administrativos Giulia Ladislau Ferreira Pereira da Silva;

- Segundo Sargento Especialista em Eletrônica Jessé Ferreira Beloni dos Santos.

Em suas palavras, o Comandante do CGNA ressaltou a importante atuação do Centro durante esses 14 anos de criação. “Sempre demonstrou a capacidade de superar complexos desafios e de se posicionar entre os três principais Centros de Gerenciamento do mundo. Essa capacidade é fruto da relação entre o constante investimento realizado pelo DECEA, a confiança pelo trabalho aqui depositado e a cotidiana vontade dos nossos civis e militares”, afirmou.

Na ocasião, o Coronel Marcelo falou sobre os desafios no ano de 2021. “Neste ano, tivemos a perda de dois queridos amigos, Coronel Freitas Lopes, Primeiro Comandante do CGNA, e o capitão Gonçalves, que exercia com maestria a função de Gerente Nacional de Fluxo e, além disso, estamos trabalhando continuamente para proporcionarmos um ambiente favorável à recuperação da aviação e, nesse quesito, a nossa equipe está de parabéns”, declarou.

Sobre as conquistas e realizações alcançadas, apesar das restrições impostas em virtude da COVID-19, o Comandante do CGNA destacou que “o País tem apresentado o quarto melhor índice internacional da recuperação da aviação, sendo referência no Gerenciamento de Fluxo de Tráfego Aéreo (ATFM) da América do Sul”.

Em seguida, o Diretor-Geral do DECEA ressaltou, em seu discurso, a excelência das atividades realizadas pela Unidade. “O CGNA tem grande importância para o gerenciamento da navegação aérea. É uma Unidade pequena e nova, mas que já nasceu para ser grande. Tem papel de destaque no controle do espaço aéreo brasileiro e pela sua atuação nos grandes eventos internacionais, sendo reconhecida mundialmente pelo trabalho realizado por todos que fizeram e fazem parte dessa Organização”, pontuou o Oficial-General.

Por fim, o Tenente-Brigadeiro Fiorentini parabenizou os homenageados na cerimônia, - militares e civis agraciados como destaque padrão e por tempo de serviço e os ex-comandantes do CGNA -, em reconhecimento e agradecimento pelo empenho, profissionalismo e comprometimento com a missão da Organização.

Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea

O CGNA tem como missão harmonizar o Gerenciamento do Fluxo de Tráfego Aéreo (ATFM) do espaço aéreo e das demais atividades relacionadas com a navegação aérea, proporcionando a gestão operacional das ações correntes do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) e a efetiva supervisão de todos os serviços prestados.

 

Assessoria de Comunicação Social do DECEA
Reportagem: Denise Fontes (RJ 25254 JP)
Fotos: 1S Raeder (ICA)

 

A consolidação em um sistema único para o trâmite de todos os planos de voo que utilizam o espaço aéreo brasileiro possibilita aprimorar a consistência dos dados de voo disponíveis operacionalmente.

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) é responsável por planejar, gerenciar e controlar as atividades relacionadas com espaço aéreo brasileiro, por isso desenvolve a necessária e contínua modernização dos processos e sistemas informatizados, essenciais à prestação dos serviços de navegação aérea. 

Dentre as iniciativas que vêm sendo implementadas pelo DECEA, destaca-se o projeto de Centralização de Planos de Voo, com a finalidade de consolidar, em um sistema único, o trâmite de todas as mensagens que visam a utilização do espaço aéreo brasileiro, possibilitando, assim, aprimorar a consistência dos dados e proporcionar um adequado planejamento estratégico, operacional e tático. O foco do projeto é a padronização de um caminho único para todas essas mensagens, buscando uma validação segura e automatizada por meio do Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos (SIGMA). 

  

O Major Aviador Marcio Rodrigues Ribeiro Gladulich, Gerente do Empreendimento e Chefe da Divisão Operacional da CISCEA, destaca que toda a concepção do projeto foi planejada para uma implantação de forma gradual, buscando o menor impacto possível para os usuários do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB). “Apesar dos planos de voo passarem a percorrer o caminho centralizado a partir de abril de 2021, o processo será transparente, não havendo, nesse momento, necessidade de mudanças nos procedimentos dos usuários”.

A centralização constitui um novo paradigma de gerenciamento de planos de voo e suas mensagens de atualização. De acordo com o Coronel Aviador Marcelo Jorge Pessoa Cavalcante, Comandante do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), o Centralizador de Planos de Voo é um módulo do SIGMA que trará maior apoio ao serviço de gerenciamento de fluxo de tráfego aéreo prestado pelo CGNA – organização que permite, a partir das intenções de voo, a harmonização do fluxo de tráfego. “O fato de todos os planos de voo e mensagens associadas serem obrigatoriamente submetidos ao Centralizador traz mais eficiência e segurança nas atividades do CGNA, permitindo um planejamento completo e totalmente automatizado”, destaca o Comandante do CGNA.

  

O sistema conta também com a funcionalidade de envio de planos em lote por parte das empresas aéreas, possibilitando uma integração entre os sistemas dessas empresas e o centralizador de planos de voo.

Visando ainda uma maior confiabilidade para o usuário, o projeto inclui funcionalidades como um código alfanumérico para identificação única de cada plano (IDPLANO), assegurando a rastreabilidade da informação em todo o sistema. “Isso vai garantir que o usuário tenha a certeza de que o seu plano de voo foi enviado e processado pelo SISCEAB, possibilitando maior segurança para as operações aéreas. A possibilidade de acompanhamento das intenções de voo por parte dos pilotos é um ponto crucial para o DECEA”, ressalta o Brigadeiro do Ar Eduardo Miguel Soares, Chefe do Subdepartamento de Operações (SDOP) do DECEA.

   

A Centralização do Plano de Voo também trará confiabilidade e disponibilidade do sistema 24 horas por dia por meio do novo Centro Reserva concebido no Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), em São José dos Campos – SP. Esse Centro irá operar em paralelo com as mesmas capacidades de processamento do centro principal.

Para o desenvolvimento deste projeto de grande vulto, a Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) vem trabalhando, desde 2017, na concepção para tamanha implementação. Para o Major-Brigadeiro do Ar Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Júnior, Presidente da CISCEA, “A responsabilidade pelo desenvolvimento e implantação deste projeto é motivo de orgulho e dedicação para toda a equipe. A concepção em que se baseia a Centralização dos Planos de Voo evidencia a busca constante do DECEA pelo desenvolvimento e aperfeiçoamento dos serviços aeronáuticos para o País”. 

A empresa responsável pelo desenvolvimento e implantação no sistema SIGMA foi a ATECH, uma empresa do Grupo EMBRAER e especializada em ferramentas voltadas para o controle de tráfego aéreo. A empresa, que é também responsável pelo sistema SAGITARIO, utilizado para o controle das aeronaves no espaço aéreo brasileiro, reforçou sua postura pela inovação e busca por novas tecnologias no mercado. 

Importante destacar que foram realizados todos os treinamentos técnicos e operacionais para os profissionais do CGNA, CINDACTA I, II, III e IV, Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE), Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ), INFRAERO e demais Órgãos envolvidos com o projeto, de forma a permitir uma correta manutenção e utilização do novo sistema operacional. 

A ativação

Assim, neste domingo, 11 de abril, foi implementada a Centralização do Plano de Voo no âmbito do SISCEAB, contando com a participação de mais de 100 profissionais ao longo de 3 dias de migração para o novo sistema.

Nas próximas semanas, os Centros de Controle de Área (ACC) serão incorporados de forma gradual, sendo o ACC Recife, do Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III), o primeiro a ser integrado à centralização dos planos de voos, com previsão para o dia 09/05/21.

Para o Tenente-Brigadeiro do Ar Heraldo Luiz Rodrigues, Diretor-Geral do DECEA, “A adoção da centralização das intenções de voo no Brasil no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) é uma ação de extrema relevância para o DECEA, garantindo a confiabilidade e a disponibilidade do sistema 24 horas por dia, o que reforça a visão do Departamento em ser reconhecido como referência global em segurança, fluidez e eficiência no gerenciamento e controle integrado do espaço aéreo”.

Fonte e fotos: CISCEA

C-AIS CGNA assumirá todo o movimento de Confins, assim como a demanda de mais três C-AIS - de Brasília, Curitiba e São Paulo.

 Estrutura montada para ativação do C-AIS CGNA

Nos últimos anos, a atividade AIS (serviço de informação de voo) tem se renovado, passando da roupagem de um serviço prestado para a de um gerenciamento da informação. Nesse caminho, a prática AIS no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) se reinventou, colocando o profissional da área frente a diversos desafios.

Em parceria, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e a Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA) desenharam o projeto de Centralização do Plano de Voo, posicionando o CGNA na figura de um Centro de Informação Aeronáutica (C-AIS), atuando incisivamente na aprovação de intenções de voo. Tal processo permitirá um eficaz gerenciamento do fluxo das intenções de voo, incorporando à informação aeronáutica atributos tais como rastreabilidade, precisão, consistência e confiabilidade.

De acordo com o chefe do Subdepartamento de Operações (SDOP) do DECEA, Brigadeiro do Ar Eduardo Miguel Soares, o processo de Centralização de Planos de Voo trará ganhos significativos para a operacionalidade dos C-AIS no escopo do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (SISCEAB). “A reestruturação do processo de tratamento do planos de voo proporcionará uma melhora significativa no tocante ao aproveitamento dos recursos humanos e materiais, além de permitir a padronização dos procedimentos relativos ao trâmite das mensagens. Os usuários do SISCEAB serão beneficiados com uma maior padronização e confiabilidade na prestação do serviço” - afirmou o chefe do SDOP.

Para tanto, não foram poupados esforços na viabilização da centralização do Plano de Voo. No trabalho em equipe junto à CISCEA, o Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos (SIGMA) passou por diversos incrementos técnicos, atribuindo um endereçamento único à intenção de plano de voo, permitindo que esta seja analisada semântica e sintaticamente, sem desvios operacionais.

Todo esse transcurso rumo à centralização foi planejado em etapas, conforme o Programa de Implementação da Centralização de Planos de Voo, com o objetivo macro de proporcionar interoperabilidade entre o SIGMA e o Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatórios de Interesse Operacional (SAGITARIO), permitindo que as bases de dados de ambos estejam compativelmente atualizadas, sem discrepâncias.

Hoje, 17 de maio, entra em operação o C-AIS CGNA, com a assunção de 50% da demanda de intenção de voo da Sala AIS do aeroporto de Confins (MG). Gradativamente, o C-AIS CGNA assumirá todo o movimento de Confins, assim como a demanda de mais três C-AIS - de Brasília, Curitiba e São Paulo -, tornando-se o responsável pelo processamento de cerca de 33% das mensagens ATS (Serviço de Tráfego Aéreo) do Brasil.

Segundo o comandante de CGNA, Coronel Aviador Marcelo Jorge Pessoa Cavalcante, com o processo de centralização, a atividade AIS passará por substanciais transformações, com a efetiva utilização de sistemas automatizados, sincronizados entre si, propiciando uma considerável redução da intervenção humana na sistemática do tratamento de plano de voo. "Para tanto, o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea tem investido maciçamente na capacitação de seus profissionais, levando em consideração o nível de complexidade das áreas de jurisdição que serão absorvidas pelo C-AIS CGNA” - declarou o Coronel Marcelo.

O plano de gerenciamento do projeto prevê que, em janeiro de 2024, todo esse processo esteja finalizado, passando para uma configuração operacional composta por mais três Centros de Informação Aeronáutica: C-AIS RJ (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária - Infraero), C-AIS RE (Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo - CINDACTA III) e C-AIS CGNA.

Treinamento para capacitação de Operador de C-AIS

O CGNA é a organização militar responsável pelo gerenciamento de planos de voo, com o devido suporte dos C-AIS. Assim, implantou o Programa de Capacitação Padronizado para profissionais AIS, por meio de treinamentos de operadores e de supervisores, incluindo,  atividades relacionadas à modernização do SIGMA. O objetivo, além da qualificação, é a integral adequação dos profissionais AIS quanto ao desenvolvimento e a evolução da forma pela qual a informação aeronáutica vem sendo trabalhada em prol do eficiente gerenciamento de fluxo do tráfego aéreo.

Treinamento para capacitação de Supervisor de C-AIS

Certamente, ainda há muito trabalho a ser realizado no tocante à capacitação de dos operadores AIS, o qual será viabilizado pelo esforço e compromisso empenhados pelo CGNA, pelo DECEA e pelas organizações regionais envolvidas no processo, de modo a garantir a excelência do gerenciamento da informação aeronáutica e do tratamento das mensagens ATS.

Certamente, ainda há muito trabalho a ser realizado no tocante às evoluções futuras que serão  viabilizadas por esforço e compromisso do DECEA para garantir a excelência do gerenciamento da informação aeronáutica e do tratamento das mensagens ATS.


Fonte: CGNA
Texto & fotos: Natália Fernandes Galeno - 1S SAI 
Editado por Daisy Meireles

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