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PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DE VALORES – PFV

PATRIOTISMO

 ALBERTO SANTOS-DUMONT – O PAI DA AVIAÇÃO

O valor “Patriotismo”, presente no Programa de Formação e Fortalecimento de Valores (PFV), pode ser atribuído a Santos-Dumont, que perseguiu o sonho de voar e desenvolveu técnicas inovadoras para alcançar a dirigibilidade, permitindo ao homem o controle do curso das aeronaves.

Alberto Santos-Dumont, conhecido mundialmente como o Pai da Aviação, nasceu em 20 de julho de 1873 em Minas Gerais. Ainda criança se encantou pelo funcionamento das modernas máquinas da fazenda de café da família, localizada em São Paulo. Aos 12 anos já conduzia os trens utilizados no transporte de grãos da fazenda.

Em 1891, numa viagem com a família à Paris, visitando uma exposição no Palácio da Indústria, apaixonou-se pelas novidades tecnológicas. Pela primeira vez teve contato com motor a petróleo, despertando seu interesse por balões e sua obstinada missão pelo domínio dos ares.

Ao se mudar para Paris, estudou química, física, mecânica e eletricidade, aprofundou os conhecimentos sobre mecânica e motor a combustão. Aprendeu a conduzir balões. E inventou o balão nº 1, que recebeu o nome de Brasil.

Em julho de 1898, Santos-Dumont voou nos céus de Paris, com o balão Brasil, chamando à atenção de todos. Brasil foi o menor balão construído à época, despertando interesse dos balonistas, pela facilidade de condução.

Em 1898, perseguindo o sonho de voar, construiu seu primeiro dirigível, com motor de 3,5 HP ligado a um balão de 25 metros de comprimento.

Apesar do sucesso com os dirigíveis nos céus de Paris, o controle da dirigibilidade ainda era algo fundamental a ser alcançado. Por sua determinação chegou ao dirigível nº 6. Em 19 de outubro de 1901, pilotando seu mais novo invento, Santos-Dumont instituiu um marco para a história da navegação aérea, ao ganhar o prêmio do Deutsch de La Meurthe, por realizar o percurso de Saint-Cloud, contornando a Torre Eiffel e retornando ao ponto de partida, em menos de 30 minutos.

Ficou mundialmente conhecido e passou a viajar fazendo demonstrações da sua máquina. Construiu o nº 7, o nº 9 e pulou o nº 8 por superstição. Reuniu toda a praticidade que buscava nos seus inventos no nº 9. Era pequeno e ágil, possibilitando descer com o dirigível em frente de casa.

Em 1906, projetou o primeiro modelo de aeroplano. Pesquisou, observou e testou seu invento ligado ao dirigível de nº 14, por isso o batizou de 14 Bis.

No dia 23 de outubro de 1906, às 16 horas e 45 minutos, o 14 Bis decolou no Campo de Bagatelle, diante de uma comissão oficial e uma centena de testemunha. Foram projetados outros modelos. O nº 19 foi apresentado no ano seguinte, sendo chamado de Demoiselle, um aeroplano bem leve. Em 1909, apresentou uma versão melhorada do modelo, sendo a primeira aeronave produzida em quantidade. O manual da Demoiselle ficou à disposição de todos para que o avião se popularizasse.

Encerrou a carreira de aeronauta com a saúde frágil em 1910, mas continuou divulgando seus inventos contribuindo para o progresso da aviação. Retornou ao Brasil, construiu uma casa em Petrópolis, “A Encantada”, que hoje é o Museu Casa de Santos-Dumont. Em 1918, publicou o livro “O que eu vi, o que nós veremos”. Faleceu em 23 de julho de 1932, no Guarujá, em São Paulo.

No mês de outubro, é homenageado anualmente pela Força Aérea Brasileira, em reconhecimento pelos seus feitos. O evento a “Semana da Asa” acontece em homenagem ao célebre vôo do 14 Bis, ocorrido em 23 de outubro de 1906. O aeroporto do Rio de Janeiro e sua cidade natal, recebem o nome de Santos-Dumont. Tornou-se o Patrono da Aeronáutica Brasileira em 1984. No Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER) é o Patrono da Cadeira nº 3. 

Fonte: MCA 909-1 – Programa de Fortalecimento de Valores – 2021

 

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