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Uniforme do Danilo Moura - 2º Ten. Aviador Convocado
Histórico
Uniforme e equipamentos Os pilotos usavam camiseta de lã, cueca e meias pretas, ceroulas de lã e meias de lã, camisa "caqui", calça "caqui" e botinas de sola de borracha, macacão de voo, blusão, luvas e botas de couro, todos forrados com pele de carneiro, óculos de voo, capacete e máscara de oxigênio. Todos também usavam as famosas "Dog-Tag" (placas de identificação) penduradas no pescoço. No macacão os pilotos levavam caneta, lápis, balas, chicletes, pacote de emergência em forma de cantil. Para o caso de evasão eles levavam: bolsa de dinheiro e mapas, cartas geográficas, bolsa de medicamentos. Levava-se também três fotografias em trajes civis para documentos falsos em caso de evasão. Todo piloto levava também o inseparável "Mae-west", paraquedas com bote de borracha e estavam armados com uma pistola Colt a tiracolo. Era proibido levar durante os voos qualquer documento, aliança, fotografias de familiares ou cartas.1
Óculos de voo pertencente ao Tenente Danilo Moura. Nascido em 30 de junho de 1916, na cidade de Cachoeira do Sul, teve seu treinamento realizado no Panamá, em Suffolk e na Itália. Piloto de combate, acumulou a função de chefe da garagem de veículos durante a guerra. Em 04 de fevereiro de 1945, ao cumprir sua 11a missão de guerra, foi abatido pela artilharia antiaérea inimiga, a sudoeste da cidade de Treviso, na Itália. Saltou de paraquedas, a baixíssima altura, tendo tocado o solo segundos após a abertura do velame. Caiu sentado e na violência do impacto mordeu sua língua, o que lhe provocou dificuldades para a fala. Foi socorrido e escondido por simpatizantes italianos. Cansado da vida no esconderijo, resolveu tentar regressar, atravessando as linhas inimigas. Contrariando todas as instruções quanto à fuga, conseguiu retornar às linhas amigas, andando a pé mais de 140 km, utilizando a luz do dia e as estradas principais. Sua história tem sido narrada muitas vezes em livros e revistas, tendo inspirado a famosa paródia chamada “Ópera do Danilo”, cantada em todas as reuniões de caçadores pelos pilotos do 1o Grupo de Caça. Danilo era o irmão caçula do comandante Nero Moura. Ao retornar a Pisa, continuou na sua função de chefe da garagem, porém não pode efetuar mais nenhuma missão de guerra, pois se fosse novamente abatido e feito prisioneiro, poderia ser considerado pelo inimigo como sendo um espião e certamente seria fuzilado. Foi promovido a segundo-tenente em 25 de outubro de 1944. Condecorações: Cruz de Sangue Cruz da Aviação "fita A" Air Medal com 4 palmas (EUA); Campanha da Itália; Presidential Unit Citation (EUA) Após a guerra, ao regressar ao Brasil, pediu baixa da FAB e ingressou como piloto civil na Panair do Brasil, onde serviu como piloto por muitos anos, tendo chegado ao posto de "Master Pilot", voando como comandante de aeronave Constellation. Com a extinção da Panair, radicou-se como fazendeiro da região de Coioêre, Paraná. Foi casado com a Sra Maria Isolina Krieger, tendo 5 filhos. Faleceu no dia 14 de maio se 1990, na cidade do Rio de Janeiro, RJ. 2
Peças do uniforme utilizadas pelo Ten. Danilo Moura ao ser abatido no teatro de operações na Itália.
Fonte: 1 - http://sitetropasdeelite.t15.org/FAB-1GAVC.htm 2 - livro “A História do 1o Grupo de Caça” John W. Buyers
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