A heráldica tem sua origem situada na Europa, no século XIII, e surgiu para a identificação dos exércitos nos campos de batalha. Inicialmente, os símbolos heráldicos identificavam os membros de um clã feudal e, em seguida, passou a identificar todos os grupos organizados da sociedade feudal, como as corporações de ofícios, irmandades e ordens monásticas, como também as autoridades civis, militares ou eclesiásticas, permanecendo como uma tradição até nossos dias.
Atualmente, a heráldica continua cumprindo sua finalidade como um código eficiente de comunicação, cujo objetivo é normatizar e definir regras de uso de uma simbologia específica de cada país e representativa de cada instituição ou pessoa que a utiliza. Sendo assim, podemos afirmar que a heráldica é um dos elementos de identidade cultural mais antigos, visual e rigorosamente regulamentado de que se tem notícia.
No Comando da Aeronáutica (COMAER), assim como nas demais Forças coirmãs, as unidades militares seguem a tradição de utilizar, como identificação institucional, os emblemas, as bandeiras e os estandartes segundo os preceitos básicos da heráldica.
Na Força Aérea Brasileira o desenho das famosas “bolachas”, ou seja, os desenhos e as pinturas de identificação na fuselagem dos aviões, remonta à tradição norte-americana durante a 2ª Guerra Mundial. A primeira bolacha criada foi desenhada pelo Tenente Fortunato, em 1944, aviador de combate e desenhista nas horas vagas.
O desenho do avestruz ficou famoso e, até os dias atuais, representa o 1º GAvCA, criando-se assim uma representação do guerreiro aéreo brasileiro em solo estrangeiro. Em solo brasileiro, a tradição das bolachas continuou nas unidades brasileiras de patrulha, bombardeio e instrução, passando a fazer parte das manifestações simbólicas da cultura aeronáutica militar.
Em fins da década de 1970, o então MAER passou a usar seus símbolos heráldicos em escudos francês e português de acordo com a operacionalidade aérea das Organizações Militares, incorporando as representações tradicionais de cada uma delas.
Hoje em dia, o COMAER tem um rico acervo de emblemas, bolachas, distintivos, estandartes e flâmulas, regulados pelas leis heráldicas e por legislação interna específica, que mantém, em cada Organização Militar, o espírito de corpo necessário para o cumprimento da missão constitucional de defender a Pátria Brasileira.
O trabalho referente à atividade de Heráldica é regulado pela Instrução ICA 903-1 “Confecção, aprovação e emprego dos Símbolos Heráldicos no Comando da Aeronáutica”.
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