Comprando felicidade? Impactos do consumismo na saúde mental.
O consumismo refere-se ao comportamento de adquirir constantemente novos produtos, bens e serviços que não são necessariamente essenciais. Este fenômeno engloba fatores sociais, culturais e econômicos resultantes do desenvolvimento da sociedade e tem ganhado destaque em virtude de sua conexão com a saúde mental.
A necessidade de estar sempre atualizado, de comprar os lançamentos mais recentes ou de seguir tendências pode criar um ciclo vicioso de busca incessante por novos produtos e experiências. Essa dinâmica é alimentada pela valorização da posse material como reflexo do valor individual, sendo reforçada pela mídia, redes sociais e campanhas publicitárias que promovem a ideia de que a felicidade está atrelada ao que possuímos, em detrimento do que realmente somos.
O consumismo exacerbado pode provocar sentimentos de inadequação, seguidos de culpa ou arrependimento, impactando de forma significativa a saúde mental. Nos casos mais severos, pode ser classificado como um dos “Transtornos de Controle de Impulsos não Especificados”, segundo o DSM-V.
Além disso, esse fenômeno social impacta a saúde mental de diferentes camadas da população, especialmente da classe militar, que frequentemente enfrenta pressões únicas relacionadas à sua profissão com uma rotina marcada por altos níveis de estresse, pressão, situações de risco, disciplina rigorosa e, muitas vezes, a separação prolongada de suas famílias. Esses fatores podem contribuir para o desenvolvimento de comportamentos consumistas como uma forma de alívio momentâneo que pode rapidamente se converter em um ciclo prejudicial de dependência, comprometendo tanto a estabilidade emocional quanto a financeira.
Ademais, a cultura do consumismo pode aumentar a pressão sobre os militares para que se ajustem a certos padrões de vida. A imagem idealizada de um militar bem-sucedido costuma estar associada à posse de bens materiais, o que gera comparações sociais e, em consequência, sentimentos de baixa autoestima e frustração, especialmente quando suas condições financeiras não possibilitam aquisições equivalentes aos seus companheiros de farda.
Ao nos conscientizarmos sobre o consumismo, podemos optar por escolhas mais saudáveis e significativas, buscando maneiras positivas de contribuir para um futuro mais sustentável e menos consumista.
É fundamental promover uma reflexão crítica sobre nossos hábitos de consumo, aumentando a consciência sobre o impacto do consumismo em nossas vidas, explorando alternativas positivas como por exemplo: Investir em autoconhecimento, práticas de autocuidado, relacionamentos saudáveis, atividades como meditação, exercícios físicos e a descoberta de novos hobbies que pode proporcionar uma satisfação duradoura, que vai além do prazer momentâneo associado ao consumismo.
O desafio consiste em estabelecer um equilíbrio saudável entre o consumo e o bem-estar emocional. Assim, é essencial que reavaliemos nossos valores, incentivando uma cultura que valorize o ser em detrimento do ter. Apenas assim poderemos criar um futuro mais saudável e equilibrado, tanto do ponto de vista econômico quanto em relação à saúde mental.
O Programa de Valorização da Vida (PVV), com a finalidade de promover a conscientização e a prevenção em relação a esta temática, elaborou um vídeo destinado a auxiliar na identificação dos principais sintomas associados ao impacto do consumismo na saúde mental. Assista:
Quer saber mais sobre o assunto? Acesse os links abaixo:
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A Psicologia do Consumismo: A Influência da Necessidade de Pertencimento nas Decisões Financeiras. Disponível em:
Sofrimento Psiquíco promovido pelo consumismo. Disponível em:
https://revistahumanidades.com.br/arquivos_up/artigos/a115.pdf
Consumo ou consumismo, eis a questão…Disponível em:
https://crapr.org.br/consumo-ou-consumismo-eis-a-questao
Para mais informações sobre o Programa de Valorização da Vida e conteúdos sobre saúde mental acesse:
E ao ser informado sobre tentativa de suicídio e/ou morte por suicídio, lembre-se de preencher o Formulário de Notificação de Tentativa e Morte por Suicídio (FNTMS), clicando no link abaixo:
http://www.sispa.intraer/index.php/suporte-8
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