Hoje, 9 de abril, data em que se celebra o Dia Nacional da Biblioteca, o Museu Aeroespacial (MUSAL) destaca a importância de sua biblioteca especializada, que resgata e compartilha a história da aviação brasileira e mundial.

Especializada em temas aeronáuticos e aeroespaciais, a biblioteca do MUSAL, José Garcia de Souza, é referência nacional para pesquisadores, estudantes e entusiastas da aviação. Com um acervo técnico, o espaço reúne mais de 22 mil itens, entre livros, periódicos, manuais e documentos raros. As obras abrangem desde o desenvolvimento tecnológico da aviação até a história das Forças Aéreas do Brasil e do mundo, além de temas relacionados aos avanços da indústria aeroespacial.

Em entrevista à equipe de Comunicação Social do próprio Museu Aeroespacial, o 1º Tenente Raphael Limeira da Silva, Biblioteconomista e Chefe do Centro de Documentação e Pesquisa do MUSAL, Setor também responsável pela Biblioteca José Garcia de Souza, destacou a importância do acervo e compartilhou detalhes sobre o trabalho realizado, reforçando a relevância do Dia Nacional da Biblioteca.

“Promover o acesso ao conhecimento e o desenvolvimento cultural é parte da missão de uma biblioteca. Essa data reforça a importância desses espaços como instrumentos de cultura, aprendizado e preservação da memória”, afirma o Tenente Limeira.

A origem da biblioteca do MUSAL remonta a 1943, quando o Dr. Salgado Filho, o primeiro Ministro da Aeronáutica, por meio da Portaria n.º 237, designou o Aviador Civil José Garcia de Souza, piloto, entusiasta da aviação e visionário, para reunir materiais de interesse com o propósito de viabilizar a criação de um futuro Museu da Aeronáutica.

A partir desse momento, José Garcia publicou comunicados nas revistas de aviação da época, solicitando doações de fotografias e objetos que pudessem compor a primeira exposição de aeronáutica, que aconteceria no Ministério da Educação, no Palácio Gustavo Capanema. Com seus anúncios, o Aviador conseguiu reunir livros, documentos e vários objetos importantes para comporem o futuro museu, a fim de enaltecer e preservar a História da Aviação. Seu trabalho foi fundamental para a consolidação do MUSAL como uma Instituição de referência.

“Desde os primeiros passos do Museu, o acervo bibliográfico já era considerado essencial. Recebemos doações importantes, que hoje fazem parte da nossa coleção de obras raras e documentos históricos únicos sobre o desenvolvimento da aviação no Brasil e no mundo”, explica o Tenente Limeira.

A Biblioteca José Garcia de Souza abriga uma ampla variedade de documentos, como livros, periódicos, folhetos, separatas, normas técnicas, regulamentos da Aeronáutica, boletins e recortes de jornais. Um dos grandes destaques é a Coleção de Obras Raras, com exemplares que marcaram época e registraram momentos históricos da aviação.

Entre os “tesouros” do acervo estão os livros de Santos Dumont, como “Os Meus Balões” e “O Que Eu Vi, o Que Nós Veremos”, que fazem parte da exposição permanente na sala dedicada ao Pai da Aviação no próprio museu.

“Essas obras são de grande valor histórico e simbólico. Não apenas registram a genialidade de Santos Dumont, como também nos conectam diretamente às raízes da aviação”, destaca o Bibliotecário.

A biblioteca, localizada no Campo dos Afonsos, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, está aberta tanto ao público interno, civis e militares, quanto ao público externo, como estudantes, pesquisadores e interessados na história da aviação. O atendimento é realizado mediante agendamento prévio e as consultas são feitas presencialmente. As obras raras, por sua vez, só podem ser manuseadas com supervisão técnica, para garantir a preservação do material.

“Atendemos com agendamento pelo e-mail biblioteca.musal@fab.mil.br. Acreditamos que quanto mais pessoas tiverem acesso a esse conteúdo, mais valorizado será o nosso patrimônio cultural e científico”, explica Ten Limeira.

Manter um acervo técnico e especializado, como o da Biblioteca José Garcia de Souza, é uma missão estratégica para o país. Além de contribuir para a formação de profissionais da área militar e civil, a biblioteca cumpre um papel crucial na preservação da memória aeronáutica nacional.

“Nosso acervo é referência para quem pesquisa o papel das Forças Armadas no desenvolvimento do Brasil. Ele serve tanto para capacitação técnica como para estudos acadêmicos e projetos educacionais. É um legado que deve ser valorizado por toda a sociedade”, reforça o bibliotecário.

Neste Dia Nacional da Biblioteca, o MUSAL convida o público a visitar a Biblioteca José Garcia de Souza e descobrir um universo de conhecimento onde o passado e o futuro da aviação se encontram em cada página.

“Acredito que a sociedade precisa enxergar o valor da biblioteca como pilar de uma fonte inesgotável do saber. Promover o acesso à informação, preservar o conhecimento e estimular a inclusão cultural são objetivos que mantêm nossa missão viva”, conclui Chefe da Biblioteca.

Em um mundo cada vez mais digital, as bibliotecas seguem firmes como espaços de preservação da memória, difusão do conhecimento e formação cidadã.

Biblioteca José Garcia de Souza – Museu Aeroespacial

Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro – RJ

E-mail: biblioteca.musal@fab.mil.br

Visitação: mediante agendamento

Acesso gratuito para o público interno e externo

ACOMPANHE A ENTREVISTA COMPLETA:

- Qual é o significado do Dia Nacional da Biblioteca para profissionais da área e para instituições como o Museu Aeroespacial?

“Promove o acesso ao conhecimento e o desenvolvimento cultural no âmbito nacional e internacional, pela pluralidade de idiomas do acervo especializado em assuntos aeroespaciais e correlatos deste Museu. Além de engrandecer o papel das bibliotecas como espaços de cultura, conhecimento e aprendizado.”

- Como a Biblioteca José Garcia de Souza se diferencia de outras bibliotecas públicas ou acadêmicas?

“A Biblioteca se destaca especialmente pelo seu acervo. A origem da biblioteca do MUSAL remonta a 1943, quando o Ministro Salgado Filho designou o Aviador Civil José Garcia de Souza, piloto, entusiasta da aviação e visionário, para reunir materiais de interesse com o propósito de viabilizar a criação de um futuro Museu da Aeronáutica.

José Garcia publicou comunicados nas revistas de aviação da época, solicitando doações de fotografias e objetos que pudessem compor a primeira exposição de aeronáutica, que aconteceria no Ministério da Educação, no Palácio Gustavo Capanema. Com seus anúncios, ele conseguiu reunir livros, documentos e vários objetos importantes para comporem o futuro museu, a fim de enaltecer e preservar a História da Aviação. Seu trabalho foi fundamental para a consolidação do MUSAL como uma Instituição de referência.”

- Que tipo de acervo os visitantes encontram na biblioteca do MUSAL? Há algum item raro ou destaque que mereça ser citado?

“Nosso acervo inclui livros, periódicos, folhetos, separatas, normas técnicas, recortes de jornais, boletins, regulamentos do Comando da Aeronáutica e uma valiosa Coleção de Obras Raras. Entre os destaques estão os livros de Santos Dumont, como ‘Os Meus Balões’ e ‘O Que Eu Vi, o Que Nós Veremos’, ambos em exposição na sala Santos Dumont do Museu.”

- Como funciona o acesso ao acervo? É necessário agendamento para consulta presencial?

“A Biblioteca atende tanto ao público interno (funcionários civis e militares do MUSAL) quanto ao público externo (pesquisadores e visitantes em geral). A consulta presencial pode ser agendada e os materiais podem ser reservados por e-mail: biblioteca.musal@fab.mil.br. Obras raras só podem ser consultadas na presença do bibliotecário, com acompanhamento e orientação técnica.”

- Qual é a importância de manter um acervo técnico e especializado, como o da área aeronáutica, disponível à sociedade?

“A preservação de um acervo técnico e especializado contribui diretamente para o entendimento do papel das Forças Armadas na sociedade, não apenas no âmbito histórico e cultural, mas também no tecnológico. É fundamental para a formação acadêmica e técnica de militares e para a conservação da memória aeronáutica nacional.”

- Que mensagem você gostaria de deixar neste Dia Nacional da Biblioteca para incentivar o público a conhecer mais e valorizar esses espaços de saber?

“Agradeço a oportunidade de falar sobre esse tema em uma data tão significativa. Acredito que a sociedade precisa reconhecer o valor da biblioteca como um pilar essencial do saber, capaz de promover o acesso à informação, preservar o conhecimento e incentivar a inclusão cultural.”

Texto: Ten QOCON JOR Jônatas Ribeiro BARBOSA (JP35128 RJ)

Revisão: Cel Av R/1 SARANDI Oliveira da Silva