Em 24 de março de 1900, o magnata do petróleo Henri Deutsch de la Meurthe lançou um desafio audacioso para os pioneiros da aviação: um prêmio de 100.000 francos seria concedido ao primeiro aeronauta que, entre 1º de maio de 1900 e 1º de outubro de 1904, conseguisse pilotar um balão dirigível do Parc de Saint-Cloud até a Torre Eiffel e retornasse ao ponto de origem, percorrendo 11 milhas em menos de 30 minutos, sem tocar o solo e utilizando apenas os próprios meios.
O brasileiro Alberto Santos-Dumont, já renomado por suas inovações aeronáuticas, aceitou o desafio. Após várias tentativas e contratempos, incluindo acidentes com seus dirigíveis anteriores, ele projetou o "Santos-Dumont Nº 6". Em 19 de outubro de 1901, Santos-Dumont decolou do Parc de Saint-Cloud, contornou a Torre Eiffel e retornou ao ponto de partida em 29 minutos e 30 segundos, cumprindo os critérios estabelecidos. Inicialmente, houve controvérsias sobre o tempo exato devido a pequenos atrasos na aterrissagem, mas, após aclamação pública e revisão, o prêmio foi oficialmente concedido a ele em 4 de novembro de 1901.
Demonstrando generosidade, Santos-Dumont destinou metade do prêmio aos seus mecânicos e outra metade aos pobres de Paris. Sua conquista não apenas marcou um avanço significativo na dirigibilidade aérea, mas também solidificou sua vantagem como um dos maiores pioneiros da aviação.
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