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Slideshow > O PRIMEIRO AVIÃO “PAULISTINHA” CAP-4 É ENTREGUE
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No dia 2 de abril de 1943, em Utinga, São Paulo, o primeiro avião “Paulistinha” CAP-4, pertencente ao “Grupo Pignatari”, ficou pronto nas linhas de montagem da Companhia Aeronáutica Paulista.

Nos anos 1940, a falta de pilotos de aeronaves era patente. Havia pouquíssimas escolas de aviação e o número de pilotos “brevetados” era ínfimo, consistindo-se em um problema, pois em um contexto de tensões mundiais, havia a necessidade de formação de pilotos.

Nesta conjuntura, Assis Chateaubriand, proprietário do conglomerado de mídia Diário Associados, iniciou a Campanha Nacional de Aviação, com o slogan “Dêem asas ao Brasil”, que visava angariar recursos privados de pessoas e empresas, com vistas à doação de aeronaves, construção de pistas, e criação de aeroclubes visando incrementar a formação de pilotos privados. Essa campanha, que começou em 1940 e terminou no inicio dos anos 1950, teve seu apogeu em meados dos anos 1940 e é neste contexto de nascimento de uma aviação civil no país que  Francisco “Baby” Pignatari faz sua incursão na indústria aeronáutica, acaba transformando um setor da sua empresa, a Laminação Nacional de Metais, na CAP – Companhia Aeronáutica Paulista, em agosto de 1942.

Dos vários projetos que desenvolveu, o mais famoso e de sucesso comercial foi o EAY-201 Ypiranga, cujo protótipo, o PP-TBF, fora adquirido junto com os ativos da Empresa Aeronáutica do Ypiranga, recalculado por engenheiros do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas – São Paulo), modificado (novamente, mas agora em detalhes menores) ainda em 1942 e fazendo seu voo de homologação em janeiro de 1943 com a nova denominação, CAP-4 Paulistinha.

Segundo o jornalista Roberto Pereira de Andrade, o número de CAP-4 produzidos foi de 777 aeronaves entre 1943 e 1949. Contudo, esses números são questionáveis, pois naquele tempo os registros e o rigor de matrícula não eram tão grandes quanto hoje.

O exemplar em destaque (número de matrícula “PP-TJR”) voou em aeroclubes até ser desativado em 1970, quando foi transferido para o acervo histórico do Museu Aeroespacial, onde se encontra em exposição.

Fonte: INCAER e site autoentusiastas.com.br

Fotos: Ricardo Padovese e site autoentusiastas.com.br

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