No dia 30 de janeiro de 2024, o Museu Aeroespacial (MUSAL) recebeu visita técnica de membros do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a Museóloga Caroline dos Reis Lodi e do Restaurador Marcos Aurélio Vieira Tavares, ambos do Núcleo de Bens Móveis e Integrados IPHAN/RJ, que foram recepcionados pelos seguintes militares do MUSAL: Coronel Especialista em Aviões R/1 Eduardo Vieira de Carvalho, Chefe da Divisão Técnica; Tenente Coronel Museóloga R/1 Vilma Souza dos Santos, Chefe da Museologia; Capitão Especialista em Manutenção R/1 Marcelo Faria Morier e Tenente Museóloga Cintia da Silva Figueiredo.

O IPHAN é uma Autarquia Federal do Governo do Brasil, criada em 1937, vinculada ao Ministério da Cultura, responsável pela preservação e divulgação do patrimônio nacional, que tem como função defender os bens culturais do país, proporcionando sua existência e usufruto para as gerações presentes e também futuras, bem como buscar a preservação dos tesouros da cultura nacional.

Nesta ocasião, o propósito principal da visita foi realizar vistoria nas ações e serviços de restauração do avião Catalina - Consolidated Vultee 28 FAB 6527, pertencente ao acervo do MUSAL e, em 17 de agosto de 2022, teve seu tombamento definitivo estabelecido pelo IPHAN, uma vez que, com o propósito de ajudar na viabilidade da execução de todo processo de restauração desse importante bem cultural, o supramencionado Instituto descentralizou verba específica para tais serviços, os quais tiveram início em 11 de janeiro de 2023.

O Consolidated Vultee 28 (Catalina) é um avião anfíbio, com capacidade para 5 tripulantes, destinado a missões de patrulha marítima. Voou pela primeira vez em 1935, sendo utilizado por vários países com grande eficiência, antes, durante e após a Segunda Guerra Mundial.

A Força Aérea Brasileira operou esse modelo de avião, de 1943 a 1982, em missões de patrulha naval, onde se destacou no confronto e afundamento de submarinos alemães e em missões do Correio Aéreo Nacional, prestando importantes serviços à população da região amazônica.

O exemplar em tela pertenceu a Real Força Aérea Canadense, sendo adquirida pela Força Aérea Brasileira no final da década de 1940, quando passou a ser operado com a matrícula FAB 6527. Esta aeronave voou de 1949 a 1982, quando então foi desativada e entregue ao Museu Aeroespacial para integrar seu acervo histórico.