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Slideshow > CRIAÇÃO DO AEROCLUBE DO BRASIL
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Com o objetivo de formar aviadores militares brasileiros, em 18 de janeiro de 1913, foi assinado um ajuste entre o Ministro da Guerra, General Vespasiano Gonçalves de Albuquerque e Silva, e a firma “Gino, Bucelli e Cia”, para o funcionamento da “Escola Brasileira de Aviação”, no Campo dos Afonsos.

O “Aeroclube Brasileiro”, posteriormente chamado Aeroclube do Brasil, é a mais antiga instituição de ensino aeronáutico do país e o segundo aeroclube mais antigo do mundo. Sua história precede até mesmo a da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Força Aéreo Naval, da Marinha do Brasil, tendo em seus quadros o registro de algumas das figuras mais relevantes dos céus brasileiros.

 

Nos anos 1910, época em que o “milagre da aviação” despertava grande encantamento na população e detinha um grande apreço por parte dos militares, se encontrava no Brasil um fascinante grupo de estrangeiros aviadores, integrado pelos franceses Roland Garros, Edmond Plauchut e Ernesto Darioli, além do italiano Gian Felice Gino.

Tão logo surgiu a ideia de se estabelecer no país a presença de um grupo organizado. Sendo assim, em 14 de outubro de 1911, fundado o que foi chamado “Aeroclube Brasileiro”.

A primeira diretoria trouxe como presidente de honra ninguém menos do que o sócio-fundador Alberto Santos Dumont, além do almirante José Carlos de Carvalho como diretor presidente e Vitorino de Oliveira, redator do jornal “A Noite”, como primeiro diretor secretário.

 

Civis e militares ilustres, políticos, professores e homens de negócios apoiaram publicamente o ato. Os primeiros aviões do aeroclube foram adquiridos com recursos arrecadados em subscrição pública e, logo em seguida, cedidos ao Exército para servirem pela primeira vez no Brasil durante a Guerra do Contestado.

Devido à demora na recuperação dos aviões emprestados ao Exército, somente em 1916 foi reiniciado o curso de pilotagem, sob a direção do Tenente Bento Ribeiro Filho. Em 1917, o aeroclube se filiou à Fédération Aéronautique Internationale (FAI), passando a exercer a função oficial de examinadora dos pilotos formados no Brasil, concedendo os brevês.

O brevê Número 1 foi dado a Raul Vieira de Melo, tenente do Exército, em 1919.

Primeiro brevê expedido pelo “Aero club Brasileiro” | Imagem: Reprodução

 

Foi neste mesmo ano que o Exército Brasileiro solicitou as instalações do Campo dos Afonsos, o então campo de aviação do aeroclube, para instalar sua própria instituição de ensino de aviação militar, motivo pelo qual o aeroclube fechou sua escola.

O aeroclube passou então apenas a promover e a colaborar com a criação de escolas de aviação em todo o Brasil, credenciando delegados em vários estados.

Já na década de 1930, com a criação do Departamento de Aeronáutica Civil (DAC) no Ministério de Viação e Obras Públicas, a função normativa do Aeroclube se desfez – visto que os brevês concedidos pelo DAC tornaram desnecessário o reconhecimento da FAI, ao menos para voar dentro do Brasil.

Campo dos Afonsos, em 1919  

Foi quando o grupo mudou o nome para “Aeroclube do Brasil” (ACB) e iniciou a construção de um campo de pouso em Manguinhos, ainda no Rio de Janeiro (SC).

Porém, sob argumento de que os voos atrapalhavam as operações nos aeroportos do Galeão e Santos Dumont, nos anos 1960, o aeródromo foi fechado e por fim, transferido na década de 1970 para Jacarepaguá.

Fontes: INCAER e site Hangar 33

Boa leitura!

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