Na última semana, foi realizada no Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) reunião com os representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), a fim de buscar alternativas de cobertura vegetal que reduza a presença de fauna na área interna dos aeródromos brasileiros.
As duas organizações estudam cooperação técnica que influencia diretamente na base da cadeia alimentar da área interna dos aeródromos e contribue na redução da presença de fauna onde exista movimento de aeronaves.
Durante a reunião, o Doutor Francisco Humberto Dubbern de Souza, engenheiro agrônomo da EMBRAPA, apresentou algumas características ideais do produto, obtidas na pesquisa aplicada em diversos aeroportos brasileiros. Dentre os principais pontos, destacam-se: rusticidade (baixa necessidade de adubo, água, sombra, etc); baixa necessidade de podas (atividade que atrai aves); baixa produção de sementes (alimento para ave); alta cobertura do solo (abrigo para invertebrados, dificultando predação por aves) e baixa palatibilidade (sabor desagradável).
Benefícios da pesquisa com o uso da nova grama para o risco de fauna
Segundo o tenente-coronel Rubens, Assessor de Risco de Fauna do CENIPA, um dos principais problemas da cobertura vegetal nos aeródromos é a existência de diversos tipos de grama que oferecem alimento para fauna durante todo o ano, atraindo variados tipos de invertebrados e, por consequência, distintas espécies de aves. “O desenvolvimento de associações estáveis entre grama-fungo endófito pode ser uma alternativa bastante interessante para prevenir colisões com fauna, pois influencia a base da cadeia alimentar. A criação de ambiente pouco agradável às aves faz com que busquem outros locais, longe da rota das aeronaves”, complementa.
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