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Página inicial > Últimas Notícias > SERIPA V debate a instrução aérea em Florianópolis
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A importância da mentalidade e da cultura de Segurança de Voo focada na padronização da instrução aérea. Com esse propósito, o Quinto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA V) abriu o ciclo de palestras do segundo Estágio de Padronização de Instrução Aérea (EPIA), na manhã desta quinta-feira, 20 de agosto, no Centro de Ensino Academia Polícia Militar, do Estado de Santa Catarina, em Florianópolis.

Comandante da Base Aérea de Florianópolis, Coronel Aviador Sandro Francalacci de Castro Faria, que participou da abertura do evento, destacou o papel educacional do SERIPA V  na melhoria da qualidade profissional do piloto brasileiro, que vai além do reconhecimento do país no mundo aeronáutico, mas principalmente na promoção de um transporte aéreo cada vez mais seguro.

“A experiência e a tradição da Força Aérea Brasileira na formação de aviadores têm muito a contribuir com a aviação civil, em relação à proficiência na atividade aérea”, disse o Comandante, que ressaltou a necessidade urgente em reduzir os índices de ocorrências.

O EPIA, que reúne cerca de 100 profissionais, atraiu diretores de aeroclubes e de escolas de aviação, gestores de segurança operacional, instrutores de voo e alunos. A iniciativa mobiliza o segmento para o debate de Segurança de Voo, proporcionando informações e conhecimentos que podem mudar comportamentos, elevar a segurança e preservar vidas humanas.

Além de boas práticas, o EPIA mostra as ferramentas de padronização para o aperfeiçoamento da atividade aérea de instrutores de voo, cujos benefícios vão se refletir diretamente no bom desempenho de futuros pilotos que se preparam para ingressar na profissão.

 Debates - O Panorama da Aviação de Instrução no Brasil foi a primeira palestra do dia, proferida pelo chefe do SERIPA V, Tenente-Coronel Aviador Luís Renato Horta de Castro. Na sua exposição, ele mostrou dados estatísticos, de 2005 a 2014, que apontam 31,39 % das ocorrências aeronáuticas registradas na Região Sul, ficando atrás apenas de São Paulo com 36,32%, segundo dados do CENIPA.

Entre os fatores que mais contribuem para os acidentes na Aviação de Instrução, o julgamento do piloto aparece em primeiro lugar, seguido da aplicação de comandos,supervisão gerencial, instrução, pouca experiência e planejamento e outros, explicou o chefe do SERIPA V, que chamou a atenção para o atual perfil do instrutor na faixa etária dos 20 aos 30 anos e cerca de 300 a 700 horas de voo.

 A Tenente psicóloga Camila de Oliveira Carneiro falou sobre Aspectos Psicológicos Relacionados à Atividade Aérea, em especial quanto aos estímulos negativos e positivos presentes no ambiente da aviação de instrução, os quais influenciam na fo
rmação.“O  instrutor deve ser capaz de reconhecer as diferenças individuais do aluno, ou seja, observar como cada pessoa retém a informação na aquisição do conhecimento para uma eficaz aprendizagem”, explicou.

O investigador, Capitão Álisson  Sewaald, discorreu sobre A Didática e a Comunicação Aplicadas à Atividade Aérea, destacando desde a forma de ensino, elementos básicos de comunicação (atitude, níveis, canais de comunicação e outros), bem como a avaliação e capacidade do instrutor na transmissão do conhecimento.

O Tenente-Coronel Aviador Max Adolfo Nardes, investigador do SERIPAV, surpreendeu a audiência com a aplicação de uma prova, na qual foi solicitado um parecer e um grau (nota), com base em um acidente aéreo apresentado em vídeo. A prova serviu para ambientar o grupo no tema  Avaliação, que abrange desempenho, habilidades e qualificações pessoais para uma avaliação que depende unicamente do julgamento do avaliador.

Além de apresentar os métodos e padrões avaliativos reconhecidos pelos processos pedagógicos, o palestrante alertou para a responsabilidade do avaliador na eliminação dos preconceitos e das insatisfações pessoais no momento de atribuir um grau ao fator aprendizagem do aluno.

O primeiro dia de palestras foi encerrado com o tema O Checklist Relacionado a Ocorrências, na apresentação do  chefe do SERIPA V, que mostrou a origem, a evolução e o estudo ergonômico na concepção das listas de verificações, bem como a sua eficácia na atividade padronizada. Também foram analisados estudos de casos reais de acidentes.

Organização - O SERIPA V é um órgão vinculado ao CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), do Comando da Aeronáutica, que tem como propósito planejar, gerenciar e executar atividades de Segurança de Voo nos estados da Região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), área de sua jurisdição.

A organização foi criada em 2007 juntamente com outros seis órgãos regionais espalhados pelo Brasil nas cidades de Belém-PA, Manaus-AM, Recife-PE, Brasília-DF, Rio de Janeiro-RJ e São Paulo-SP.                                            


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