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Tenente-Coronel Renato alerta para as boas práticas entre pilotos e controladores de vooAs boas práticas na coordenação entre pilotos e controladores de voo podem evitar ou mitigar acidentes aéreos. O tema foi apresentado pelo chefe do Quinto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA V), Tenente-Coronel Aviador Luís Renato Horta de Castro, nesta semana (06/08), em Canoas-RS.

O evento foi realizado na sede do Segundo Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (2º/1º GCC), localizado no interior da Base Aérea de Canoas. Participaram controladores de voo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DTECEA- Canoas e DTCEA-Porto Alegre), Primeiro Grupo de Defesa Antiaérea, além de profissionais do Grupo de Comunicações.

O Tenente-Coronel Renato mostrou cenários de três estudos de caso em que pilotos passaram por situações emergenciais, cujos voos foram interrompidos pelo acidente aéreo. "O resultado teria sido diferente, caso houvesse mais iniciativas na transmissão de informações adequadas por parte dos profissionais do Serviço de Tráfego Aéreo", afirmou.

O controlador de voo deve manter sempre a comunicação padrão para assessorar o piloto, mesmo que para isso, seja necessário repetir inúmeras vezes uma fraseologia, disse o palestrante.

Profissionais que atuam na região da Grande Porto Alegre– Além da linguagem prevista em âmbito mundial, conforme normas e métodos recomendados pela OACI – Organização de Aviação Civil Internacional, é fundamental que o piloto receba informações precisas para o julgamento correto da situação emergencial, em condições para a definição da melhor alternativa", esclareceu.

O julgamento e a tomada de decisão consistem na seleção dentre escolhas e oportunidades que se apresentam na situação crítica. São vários processos mentais utilizados pelos pilotos para determinar com firmeza a melhor resposta diante das circunstâncias, explicou o chefe do SERIPA V.

– O julgamento é algo que não pode ser ensinado a ninguém. Ele é o resultado da experiência e do conhecimento do piloto, aliado às informações do local da emergência", afirmou.

De acordo com dados do CENIPA (Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), entre 2003 e 2014, o cenário nacional registra 14,48% das ocorrências na aviação de instrução relacionadas ao julgamento de pilotagem, enquanto que o Rio Grande do Sul aparece com 14,80 %, seguido pelo Paraná com 10,78 % e Santa Catarina com 5,83 %, elevando a Região Sul ao segundo lugar no rancking nacional no comparativo com as demais regiões do país.

Ainda durante o encontro, o Tenente-Coronel Renato abordou aspectos do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER). Desde o histórico, passando pelas transformações do sistema com a mudança de filosofia, quando a palavra inquérito foi substituída  e as investigações passaram a ser realizadas com o único objetivo de promover a prevenção de acidentes aeronáuticos, conforme normas internacionais.

A investigação de acidentes aeronáuticos na aviação civil é um tema novo para  a maioria dos militares da Força Aérea Brasileira, por não lidarem diretamente com o assunto. Todavia os cuidados e o zelo com a Segurança de Voo tem sido uma preocupação permanente dos comandos que desenvolvem a atividade aérea no preparo da Força.

Participaram do evento cerca de 50 profissionais que atuam na prestação de serviços de Controle de Tráfego Aéreo na região da Grande Porto Alegre.

Em busca de conhecimentos e mantendo a tradição do Rio Grande

 

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