Desde a primeira fatalidade humana causada pela colisão de aeronave com fauna, a aviação mundial registra mais de 470 mortes em todos os continentes. No Brasil, as duas fatalidades contabilizadas, em 1962, envolveram aeronaves militares, voando no Rio de Janeiro e em Guaratinguetá.
Segundo o Assessor de Gerenciamento de Risco de Fauna do CENIPA, o Tenente-coronel Henrique Rubens Balta de Oliveira, “o controlador de tráfego aéreo desempenha papel fundamental na redução da probabilidade de colisões, uma vez que mais de 60% do total de colisões reportadas acontece dentro de aeródromos”.
Por isso, a inclusão do tema risco de fauna nos cursos direcionados aos controladores de tráfego aéreo tem grande importância, pois estes profissionais são o canal de comunicação mais eficiente entre tripulantes e operadores de aeródromos. Os controladores de tráfego aéreo emitem alertas de obstáculos (animais) e acionam equipes de dispersão da fauna e retirada de carcaças, antes que se transformem em focos atrativos sobre a pista de pouso.
A Instrução do Comando da Aeronáutica nº 100-37, de 10 de novembro de 2016, ratificou a importância dos controladores de tráfego aéreo, incluindo orientação expressa no sentido de cancelarem autorizações de decolagem, instruírem arremetidas ou procedimentos de aproximação perdida, sempre que venham a ter conhecimento da existência de qualquer obstáculo na pista ou em sua proximidade, com capacidade de comprometer a segurança de aeronaves decolando ou pousando. A publicação também deixou claro que animais e bandos de aves podem se constituir em obstáculos às operações.
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