6 de julho, dados atualizados:
Com quase seis meses do andamento da investigação sobre o acidente envolvendo a aeronave de matrícula PR-SOM, ocorrido no dia 19 de janeiro, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos informa:
A Comissão de Investigação aguarda laudos produzidos pela Polícia Federal, além de realizar as últimas análises para confecção da minuta do Relatório Final.
A minuta, na língua inglesa, será encaminhada ao Representante Acreditado do país onde a aeronave foi fabricada, o qual terá o prazo de 60 dias para apresentar seus comentários, se houver. Depois de receber os comentários, o CENIPA concluirá o Relatório Final, que será assinado pelo Comandante da Aeronáutica.
Cronologia do acidente:
Por volta de 15h do dia 19 de janeiro, o CENIPA tomou conhecimento de um acidente aeronáutico na região de Paraty (RJ) envolvendo a aeronave King Air C-90GT de matrícula PR-SOM.
A Ação Inicial é a primeira fase da investigação. O início dos trabalhos consiste na coleta de evidências e foi realizado no mesmo dia da ocorrência. Os investigadores fotografam cenas, retiram partes da aeronave para análise, ouvem relatos de testemunhas e reúnem
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Uma equipe do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA 3), serviço regional do CENIPA, sediado na cidade do Rio de Janeiro, deslocou-se para o local para iniciar as investigações.
Em paralelo, equipes do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA-4), sediado em São Paulo, foram enviadas para o Aeroporto Campo de Marte, de onde a aeronave decolou, e também para Sorocaba, sede da empresa responsável pela manutenção do avião acidentado, em busca de maiores informações. Na mesma noite, outra equipe do CENIPA se deslocou de Brasília para o Rio de Janeiro, a fim de assumir a coordenação dos trabalhos.
Além disso, a Marinha do Brasil e o Corpo de Bombeiros receberam orientações da FAB sobre a importância da preservação do cenário e da própria aeronave até a chegada da equipe de investigação no local.
Assim que a equipe do SERIPA 3 chegou a Paraty, ocorreu uma reunião com todos os envolvidos e foram definidas as ações para a retirada dos corpos das vítimas, a qual foi realizada por mergulhadores do Corpo de Bombeiros. A presença de querosene dificultou muito o trabalho das equipes e foi necessário realizar cortes na fuselagem do avião para que os bombeiros tivessem acesso à cabine de passageiros.
Na madrugada, os corpos de três vítimas foram retirados e, pela manhã, os de outros dois ocupantes. Com isso, o Corpo de Bombeiros finalizou os trabalhos e mergulhadores da Marinha assumiram as tarefas de buscas de peças e remoção da aeronave.
Ao mesmo tempo, durante as visitas ao hangar no Campo de Marte e à empresa responsável pela manutenção do avião, foi confirmado que a aeronave era equipada com um gravador de voz - CVR (do inglês cockpit voice recorder). Imediatamente, os mergulhadores da Marinha passaram a procurar esse equipamento, encontrando-o logo à tarde.
Todos os acontecimentos anteriores fazem parte da primeira fase da investigação, a Ação Inicial.
A segunda fase do processo investigativo é a análise de dados. Fase em que os dados coletados são analisados estabelecendo relações que levarão em conta diversos fatores contribuintes, sejam materiais (sistema da aeronave e projeto), humanos (aspectos médicos e psicológicos) ou operacionais (rota, meteorologia, etc). Ao longo do trabalho, outros profissionais (pilotos, engenheiros, médicos, mecânicos, etc) se integraram à comissão, conferindo um caráter multidisciplinar.
O documento oficial de uma investigação é o Relatório Final. Ele resgata o histórico da ocorrência, apresenta as informações factuais, as análises dos elementos de investigação, conclusões e Recomendações de Segurança.
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