No dia 16 de maio, aconteceu a 67º Sessão Plenária do Comitê Nacional de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CNPAA). A sessão foi realizada na sede do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), em Brasília/DF, e reuniu representantes de organizações civis e militares.
O objetivo do encontro foi reunir profissionais de entidades nacionais envolvidas, direta ou indiretamente, com a atividade aérea, para estabelecer a discussão, em âmbito nacional, de soluções sobre os problemas ligados à segurança de voo.
Segundo o Chefe do CENIPA e Presidente do CNPAA, Brigadeiro do Ar Frederico Alberto Marcondes Felipe, “os trabalhos desenvolvidos no âmbito do Comitê adquirem abrangência significativa pela diversidade dos membros, que incluem empresas aéreas, Forças Armadas, sindicatos, órgãos de segurança pública, entidades governamentais, universidades e escolas de aviação”.
Constavam da agenda do evento os seguintes temas: ferramentas de gestão da segurança em aeroportos, risco baloeiro e colisões com redes elétricas. Além disso, foi votada a inclusão de nova entidade-membro.
“Ferramentas de Gestão da Segurança Operacional na Atividade Aeroportuária” foi o tema abordado pelo Coronel Aviador Augusto César de Souza Trindade, que atua no Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).
“O DECEA disponibiliza atualmente recursos para desenvolver com os profissionais do controle de tráfego aéreo maior eficácia na capacidade de raciocínio e decisão, além de desenvolver habilidades relativas à memória operacional do efetivo militar. Tudo isso a fim de elevar a cultura de segurança operacional no sistema de prevenção de ocorrências aeronáuticas”, afirmou o Coronel Trindade.
Em seguida, o Assessor de Risco Baloeiro do CENIPA, Coronel Aviador R1 Antônio Heleno da Silva Filho, lançou a Campanha de Prevenção do Risco Baloeiro. Parceria feita entre o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER) e o CENIPA, a campanha já está no Portal da Força Aérea e nas redes sociais.
“Para que a campanha seja efetiva é importante atingir toda a população brasileira, indo além da sociedade aeronáutica”, disse o Coronel Heleno. Segundo o Assessor, os estados do Brasil com mais registros de avistamentos de balão são Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.
Durante a tarde, o Safety do Aeroporto Internacional de São Paulo (GRU Airport), Sr. Carlos Schmid Gonçalves, discorreu sobre os manuais de Gerenciamento da Segurança Operacional da instituição. Neles constam processos detalhados para que cada profissional da GRU Airport conheça o próprio papel e a responsabilidade que deve desempenhar diante do SGSO.
O Sr. Schmid ressaltou a importância dos manuais ao aproximar a teoria da prática cotidiana nas atividades de aviação. Apresentou casos sobre a eficiência dos condutores na área de manobras; o programa de observação de segurança operacional na rampa; foreign object demage; e alerta de segurança operacional.
O Sindicato Nacional de Aeronautas (SNA), representado pelo Sr. Mateus Ghisleni, falou sobre colisões envolvendo aeronaves da aviação agrícola com redes elétricas. Afirmou que o Brasil possui, atualmente, a segunda maior frota mundial de aviação agrícola e propôs a criação de um Grupo de Trabalho para mitigar a recorrência de eventos envolvendo redes elétricas, torres e estais. Foi, então, votado o surgimento da Comissão de Prevenção na Aviação Agrícola pela plenária.
O Assessor Jurídico do CENIPA, 1º Tenente Adriano Trindade, apresentou a Ação Direta de Inconstitucionalidade, 5667/DF, e os impactos no Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER).
CNPAA - Instituído pelo Decreto nº 87.249, de 7 de junho de 1982, o Comitê se reúne duas vezes por ano. O CNPAA conta com cerca de 70 entidades-membro entre companhias aéreas, concessionárias de aeroportos, associações, aeroclubes, instituições de ensino, fabricantes de aeronave, empresas de taxi aéreo, e a admissão de novos membros se dá mediante a aprovação da plenária.
O CNPAA é uma entidade independente do CENIPA, apesar de ter como presidente e secretário, os respectivos chefe e vice-chefe do Centro. No Comitê são criadas algumas Comissões que objetivam ampliar as discussões sobre temas técnicos específicos da aviação e, assim, promover a melhora dos processos.
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