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Página inicial > Últimas Notícias > SERIPA V eleva padronização da instrução em Londrina-PR
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A comunidade da Aviação de Instrução de mais de dez estados brasileiros participam do Estágio de Padronização da Instrução Aérea (EPIA) na cidade de Londrina-PR. Promovido pelo Quinto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA V), o encontro inicou nesta quinta-feira (05/11) e conta com a parceria da UNOPAR e do Aeroclube de Londrina.

O  Chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), Brigadeiro do Ar Dilton José Schuck, que participou da abertura do EPIA , disse que a prevenção se faz pela educação e com a mobilização de todos. “Esse evento é extremamente importante na elevação da cultura de Segurança de Voo, cujo objetivo é salvar a vida humana – que é um valor inestimável para a sociedade – além da preservação de recursos materiais", afirmou.

Investigadores debateram temas específicos relacionados à padronização de procedimentos de segurança operacional da Aviação de Instrução. Boas práticas difundidas sob a forma de conhecimentos e informações, a fim de influenciar na capacidade operacional dos profissionais da aviação para mitigar o índice de acidentes aéreos.

Debates - O Tenente-Coronel Aviador Luís Renato Horta de Castro, Chefe do SERIPA V, mostrou o cenário da instrução aérea no Brasil e suas principais dificuldades. Ele definiu o perfil do instrutor brasileiro como aquele profissional que está entre os 20 e 30 anos, possui em média de 300 e 700 horas de voo e recebe um salário pouco atrativo em uma profissão de alta rotatividade.

Tenente-Coronel Renato fala sobre a padronização pelo checklistA ausência da supervisão gerencial na instrução em tempo integral ocorre devido ao acúmulo do cargo com outras atividades. O Chefe do SERIPA V alertou sobre afalta de uma rotina operacional na instrução, bem como o não cumprimento de requisitos regulamentares determinados pela Agência Reguladora.

Entender os elementos básicos da boa comunicação na instrução aérea por meio de estudo, experiência ou ensino, foi o tema da palestra  "didática e comunicação" desenvolvida pelo Capitão Aviador Álisson Seewald, Chefe da Prevenção do SERIPA V, que mostrou as melhores práticas de ensino utilizadas na instrução aliadas à capacidade do instrutor na transmissão do conhecimento.

À tarde, o palestrante , Tenente-Coronel Aviador (R1) Max Adolfo Nardes, iníciou de sua palestra com a aplicação de uma prova aos participantes do evento, com base em um vídeo de um acidente na instrução aérea, demonstrando a necessidade de uma avaliação por apreciação, conforme os padrões pré-estabelecidos pela instituição.

Tenente-Coronel Nardes diz que o instrutor deve ser um bom exemplo para o alunoO conceito de avaliação engloba um processo contínuo que interpreta conhecimentos, habilidades e atitudes, com mudanças esperadas no comportamento do aluno. O Tenente-Coronel Nardes chamou a atenção dos instrutores para os cuidados com o uso de expressões que exprimem a simpatia ou a antipatia por meio de preconceitos, além de comentários pitorescos. “O instrutor deve ser sempre um bom exemplo para o aluno”, afirmou o palestrante.

"Checklist" foi a segunda palestra apresentada pelo Chefe do SERIPA V, Tenente-Coronel Renato, que evidenciou a observação das listas de verificações previstas na atividade aérea padronizada, as quais podem mitigar as falhas nas diversas fases do voo. Recomendou o checklist como um roteiro indispensável para a segurança e a tranquilidade na execução da operação aérea.

A Legislação da investigação SIPAER referenciada pela Lei 12.970/2014, também foi tema abordado no EPIA, com destaque para os artigos (88-A e 88-B) que definem o papel da investigação aeronáutica e suas diferenças em relação à investigação policial. O Capitão Seewald focou as violações e a inobservância de normas aplicadas à instrução, bem como as responsabilidades legais, alertando para as questões financeiras que recaem sobre a família do piloto quando acidente aéreo.

Fatores contribuintes - Julgamento de pilotagem, supervisão gerencial, aplicação de comandos, pouca experiência do piloto e planejamento de voo são fatores recorrentes nas investigações de acidentes da Aviação de Instrução, os quais respondem por cerca 60% das ocorrências aeronáuticas que acontecem hoje no Brasil. Entre os estados que aparecem com os mais altos índices de acidentes estão São Paulo  (35%), Rio Grande do Sul (15%), Paraná (11%) e Rio de Janeiro (9%). Os dados são do CENIPA.

Palestrantes respondem aos questionamentos dos participantes em debate abertoO dia foi encerrado com um debate aberto à comunidade da Aviação de Instrução para esclarecer dúvidas relacionadas a diversos aspectos da instrução, além de ouvir a opinião dos investigadores e palestrantes sobre alguns aspectos da legislação.

O EPIA, que encerra nesta sexta-feira (06/11), abordará os seguintes temas: preenchimento de fichas de avaliação de voo, aerodinâmica e desempenho em aeronaves de baixa performance, brifim e debrifim, erros mais comuns em acidentes de instrução e julgamento de pilotagem e processo decisório.

SERIPA V - Quinto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos - tem por finalidade planejar, gerenciar, controlar e executar as atividades relacionadas com a investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos, no âmbito da aviação civil, em sua área de jurisdição, que abrange os estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, a fim de preservar os recursos humanos e materiais. A sede em Canoas (RS
 

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