“Educar para prevenir”. Inspirados pelo lema do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), militares do Segundo Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II) realizaram, na última quarta-feira (28/10), ciclo de palestras para os alunos da Escola Estadual Brigadeiro Eduardo Gomes, em Recife.
No estado de Pernambuco, até outubro de 2015, foram registradas 23 ocorrências envolvendo a emissão de raio laser, sendo 19 delas nas proximidades do Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre. No Brasil, 798 ocorrências aconteceram com raio laser, no mesmo período.
O encontro, que contou com a audiência de jovens entre 11 e 17 anos, teve como objetivo alertar os discentes sobre os riscos, para as operações aéreas, do uso de ponteiras de raios laser, pipas e focos atrativos de fauna em torno dos aeroportos.
Ao final da reunião, foram distribuídos gibis produzidos pelos estúdios Maurício de Souza, em parceria com o CENIPA, os quais retratam personagens da Turma da Mônica alertando sobre os problemas do apontamento de raio laser para aeronaves.
Consequências – Apontar raio laser, nas fases de aproximação e pouso das aeronaves (momentos em que há maior acúmulo de trabalho dos pilotos), pode gerar consequências catastróficas. Os resultados são diversos: simples distração por parte da tripulação, ofuscamento ou cegueira momentânea e, em alguns casos, a perda definitiva da visão daqueles que são alvejados.
Embora seja crime tipificado no Código Penal Brasileiro, a ação tem sido combatida por meio das campanhas de prevenção. Segundo o artigo 261, apontar uma caneta de raio laser verde para uma aeronave pode caracterizar crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo. A lei prevê de dois a cinco anos de cadeia, entretanto se houver acidente com morte, a pena é ampliada para até 12 anos.
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