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Com o propósito de preparar, elevar a qualidade de seus profissionais e valorizar a formação daqueles que serão os receptadores dos visitantes e transmissores da História da Aviação, hoje (15 de agosto de 2022), o Museu Aeroespacial deu início, em regime presencial, ao 3º Curso de Capacitação de Mediadores do MUSAL.

O Curso visa capacitar militares e civis do próprio efetivo do Museu Aeroespacial e das Organizações Militares sediadas no Campo dos Afonsos, a fim de melhor atender as demandas de recepção de autoridades e visitações de grupos ao MUSAL, bem como possíveis demandas da Universidade da Força Aérea (UNIFA).

Ao longo de suas duas fases, teórica e prática, a referida capacitação engloba assuntos que variam desde preceitos básicos como a definição de museologia e museografia até, especificamente, os espaços expositivos, o acervo exposto e seus respectivos legados históricos, além de especial atenção para conceitos e práticas visando a acessibilidade para pessoas com deficiência, buscando sempre o melhor atendimento a todos os visitantes.

Além do acervo permanente do museu, visitantes puderam conhecer a réplica do caça F-39 Gripen e assistir a diversas apresentações

 

O Museu Aeroespacial, localizado no Campo dos Afonsos, Zona Oeste do Rio de Janeiro, realizou no último domingo (07/08), um evento gratuito em comemoração ao 149⁰ aniversário de nascimento de Alberto Santos-Dumont, Pai da Aviação e Patrono da Aeronáutica Brasileira, completados no dia 20 de julho. A programação especial contou com demonstrações aéreas da Esquadrilha CEU, saltos de paraquedistas do Exército Brasileiro, salto livre da Equipe Falcões da FAB, balonismo, aeromodelismo, oficinas educativas do SESC, apresentação da Banda da Base Aérea dos Afonsos, além da visitação às aeronaves e salas expositivas, que fazem parte do acervo permanente do MUSAL.

Os visitantes também puderam conhecer a exposição da réplica do novo caça da Força Aérea Brasileira, o F-39 Gripen, que ficará disponível para visitação no local até o próximo dia 22 de agosto. Para entrar na cabine e conversar com um piloto é preciso fazer o agendamento prévio no site do MUSAL. A entrada é gratuita.

Mais de 25 mil pessoas participaram do evento, que além de garantir o entretenimento de toda a família, também ofereceu um dia muito educativo. A auxiliar administrativa Andreia Seabra levou o filho Calebe, de 8 anos, para conhecer a exposição permanente de Santos-Dumont, localizada no segundo andar do museu.

“Eu não conhecia, fiquei sabendo através do jornal e eu gostei muito. Agora fiquei sabendo que funciona diariamente. Meu filho é autista e ele assimilou muito vendo as figuras, os aviões, comigo explicando para ele. Ele assimilou muito mais do que na própria escola. Indico que tragam as crianças e eu vou voltar” declarou Andreia.

Já a advogada Saara Santana de Araújo Escarlate foi acompanhada do filho Victor, de 5 anos, o vizinho Luiz e a filha dele, a Maitê, de 3 anos. “Estou achando o evento muito bonito, tem bastante gente e atividades para pessoas de todas as idades. Bom para as crianças e para a gente conhecer um pouco a história das Forças Armadas e dos aviões que eram utilizados”, opinou a advogada.

O Diretor do Museu Aeroespacial, Brigadeiro Mauricio Carvalho Sampaio, afirmou que eventos como este ajudam a valorizar a história da aviação e fortalecem a interação entra a sociedade e a Força Aérea Brasileira. “O objetivo do Museu Aeroespacial é divulgar a nossa atividade, o que fazemos aqui no dia a dia. Não só o MUSAL! Mas o que faz a Força Aérea Brasileira. Temos vários estandes, várias demonstrações, ocorrendo em paralelo com a exposição do nosso acervo. É o momento em que a população pode vir ao quartel, que está de portões abertos. É uma das oportunidades que o museu dá a população do Rio de Janeiro para conhecer um pouco mais da aviação e da Força Aérea Brasileira”, destacou o Oficial-General.

 

 

 

 

Durante a solenidade militar alusiva ao 149° Aniversário de Santos Dumont, realizada no dia 22 de julho de 2022, na Base Aérea de Brasília (Brasília/DF), o Museu Aeroespacial abrilhantou a solenidade com a exposição da réplica de aeronave histórica de seu acervo.

20 de julho é o dia em que o Brasil celebra o nascimento do Pai da Aviação e Patrono da Aeronáutica Brasileira, Marechal do Ar Alberto Santos-Dumont, que, com seus feitos e capacidade visionária, contribuiu para o desenvolvimento da humanidade, dando destaque e reconhecimento mundial à aviação brasileira.

O Demoiselle voou pela primeira vez em 1907 (modelo Nº 19), sendo desenvolvido sucessivamente até 1909 (modelo Nº 20). Em 1909, algumas fábricas iniciaram a produção do Nº 20, chegando a mais de 40 unidades construídas, a preço de um automóvel médio. Santos Dumont havia posto à disposição de quem quisesse os planos e detalhes do Demoiselle, pois ele não patenteava suas invenções, que deveriam ser partilhadas por toda a humanidade. Este aparelho era o meio de transporte pessoal preferido do inventor em visitas a amigos, ao redor de Paris.

O exemplar que foi exposto é uma réplica pertencente ao Museu Aeroespacial, a qual foi completamente restaurada e adaptada, a fim de ser utilizada em ocasiões especiais como esta solenidade e em exposições itinerantes, ampliando assim a oportunidade de mais cidadãos conhecerem sobre Santos Dumont e o Museu Aeroespacial.

 

PARTINDO DO RIO TEJO, EM LISBOA, PILOTOS PORTUGUESES, A BORDO DE HIDROAVIÃO MONOMOTOR, REALIZARAM O PRIMEIRO VOO LIGANDO PORTUGAL AO BRASIL EM 1922


Fonte: Museu Aeroespacial
Texto adaptado do original
Adaptação e edição: Cel Sarandi - MUSAL

 

Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul:
EXPOSIÇÃO “Por ares nunca d’antes navegados”


Esta exposição temporária celebra o Centenário da Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul, que foi iniciada em 30 de março de 1922, em Lisboa, e protagonizada pelos aeronautas portugueses Sacadura Cabral e Gago Coutinho, os quais seguiram a bordo do hidroavião modelo Fairey III-D, tendo como destino final o Rio de Janeiro, que na época era a capital brasileira.

 

 

No final da década de 1910, existia um conjunto de desafios que eram colocados aos aviadores com relação às tarefas de condução de aeronaves, tais como a confiabilidade dos motores utilizados nas aeronaves, o peso que estas máquinas conseguiriam erguer no ar e, principalmente, quanto à orientação em pleno voo sobre zonas continentais desconhecidas e grandes distâncias marítimas.
Dentre os obstáculos a serem vencidos na época, um dos mais significativos era o desenvolvimento de um método de navegação que permitisse pilotar a aeronave com precisão sobre a imensidão dos oceanos.
No ano de 1919, quando da visita do Presidente da República do Brasil, Epitácio Pessoa, a Portugal, o Capitão-Tenente Piloto Aviador Sacadura Cabral teve a idéia de comemorar o Centenário da Independência do Brasil (1922), realizando uma viagem aérea entre Lisboa e o Rio de Janeiro, que mais tarde ficaria conhecida como a Travessia Aérea do Atlântico Sul.
Sacadura Cabral tinha plena consciência quanto às dificuldades em relação à navegação aérea em grandes distâncias marítimas, tanto que encontrou no Capitão-de-Mar-e-Guerra Gago Coutinho o apoio científico para empregar os estudos.
Em 30 de março de 1922, Sacadura Cabral e Gago Coutinho partiram de Lisboa e, em um inacreditável feito aeronáutico de repercussão internacional, voaram até o Rio de Janeiro, realizando a Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul.
Em um pioneirismo heróico, enfrentaram muitos perigos e deram demonstração de alta capacidade técnica, realizando as seguintes etapas: Lisboa x Las Palmas (Ilhas Canárias); Gando (Ilhas Canárias) x São Vicente (Arquipélago de Cabo Verde); Porto Praia (Ilha de São Tiago - Cabo Verde) x Penedos São Pedro e São Paulo (Ilha de Fernando de Noronha); Ilha de Fernando de Noronha x Recife (Pernambuco); Recife (Pernambuco) x Salvador e Porto Seguro (Bahia) x Vitória (Espírito Santo) x Rio de Janeiro.

 

 


A viagem entre as cidades de Lisboa e Rio de Janeiro foi bastante atribulada, onde foram utilizadas três aeronaves. Devido à inexistência de aeródromos nas Ilhas de Cabo Verde e Fernando de Noronha, decidiram por realizar a compra de um hidroavião inglês do tipo Fairey III-D, com motor Rolls Royce de 350 CV.
Para que a Travessia do Atlântico Sul pudesse ser concretizada, foram necessários testes com os métodos de navegação criados pelos pilotos em questão. Com este objetivo, Gago Coutinho adaptou ao Sextante - um instrumento astronômico utilizado para determinar a latitude - um horizonte artificial e desenvolveu, em colaboração com Sacadura Cabral, o plaqué de abatimento ou corretor de rumos, que permitia calcular graficamente o ângulo entre o eixo longitudinal da aeronave e o rumo a seguir, considerando a intensidade e direção do vento.
Os dois aventureiros ensaiaram o uso dos novos métodos na ligação entre o continente e a Ilha da Madeira, através do raide aéreo Lisboa-Funchal, em 1921. A ligação aérea foi concluída em cerca de sete horas e meia e demonstrou a precisão destes inovadores instrumentos, que foram decisivos para navegar com segurança de rumo e resultar no sucesso da Travessia Aérea do Atlântico Sul.
Foram necessários três hidroaviões: Lusitânia, Portugal e Santa Cruz para a conclusão da conquista. O Lusitânia naufragou nos rochedos São Pedro e São Paulo, o Portugal naufragou na região de Fernando de Noronha e o Santa Cruz foi o único hidroavião que completou o percurso até o Rio de Janeiro. Este último recebeu este nome por sugestão da esposa do Presidente Brasileiro.
Depois de percorridas 4527 milhas (8.300 quilômetros) em 62 horas e 26 minutos, os oficiais foram recebidos em festa pela população do Rio de Janeiro, no dia 17 de junho de 1922. Aclamados entusiasticamente como heróis em todas as cidades brasileiras por onde passaram, os aeronautas haviam concluído com êxito não apenas a Primeira Travessia do Atlântico Sul, mas pela primeira vez na História da Aviação tinha-se viajado sobre o Oceano Atlântico apenas com o auxílio da navegação astronômica.
Estava assim concluída a Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul. A coragem de Sacadura Cabral e o apoio científico de Gago Coutinho se juntaram para fazer o que mais ninguém tinha feito até então. Esse voo veio abrilhantar as comemorações do Centenário da Independência do Brasil.

 

 

BIOGRAFIAS
SACADURA CABRAL (1881 - 1924)
Artur de Sacadura Freire Cabral, mais conhecido por Sacadura Cabral, nasceu em 23 de abril de 1881, na província da Beira Alta, em Portugal.
Em 10 de novembro de 1897, aos dezesseis anos ingressou na Escola Naval, sendo depois promovido à Aspirante de Marinha. Em 1922, com vinte e cinco anos de idade foi promovido por mérito, ao posto de Capitão de Fragata, por conta da concretização do projeto da Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul.
Considerado um aviador extraordinário pelas suas qualidades de coragem e inteligência, ultrapassou as insuficiências técnicas e materiais à época. Ao conhecer Gago Coutinho, incentivou-o a dedicar-se às questões da navegação aérea. Ambos se dedicaram a solucionar problemas de navegação aérea, levando ao desenvolvimento de um método científico que foi fundamental para a Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul.
Em 1921, realizou, com Gago Coutinho e Ortins de Bettencourt, a viagem Lisboa-Madeira, a fim de avaliar os métodos e instrumentos criados por ele e Gago Coutinho.
Morreu em 15 de novembro de 1924, quando pilotava uma aeronave Fokker no Mar do Norte e seu corpo nunca foi encontrado.

 

 

 

GAGO COUTINHO (1869 - 1959)
Carlos Viegas Gago Coutinho, mais conhecido como Gago Coutinho, nasceu em São Brás de Alportel, em Portugal, sendo registrado em Belém, uma freguesia portuguesa do município de Lisboa, no dia 17 de fevereiro de 1869.
Ingressou aos dezessete anos na Marinha Portuguesa, como Aspirante do Corpo da Armada, em 1886. Durante sua carreira militar, cruzou os Mares do Sul em veleiros e navios mistos, de 1898 a 1918, dedicando-se como geógrafo de campo a missões geodésicas e à delimitação de fronteiras nas províncias ultramarinas portuguesas de Timor, Moçambique, Índia e São Tomé. Interessou-se pela aviação, onde adaptou os processos e instrumentos da navegação marítima.
Após realizar a Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul, Gago Coutinho foi promovido a Vice-Almirante e condecorado com as mais altas e prestigiadas distinções do Estado Português. Faleceu no dia 18 de fevereiro de 1959, no dia seguinte a completar 90 anos, em Lisboa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na década de 1930, os amantes da aviação sentiam falta de um local adequado para a guarda e preservação da documentação histórica relacionada ao assunto, uma vez que, algumas décadas já haviam se passado desde o voo do mais pesado que o ar, e muitos países já possuíam um museu dedicado a esse setor. Entretanto, o Brasil ainda não havia se mobilizado para tal organização, apesar de se acreditar que um museu ajudaria a defender o pioneirismo de Santos Dumont, que, em 1906, realizou o primeiro voo com o 14-Bis em Paris.

Ocupando as antigas instalações da Escola de Aeronáutica, no lendário Campo dos Afonsos, o Museu Aeroespacial passou a ser a materialização da idéia de um museu aeronáutico, a qual é anterior a própria criação do Ministério da Aeronáutica.

Há exatos 49 anos, atendendo à exposição de motivos do então Ministro da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar Araripe Macedo, o Presidente Emílio Garrastazu Médici, cria o Núcleo do Museu Aeroespacial, em 31 de julho de 1973, por meio do Decreto n.º 72.553.

No corrente ano, as comemorações iniciaram no próprio dia 31 de julho, atraindo um total de 15.922 pessoas, quando duas importantes ações positivas de alto impacto social foram realizadas: a Corrida do Aniversário do MUSAL e a inauguração da exposição da réplica do F-39 Gripen, o mais novo avião de caça da Força Aérea Brasileira. Ao longo de um belo domingo ensolarado, o público presente pôde aproveitar com suas famílias e amigos toda área expositiva do museu.

Já no dia 01 de agosto, em solenidade reservada no hangar de sua administração, foi realizada a Cerimônia Militar alusiva ao 49º Aniversário do Museu Aeroespacial, a qual foi presidida pelo Brigadeiro do Ar Mauricio Carvalho Sampaio, Diretor do MUSAL.

Texto: Cel Av R/1 Sarandi

Fotografias: Civil Gastão e Soldado Paulo Rodrigo

Fotografias (drone): Maurício Guimarães

 

 

Como parte das comemorações do Centenário da Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul (TAAS), hoje (24/jun/2022), o Museu Aeroespacial recebeu a honrosa visita do Tenente-Brigadeiro do Ar R/1 Rafael Rodrigues Filho, Diretor do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER), e da Comitiva Aeronaval Portuguesa, os quais participaram de cerimônia de lançamento da exposição “Por ares nunca d’antes navegados”.

Esta exposição tem por objetivo enaltecer e elucidar o feito dos aeronautas portugueses, Gago Coutinho e Sacadura Cabral, idealizadores e realizadores deste verdadeiro marco na história da aviação mundial, uma vez que, em uma época ainda tão prematura para este setor, esses verdadeiros heróis voaram de Lisboa ao Rio de Janeiro, sem grandes recursos tecnológicos, a bordo do hidroavião modelo Fairey III-D. A travessia de aproximadamente 4500 milhas náuticas durou mais de 60 horas de voo, tendo sido iniciada em 30 de março de 1922 e finalizada em 17 de junho do mesmo ano.

A Comitiva Portuguesa foi composta pelo Tenente-General Manuel Fernando Rafael Martins, Presidente da Comissão Histórico-Cultural da Força Aérea Portuguesa; Tenente-General Piloto Aviador Antônio Carlos Mimoso e Carvalho, Assessor da Comissão Histórico-Cultural da Força Aérea Portuguesa; Vice-Almirante Antônio Manuel de Carvalho Coelho Cândido, Vice-Chefe do Estado Maior da Armada Portuguesa; Coronel Carlos Antônio Mouta Raposo, Diretor do Museu do Ar; Capitão-de-Mar-e-Guerra João Pedro Maurício Barbosa, Chefe da Divisão de Relações Externas do Estado-Maior da Armada Portuguesa; Capitão-de-Mar-e-Guerra Manuel Francisco Silveirinha Canané, Adido de Defesa Junto à Embaixada de Portugal no Brasil; Capitão-de-Fragata Hugo Miguel Batista Cabral, Comandante da Esquadrilha de Helicópteros.

Durante a visita à nova mostra, observando um dos painéis da mesma, Tenente-General Manuel Fernando Rafael Martins, Presidente da Comissão Histórico-Cultural da Força Aérea Portuguesa, enalteceu que: “[...] Como lhe é peculiar e de maneira entusiástica, na chegada ao Brasil, o povo brasileiro recebeu nossos bravos pioneiros portugueses, Gago Coutinho e Sacadura Cabral, de maneira única e com muitas comemorações”.

Em aproveitamento a oportunidade da visita da Comitiva Portuguesa, foi realizada uma importante reunião de interação da Direção do Museu Aeroespacial com o Diretor do Museu do Ar de Portugal. Muita informações cruciais foram trocadas a respeito da parte administrativa; restauração e conservação de acervos; planos e formas de divulgação das Instituições e da História da Aviação; e assuntos pedagógicos e sobre acessibilidade.

“Certamente, esta reunião possibilitou um grande intercâmbio, além de estreitar os laços entre essas Instituições tão expressivas para a História da Aviação Mundial” - como ressaltou o Brigadeiro do Ar R/1 Mauricio Carvalho Sampaio, Diretor do MUSAL.

 

Como parte dos preparativos para a cerimônia militar alusiva ao 91° aniversário do Correio Aéreo Nacional (CAN) e Dia da Aviação de Transporte, realizada no dia 13 de junho de 2022, na Base Aérea dos Afonsos (Rio de Janeiro), o Museu Aeroespacial apoiou a solenidade com o envio de duas aeronaves históricas de seu acervo.

A data 12 de junho é um verdadeiro marco na história da Força Aérea Brasileira, pois celebra a sua Aviação de Transporte em homenagem a uma de suas mais célebres missões: o Correio Aéreo Nacional (CAN). Neste dia, em 1931, os Tenentes Nelson Freire Lavenére Wanderley e Casimiro Montenegro Filho realizaram aquele que foi considerado o primeiro voo do CAN da história. A bordo de um Curtiss Fledgling K-263, saíram do Campo dos Afonsos (RJ) e levaram um malote com duas cartas até São Paulo (SP).

O Museu Aeroespacial possui um exemplar da aeronave Curtiss Fledgling J-2 em exposição, representando o emblemático Curtiss de matrícula K-263, que foi disponibilizado para compor a solenidade supramencionada.

Outra aeronave do acervo do MUSAL que participou da cerimônia foi o C-47B (Douglas), FAB 2009, que protagonizou diversas missões do Correio Aéreo Nacional, cumprindo destacado papel na integração do Brasil.

Assim como todo o acervo do Museu Aeroespacial, esses aviões passam por processos de preservação conforme o Plano de Conservação e Restauração do MUSAL, o qual compreende um conjunto de procedimentos técnicos e metodológicos que objetivam manter a integridade física dos itens e peças em diferentes estágios, minimizando e/ou evitando os processos de deterioração.

Neste ano, o Musal implementou o tratoramento das aeronaves de pequeno porte em carretas, visando melhor preservar o acervo, reduzir os desgastes decorrentes do deslocamento e a quebra por fadiga do material. A “carretinha”, como foi apelidada, é fruto do empenho e dedicação do efetivo que projetou e construiu com recursos humanos e materiais existentes no museu.

 

 

 

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