Subdiretoria de Pagamento de Pessoal

Nascido no dia 7 de setembro de 1970, o Tenente Evandro Gabriel da Silva Junior iniciou a carreira militar em agosto de 1992, se apresentando na Divisão de Consignações e Pensões Alimentícias da Aeronáutica, vinculada à Subdiretoria de Pagamento de Pessoal da Aeronáutica (SDPP). Os quase 30 anos de serviço do militar à Força Aérea Brasileira (FAB) representa quase metade do tempo de existência da SDPP, que nesta sexta-feira (17) completa 80 anos de criação.

O setor, que hoje é subordinado à Diretoria de Administração da Aeronáutica (DIRAD), teve origem no Serviço de Fazenda, criado pelo Decreto nº 3.625, de 17 de setembro de 1941, para tratar das atividades financeiras e de pagamento de pessoal do recém-criado Ministério da Aeronáutica.

“O que mais destaco desta linda história, que tenho a honra de conhecer e ajudar a construir, são todos aqueles que juntos fizeram e fazem acontecer o Pagamento de Pessoal da FAB”, recordou o Tenente Evandro.

Foi graças à SDPP, que tem sede no Rio de Janeiro (RJ), que os militares brasileiros em campanha na Itália tiveram o apoio logístico necessário durante a Segunda Guerra Mundial, principalmente quanto às operações relativas ao pagamento dos vencimentos do pessoal. O trabalho da Subdiretoria tornou possível o envio dos valores e a sua conversão na moeda local, visto que, na ocasião, a tropa brasileira enfrentava dificuldades de comunicação e de infraestrutura.

Papel estratégico

Acompanhando as mudanças na estrutura remuneratória, em especial dos militares e seus pensionistas, as metodologias de pagamento adotadas foram sendo aprimoradas, até chegar ao modelo atual, pautado em um Sistema de Proteção Social que abarca um conjunto integrado de direitos, serviços e ações, permanentes e interativas, de remuneração, pensão, saúde e assistência.

O Subdiretor de Pagamento de Pessoal, Brigadeiro Intendente Alexandre Santana Nogueira, destacou a importância da SDPP com base no seu papel estratégico para o Comando da Aeronáutica (COMAER). “Um papel importantíssimo na definição dos procedimentos e orientações técnicas inerentes às atividades de Pagamento de Pessoal, de forma a assegurar a qualidade e a pontualidade no pagamento de cerca de 174 mil pessoas, dentre militares da ativa, veteranos, servidores civis, pensionistas e anistiados políticos, tanto em território nacional como internacional, além das pensões alimentícias determinadas pelo Poder Judiciário, algo em torno de 11 mil pensões”, explicou.

Inovações tecnológicas

Na década de 1960, ocorreu a implantação do pagamento de pessoal por crédito bancário e a inauguração do Centro de Processamento de Dados (CPD) da Diretoria de Intendência, sendo um marco temporal da entrada da Intendência na era da computação, o que viabilizou a automatização desse processo de pagamento e a consequente redução da necessidade de mão de obra.

Nessa época, o servidor civil João Carlos Pereira havia acabado de ingressar na FAB. No dia 11 de março de 1969, foi designado para atuar no Centro de Processamento de Dados, no setor de conferência e expedição de pagamento da SDPP. “Ali havia um computador UNIVAC que era utilizado para processar a folha de pagamento de toda a Força Aérea. Eu realizava a conferência dessa folha, separava por Organizações Militares e, na sequência, providenciava o envio para cada uma delas via despacho por malote. Esse período foi marcante, pois estávamos aprimorando a execução do pagamento de pessoal do COMAER, passando para um modelo automatizado, algo inovador para a época”, relembrou João Carlos, que ainda continua em atividade com mais de 50 anos de serviço prestado à FAB.

Hoje, um dos grandes desafios enfrentados pelos órgãos públicos, sobretudo na área financeira frente às dificuldades em todo o País, é adaptar-se à necessidade de adequação às limitações orçamentárias. “Assim sendo, a SDPP, por conseguinte, precisa ser capaz não apenas de planejar, mas antever dificuldades e reanalisar rapidamente suas estratégias, de modo a orientar e coordenar no âmbito dos elos do Sistema de Pagamento de Pessoal da Aeronáutica (SISPAGAER) as medidas imprescindíveis para que o pagamento de pessoal na FAB não seja comprometido”, conclui o Brigadeiro Santana.