Histórico da Subdiretoria de Pagamento de Pessoal (SDPP)
A Subdiretoria de Pagamento de Pessoal (SDPP) tem suas raízes no Serviço de Fazenda de Aeronáutica, criado pelo Decreto-Lei nº 3.625, de 17 de setembro de 1941, com a missão de cuidar das atividades financeiras e do pagamento de pessoal no recém-criado Ministério da Aeronáutica. Nesse período de consolidação da Aeronáutica Brasileira, o pagamento de pessoal era realizado de forma manual, exigindo grande esforço logístico, principalmente durante a Segunda Guerra Mundial, em que a mobilidade das tropas e a falta de tecnologia impunham desafios consideráveis.
O primeiro chefe do Serviço de Fazenda foi o Capitão-de-Mar-e-Guerra Intendente Naval Luiz Barreto Alves Ferreira, que permaneceu no posto até 31 de janeiro de 1942, sendo promovido a Coronel Intendente da Aeronáutica. Ele faleceu em 25 de fevereiro de 1944, no exercício de suas funções. Durante esse período, os cargos no Serviço de Fazenda foram ocupados por oficiais Intendentes Navais, Contadores Navais e Intendentes do Exército, que foram transferidos para o Ministério da Aeronáutica.
1941-1944: Pagamento Manual e Desafios da Guerra
Nos primeiros anos, o pagamento de pessoal era realizado manualmente. Durante a Segunda Guerra Mundial, esse processo foi crucial para garantir o moral elevado das tropas, especialmente no front italiano, onde o pagamento em campo era coordenado com o apoio do Banco do Brasil e da Agência Financeira Brasileira (AGEFEB). Mesmo com a falta de recursos tecnológicos, o Serviço de Finanças da Aeronáutica conseguiu superar os desafios logísticos impostos pela guerra.
1944-1945: Transição para a Bancarização
Com o fim da guerra e a estabilização das operações da Aeronáutica, o Tenente-Coronel Intendente José Epaminondas de Aquino Granja iniciou a transição do pagamento manual em dinheiro para o pagamento por vias bancárias. Esse movimento inovador começou em 1945, em parceria com a Caixa Econômica Federal, e permitiu que alguns dos militares passassem a receber seus vencimentos diretamente em contas
bancárias, o que trouxe mais segurança e eficiência ao processo.
A partir desse momento, o Serviço de Fazenda da Aeronáutica tornou-se o primeiro órgão administrativo brasileiro a implantar um sistema de pagamento bancário, utilizando práticas pioneiras inspiradas em modelos estrangeiros, como o da França. Além disso, foram adquiridas máquinas de contabilidade modernas para garantir que a mecanização dos processos fosse eficiente.
1948-1964: Consolidação da Bancarização e Automação
Nos anos seguintes, sob o comando do Tenente-Coronel Intendente Orlando Deodato Cardoso, o uso de bancos para o pagamento de pessoal foi consolidado em toda a Força Aérea Brasileira. Durante essa época, começaram as primeiras automações contábeis com a introdução de máquinas especializadas, preparando o terreno para o advento dos sistemas informatizados.
Em 1964, a inauguração do Centro de Processamento de Dados (CPD) foi um marco importante, possibilitando o processamento automatizado de dados pela primeira vez. Com a aquisição de um computador UNIVAC-1004, o CPD trouxe maior eficiência e permitiu a redução significativa do trabalho manual, dando início à era da modernização tecnológica na gestão financeira da Aeronáutica.
1973-1993: Sistemas ACANTUS I e II
Na década de 70, com o avanço da tecnologia, o Sistema ACANTUS I foi desenvolvido para substituir o UNIVAC-1004, já obsoleto. Este sistema processava o pagamento de mais de 100 mil militares e civis, representando um avanço significativo na automatização dos processos financeiros. Em 1990, foi implementado o ACANTUS II, que integrava todas as Unidades Pagadoras de Pessoal (UPA), permitindo que os pagamentos fossem feitos de forma rápida e precisa diretamente nas contas dos beneficiários. O ACANTUS II modernizou ainda mais a gestão financeira, automatizando a entrada de dados e elaborando contracheques de forma mais eficiente.
2012-2014: MOPAG I e MOPAG II
Com o tempo, o sistema ACANTUS II foi substituído pelo Módulo de Pagamento de Pessoal (MOPAG). A primeira versão, MOPAG I, foi implementada em 2012, consolidando informações financeiras e não financeiras em uma única base de dados, permitindo maior velocidade no processamento de alterações financeiras e a automação de várias tarefas.
Em 2014, a introdução do MOPAG II trouxe ainda mais segurança e eficiência, reforçando a modernização dos processos de pagamento de pessoal.
2024: Implementação do SIGPP
Com a crescente demanda por mais agilidade e integração nos sistemas de pagamento, a SDPP implementou, em agosto de 2024, o Sistema Integrado de Gestão de Pagamento de Pessoal (SIGPP). Esse sistema unifica e automatiza todos os processos relacionados ao pagamento de pessoal, permitindo que os Operadores de Pagamento de Pessoal visualizem os contracheques atualizados logo após os lançamentos financeiros. O SIGPP foi desenhado para garantir mais precisão e confiabilidade nas operações, otimizando o fluxo de trabalho e reduzindo o tempo de processamento dos pagamentos. O SIGPP também promove a integração dos dados financeiros e não financeiros, minimizando o risco de erros e garantindo que os lançamentos sejam revisados diariamente. O primeiro contracheque gerado pelo SIGPP foi emitido em 23 de agosto de 2024, marcando o início de uma nova fase na gestão financeira da Aeronáutica. Esse sistema reflete o compromisso contínuo da SDPP com a inovação, eficiência e regularidade
nos processos de pagamento.
Compromisso com a Regularidade e Excelência
Desde sua criação, a SDPP tem mantido o lema de “Regularidade e Pontualidade desde 17 de setembro de 1941”, reafirmando seu compromisso com a excelência e a dedicação ao garantir o pagamento pontual de todo o efetivo da Aeronáutica.