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O movimento internacional de conscientização para o controle do Câncer de Mama, o Outubro Rosa, foi criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure. A data é celebrada anualmente, com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade.
No Rio Grande do Sul o Câncer de Mama tem a segunda maior incidência dentre as neoplasias, ficando atrás apenas do Câncer de Pele. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para o período de 2020 a 2022 estima-se que o Estado do RS tenha 4050 novos casos, estando 17% desses novos casos na Capital e região metropolitana.
Neste ano o INCA fez um levantamento das atividades laborais mais acometidas e dentre elas estão trabalhadores que atuam na área da saúde em setores de Radiologia e Esterilização, trabalhadoras de escalas noturnas, que tem exposição crônica laboral à fumaça, agrotóxicos e campos magnéticos. Dentre as profissionais que o INCA destaca como as mais acometidas pelo câncer de mama estão cabeleireiras, operadoras de rádio e telefone, profissionais da saúde, aeronavegantes, eletricistas e trabalhadoras noturnas. Algumas dessas atividades desempenhadas pelas mulheres no âmbito militar.
Para o controle do câncer de mama, destaca-se em particular a importância de ações de prevenção primária como acesso à informação, controle do peso corporal, cessação de tabagismo, a prática regular de atividade física, estimulo ao aleitamento materno. A prevenção primária do câncer de mama está relacionada ao controle dos fatores de risco reconhecidos. Já a prevenção secundária se dá por métodos de rastreio e detecção precoce, no caso das militares, segundo a ICA 160-6 através da inspeção de saúde e seus instrumentos de acordo com a atividade laboral executada e faixa etária.
E para ratificar a importância do diagnóstico precoce, a 2S Cíntia Gschwenter Cavalli, pertencente ao quadro do DTCEA-CO, nos conta a sua história: “No ano de 2018, aos 34 anos, em uma inspeção de saúde habitual relatei queixa de uma mancha avermelhada na mama direita, pele ressecada e dor ao Ginecologista. O meu histórico familiar é de ter avós materna e paterna com câncer de mama e, por isso, já realizava rastreio desde os 30 anos, sem qualquer alteração. O médico então solicitou exames e também biópsia. O resultado positivo, foi um choque, era tumor maligno medindo 2,4 cm na mama, com comprometimento dos gânglios da axila e também câncer na pele da mama. O tratamento iniciou, imediatamente, com quimioterapia, cirurgia para remoção do tumor e esvaziamento axilar. Na segunda fase, do tratamento passei por radioterapia diária e depois foi feita a cirurgia de reconstrução com prótese de silicone, que foi realizada no final de 2019, ano que retornei ao trabalho. Agradeço a equipe multidisciplinar do HACO, HMAPA, Santa Casa de Porto Alegre, Comandante, chefia, militares/civis, familiares e amigos pelo apoio nessa fase de “tempestade” que teve esse final mais que feliz! Hoje, não há mais indício da doença (recidiva), mas o tratamento e exames seguem por, no mínimo 5 anos. Meu apelo é para que as mulheres façam seu preventivo anual, também o autoexame e se tiverem qualquer alteração, que busquem um Ginecologista precocemente. Lembrando que, atualmente, o câncer de mama têm 95% de cura, se detectado em fase inicial.”


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