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Com o propósito de prestar apoio ao MUSAL, promovendo o aprimoramento e o desenvolvimento de suas atividades e difundindo suas várias ações junto aos seus diversos públicos, foi criada, em 28 de agosto de 2002, a Associação dos Amigos do Museu Aeroespacial (AMAERO), associação civil, sem fins lucrativos.

Desde então a AMAERO tem sido uma parceira estratégica do MUSAL, orientada por valores éticos, pela preservação da memória e da cultura aeronáutica brasileira, a união do passado com o presente, e a necessidade de se manter viva a tradição da Força Aérea Brasileira.

Nos seus 20 anos de atividade, a AMAERO tem dado apoio a uma variedade de projetos de caráter cultural de interesse do MUSAL – da manutenção e restauração de aeronaves, motores, armas e outras peças e documentos do acervo de relevante valor histórico e tecnológico, à conservação dos prédios e hangares, modernização das salas temáticas, preparo de exposições permanentes e temporárias, e também na publicação de livros e catálogos e na realização de eventos, shows aéreos e outros pertinentes.

No dia 17 de agosto de 2022, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) realizou o tombamento definitivo da aeronave Catalina Consolidated Vultee 28, que integra o acervo do Museu Aeroespacial. O avião Catalina chegou ao MUSAL em 1982, com a identificação do 1º Esquadrão de Transporte Aéreo (1º ETA) e, desde 1991, o avião estava sob tombamento provisório.

O CONSOLIDATED VULTEE 28 é um avião anfíbio, com capacidade para 5 tripulantes, destinado a missões de patrulha marítima. Voou pela primeira vez em 1935, sendo utilizado por vários países com grande eficiência, antes, durante e após a Segunda Guerra Mundial.

A Força Aérea Brasileira operou esses aviões, de 1943 a 1982, em missões de patrulha naval, onde se destacou no confronto e afundamento de submarinos alemães e em missões do Correio Aéreo Nacional, prestando importantes serviços à população da região amazônica.

O exemplar em tela pertenceu a Real Força Aérea Canadense, sendo adquirida pela Força Aérea Brasileira no final da década de 1940, quando passou a ser operado com a matrícula FAB 6527. Esta aeronave voou de 1949 a 1982, quando então foi desativado e entregue ao Museu Aeroespacial.

O tombamento é o instrumento administrativo de reconhecimento, proteção e preservação do patrimônio histórico, cultural, arquitetônico e ambiental realizado pela administração federal, estadual e municipal. Em âmbito federal, o tombamento foi instituído pelo Decreto-Lei n.º 25, de 30 de novembro de 1937, sendo o primeiro instrumento legal de proteção do Patrimônio Cultural Brasileiro e o primeiro das Américas, e cujos preceitos fundamentais se mantêm atuais e em uso até os nossos dias.

A FAB possui diversos bens culturais tombados no Brasil

O Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER), como Órgão Central do Sistema de Cultura do Comando da Aeronáutica, é o responsável por orientar as Organizações Militares detentoras de bens culturais tombados. No território nacional, o COMAER tem sob sua tutela diversos bens tombados por terem reconhecido valor histórico, artístico ou cultural, seja por Institutos municipais, estaduais ou federais.

Além do Catalina e do Hangar “Tenente Lucena”, localizado no antigo Parque de Material Aeronáutico dos Afonsos e atualmente também sob responsabilidade do MUSAL, no Rio de Janeiro, outros bens culturais tombados podem ser citados: o Hangar do Zeppelin, na Base Aérea de Santa Cruz; e a antiga Estação de Hidroaviões, atualmente sede do INCAER.

Além do acervo permanente do museu, visitantes puderam conhecer a réplica do caça F-39 Gripen e assistir a diversas apresentações

 

O Museu Aeroespacial, localizado no Campo dos Afonsos, Zona Oeste do Rio de Janeiro, realizou no último domingo (07/08), um evento gratuito em comemoração ao 149⁰ aniversário de nascimento de Alberto Santos-Dumont, Pai da Aviação e Patrono da Aeronáutica Brasileira, completados no dia 20 de julho. A programação especial contou com demonstrações aéreas da Esquadrilha CEU, saltos de paraquedistas do Exército Brasileiro, salto livre da Equipe Falcões da FAB, balonismo, aeromodelismo, oficinas educativas do SESC, apresentação da Banda da Base Aérea dos Afonsos, além da visitação às aeronaves e salas expositivas, que fazem parte do acervo permanente do MUSAL.

Os visitantes também puderam conhecer a exposição da réplica do novo caça da Força Aérea Brasileira, o F-39 Gripen, que ficará disponível para visitação no local até o próximo dia 22 de agosto. Para entrar na cabine e conversar com um piloto é preciso fazer o agendamento prévio no site do MUSAL. A entrada é gratuita.

Mais de 25 mil pessoas participaram do evento, que além de garantir o entretenimento de toda a família, também ofereceu um dia muito educativo. A auxiliar administrativa Andreia Seabra levou o filho Calebe, de 8 anos, para conhecer a exposição permanente de Santos-Dumont, localizada no segundo andar do museu.

“Eu não conhecia, fiquei sabendo através do jornal e eu gostei muito. Agora fiquei sabendo que funciona diariamente. Meu filho é autista e ele assimilou muito vendo as figuras, os aviões, comigo explicando para ele. Ele assimilou muito mais do que na própria escola. Indico que tragam as crianças e eu vou voltar” declarou Andreia.

Já a advogada Saara Santana de Araújo Escarlate foi acompanhada do filho Victor, de 5 anos, o vizinho Luiz e a filha dele, a Maitê, de 3 anos. “Estou achando o evento muito bonito, tem bastante gente e atividades para pessoas de todas as idades. Bom para as crianças e para a gente conhecer um pouco a história das Forças Armadas e dos aviões que eram utilizados”, opinou a advogada.

O Diretor do Museu Aeroespacial, Brigadeiro Mauricio Carvalho Sampaio, afirmou que eventos como este ajudam a valorizar a história da aviação e fortalecem a interação entra a sociedade e a Força Aérea Brasileira. “O objetivo do Museu Aeroespacial é divulgar a nossa atividade, o que fazemos aqui no dia a dia. Não só o MUSAL! Mas o que faz a Força Aérea Brasileira. Temos vários estandes, várias demonstrações, ocorrendo em paralelo com a exposição do nosso acervo. É o momento em que a população pode vir ao quartel, que está de portões abertos. É uma das oportunidades que o museu dá a população do Rio de Janeiro para conhecer um pouco mais da aviação e da Força Aérea Brasileira”, destacou o Oficial-General.

 

 

 

 

Durante a solenidade militar alusiva ao 149° Aniversário de Santos Dumont, realizada no dia 22 de julho de 2022, na Base Aérea de Brasília (Brasília/DF), o Museu Aeroespacial abrilhantou a solenidade com a exposição da réplica de aeronave histórica de seu acervo.

20 de julho é o dia em que o Brasil celebra o nascimento do Pai da Aviação e Patrono da Aeronáutica Brasileira, Marechal do Ar Alberto Santos-Dumont, que, com seus feitos e capacidade visionária, contribuiu para o desenvolvimento da humanidade, dando destaque e reconhecimento mundial à aviação brasileira.

O Demoiselle voou pela primeira vez em 1907 (modelo Nº 19), sendo desenvolvido sucessivamente até 1909 (modelo Nº 20). Em 1909, algumas fábricas iniciaram a produção do Nº 20, chegando a mais de 40 unidades construídas, a preço de um automóvel médio. Santos Dumont havia posto à disposição de quem quisesse os planos e detalhes do Demoiselle, pois ele não patenteava suas invenções, que deveriam ser partilhadas por toda a humanidade. Este aparelho era o meio de transporte pessoal preferido do inventor em visitas a amigos, ao redor de Paris.

O exemplar que foi exposto é uma réplica pertencente ao Museu Aeroespacial, a qual foi completamente restaurada e adaptada, a fim de ser utilizada em ocasiões especiais como esta solenidade e em exposições itinerantes, ampliando assim a oportunidade de mais cidadãos conhecerem sobre Santos Dumont e o Museu Aeroespacial.

 

Com o propósito de preparar, elevar a qualidade de seus profissionais e valorizar a formação daqueles que serão os receptadores dos visitantes e transmissores da História da Aviação, hoje (15 de agosto de 2022), o Museu Aeroespacial deu início, em regime presencial, ao 3º Curso de Capacitação de Mediadores do MUSAL.

O Curso visa capacitar militares e civis do próprio efetivo do Museu Aeroespacial e das Organizações Militares sediadas no Campo dos Afonsos, a fim de melhor atender as demandas de recepção de autoridades e visitações de grupos ao MUSAL, bem como possíveis demandas da Universidade da Força Aérea (UNIFA).

Ao longo de suas duas fases, teórica e prática, a referida capacitação engloba assuntos que variam desde preceitos básicos como a definição de museologia e museografia até, especificamente, os espaços expositivos, o acervo exposto e seus respectivos legados históricos, além de especial atenção para conceitos e práticas visando a acessibilidade para pessoas com deficiência, buscando sempre o melhor atendimento a todos os visitantes.

Na década de 1930, os amantes da aviação sentiam falta de um local adequado para a guarda e preservação da documentação histórica relacionada ao assunto, uma vez que, algumas décadas já haviam se passado desde o voo do mais pesado que o ar, e muitos países já possuíam um museu dedicado a esse setor. Entretanto, o Brasil ainda não havia se mobilizado para tal organização, apesar de se acreditar que um museu ajudaria a defender o pioneirismo de Santos Dumont, que, em 1906, realizou o primeiro voo com o 14-Bis em Paris.

Ocupando as antigas instalações da Escola de Aeronáutica, no lendário Campo dos Afonsos, o Museu Aeroespacial passou a ser a materialização da idéia de um museu aeronáutico, a qual é anterior a própria criação do Ministério da Aeronáutica.

Há exatos 49 anos, atendendo à exposição de motivos do então Ministro da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar Araripe Macedo, o Presidente Emílio Garrastazu Médici, cria o Núcleo do Museu Aeroespacial, em 31 de julho de 1973, por meio do Decreto n.º 72.553.

No corrente ano, as comemorações iniciaram no próprio dia 31 de julho, atraindo um total de 15.922 pessoas, quando duas importantes ações positivas de alto impacto social foram realizadas: a Corrida do Aniversário do MUSAL e a inauguração da exposição da réplica do F-39 Gripen, o mais novo avião de caça da Força Aérea Brasileira. Ao longo de um belo domingo ensolarado, o público presente pôde aproveitar com suas famílias e amigos toda área expositiva do museu.

Já no dia 01 de agosto, em solenidade reservada no hangar de sua administração, foi realizada a Cerimônia Militar alusiva ao 49º Aniversário do Museu Aeroespacial, a qual foi presidida pelo Brigadeiro do Ar Mauricio Carvalho Sampaio, Diretor do MUSAL.

Texto: Cel Av R/1 Sarandi

Fotografias: Civil Gastão e Soldado Paulo Rodrigo

Fotografias (drone): Maurício Guimarães

 

 

Como parte das comemorações do Centenário da Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul (TAAS), hoje (24/jun/2022), o Museu Aeroespacial recebeu a honrosa visita do Tenente-Brigadeiro do Ar R/1 Rafael Rodrigues Filho, Diretor do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER), e da Comitiva Aeronaval Portuguesa, os quais participaram de cerimônia de lançamento da exposição “Por ares nunca d’antes navegados”.

Esta exposição tem por objetivo enaltecer e elucidar o feito dos aeronautas portugueses, Gago Coutinho e Sacadura Cabral, idealizadores e realizadores deste verdadeiro marco na história da aviação mundial, uma vez que, em uma época ainda tão prematura para este setor, esses verdadeiros heróis voaram de Lisboa ao Rio de Janeiro, sem grandes recursos tecnológicos, a bordo do hidroavião modelo Fairey III-D. A travessia de aproximadamente 4500 milhas náuticas durou mais de 60 horas de voo, tendo sido iniciada em 30 de março de 1922 e finalizada em 17 de junho do mesmo ano.

A Comitiva Portuguesa foi composta pelo Tenente-General Manuel Fernando Rafael Martins, Presidente da Comissão Histórico-Cultural da Força Aérea Portuguesa; Tenente-General Piloto Aviador Antônio Carlos Mimoso e Carvalho, Assessor da Comissão Histórico-Cultural da Força Aérea Portuguesa; Vice-Almirante Antônio Manuel de Carvalho Coelho Cândido, Vice-Chefe do Estado Maior da Armada Portuguesa; Coronel Carlos Antônio Mouta Raposo, Diretor do Museu do Ar; Capitão-de-Mar-e-Guerra João Pedro Maurício Barbosa, Chefe da Divisão de Relações Externas do Estado-Maior da Armada Portuguesa; Capitão-de-Mar-e-Guerra Manuel Francisco Silveirinha Canané, Adido de Defesa Junto à Embaixada de Portugal no Brasil; Capitão-de-Fragata Hugo Miguel Batista Cabral, Comandante da Esquadrilha de Helicópteros.

Durante a visita à nova mostra, observando um dos painéis da mesma, Tenente-General Manuel Fernando Rafael Martins, Presidente da Comissão Histórico-Cultural da Força Aérea Portuguesa, enalteceu que: “[...] Como lhe é peculiar e de maneira entusiástica, na chegada ao Brasil, o povo brasileiro recebeu nossos bravos pioneiros portugueses, Gago Coutinho e Sacadura Cabral, de maneira única e com muitas comemorações”.

Em aproveitamento a oportunidade da visita da Comitiva Portuguesa, foi realizada uma importante reunião de interação da Direção do Museu Aeroespacial com o Diretor do Museu do Ar de Portugal. Muita informações cruciais foram trocadas a respeito da parte administrativa; restauração e conservação de acervos; planos e formas de divulgação das Instituições e da História da Aviação; e assuntos pedagógicos e sobre acessibilidade.

“Certamente, esta reunião possibilitou um grande intercâmbio, além de estreitar os laços entre essas Instituições tão expressivas para a História da Aviação Mundial” - como ressaltou o Brigadeiro do Ar R/1 Mauricio Carvalho Sampaio, Diretor do MUSAL.

 

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