O Instituto de Medicina Aeroespacial Brigadeiro Médico Roberto Teixeira (IMAE), no Rio de Janeiro (RJ), sediou, entre os dias 23 e 25 de julho, o Intercâmbio Técnico sobre Translado de Pacientes Contaminados entre a Força Aérea Brasileira (FAB) e a Força Aérea Chilena (FACh).
Foi a primeira vez que a FAB realizou um intercâmbio sobre esse tema, que contou com a participação de membros da Divisão Técnica do IMAE e de dois militares dos quadros de saúde da FACh. O objetivo foi a troca conhecimentos sobre os cuidados em voo nesse tipo de vítima e a verificação de capacidades e compatibilidade de procedimentos entre ambas as Forças Aéreas, para uma eventual necessidade de cooperação entre Brasil e Chile em missões dessa natureza.
Durante os três dias, instrutores do IMAE proferiram palestras sobre ações de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN) no âmbito da Força Aérea e do Ministério da Defesa e sobre a execução de Evacuações Aeromédicas nesse tipo de operação (EVAM-DQBRN). Foram realizadas, ainda, oficinas sobre utilização de equipamentos de proteção individual (EPI), cápsula de isolamento de pacientes, check-list de mochilas com insumos médicos e fixação de equipamentos em macas, além de um treinamento de embarque e desembarque de vítimas contaminadas nas aeronaves H-34 Super Puma e C-130 Hércules, expostas no Museu Aeroespacial (MUSAL), configuradas para EVAM-DQBRN por militares do IMAE e do Esquadrão Gordo (1º/1º GT) .
Segundo o Chefe da Subdivisão Aeromédica do IMAE, Tenente Médico Gustavo Messias Costa, o conteúdo discutido foi de grande relevância, uma vez que trata da execução de protocolos bastante complexos, com diversas peculiaridades relacionadas ao atendimento extra-hospitalar em operações militares e às características e restrições próprias do ambiente aeroespacial. “É muito importante o aspecto operacional, sobretudo quando está envolvida a realização de técnicas e boas práticas de saúde dentro de aeronaves militares empregadas no transporte dessas vítimas”, ressaltou.
De acordo com o Major Médico Rodrigo Azúa Muñoz, da Divisão de Saúde da FACh, todo treinamento executado durante o intercâmbio atendeu muito às expectativas e, tomando-o por base, doutrinas poderão ser consolidas no Chile, além de se colocar em prática procedimentos, até então, apenas teóricos. “Gostaria muito de agradecer os militares do IMAE por toda a hospitalidade e pela troca de experiências. Estou certo de que será bastante útil para desenvolver o conhecimento sobre o tema e aprimorar nossas capacidades”, destacou.
Já para o Suboficial Luis Lorca Hidalgo, técnico de enfermagem do Hospital Clínico da FACh e tripulante aeromédico com experiência em resgate e transporte de pacientes, inclusive na região da Antártida, toda a programação foi de grande valia. “Ajudará na evolução das atividades de evacuação de vítimas realizadas por nossos militares”, afirmou.
Durante o encerramento do evento, a Major Intendente Andréa Franco Mohamed, Chefe da Divisão Administrativa do IMAE, destacou a importância da troca de experiências entre as duas Forças Aéreas. “É importantíssimo que intercâmbios como esse continuem a ocorrer, uma vez que, além de promover experiências vantajosas para ambos os lados, traz engrandecimento e aperfeiçoamento da Medicina Aeroespacial e da Evacuação Aeromédica”, concluiu.
Cooperação - O Brasil desenvolve parcerias estratégicas com nações de todos os continentes, em diferentes áreas de atuação da Defesa. As atividades abrangem desde o intercâmbio em escolas militares até discussões sobre segurança internacional, permeando um amplo leque de temas de interesse.
Fonte: Com. Social IMAE
Redes Sociais