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Página inicial > Slideshow > Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, CIMAER realiza plantio da árvore Pau-Brasil
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Na manhã do dia 20 de junho de 2023, na área externa do Casarão Administrativo do CIMAER, foi realizado o plantio de uma muda da árvore Pau-Brasil, tratando-se de um simbólico ato direcionado para conscientizar e impulsionar ações, coletivas e individuais, mais sustentáveis para preservação dos recursos ambientais.

Celebrado anualmente desde 1973, o Dia Mundial do Meio Ambiente é o principal recurso de comunicação da Organização das Nações Unidas (ONU) para incentivar e sensibilizar todas as esferas da população, gerando reflexões e atuações em prol do meio ambiente. A data também se tornou uma plataforma vital para promover o progresso nas dimensões ambientais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Sob a liderança do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), mais de 150 países participam, anualmente, da celebração da data, de forma que grandes corporações, organizações não governamentais, comunidades, governos e celebridades adotam esse marco para defender causas ambientais.

Cabe reforçar que, quando o assunto é meio ambiente, refere-se ao conjunto de elementos biológicos, flora e fauna, físicos e químicos, organizados em diferentes ecossistemas naturais e sociais em que se insere o ser humano, num processo de interação que cria condições para manter a vida no planeta. O meio ambiente faz referência a todos os recursos naturais necessários para a sobrevivência e o desenvolvimento da sociedade. 

Atualmente, existem grandes receios relacionados ao meio ambiente e aos impactos negativos da ação do homem sobre ele. A destruição constante de habitat e a poluição de grandes áreas, por exemplo, são alguns dos pontos que exercem maior influência na sobrevivência de diversas espécies. Tendo em vista o acentuado crescimento dos problemas ambientais, muitos pontos necessitam ser revistos para que os impactos sejam diminuídos. Caso não haja melhorias significativas, o consumo exagerado dos recursos e a perda constante da biodiversidade poderão alterar, consideravelmente, o modo de vida atual comprometendo, inclusive, a espécie humana.

Em harmonia com o pensamento direcionado à saúde do planeta, o CIMAER reuniu seu efetivo administrativo e realizou um solene momento para efetivar o plantio de uma muda de Pau-Brasil. Nessa perspectiva, o Centro compreende que o ato de plantar uma árvore consiste em uma das iniciativas mais simples, e benéficas, para reverter alguns impactos ambientais causados pelo homem na natureza.

A ocasião foi presidida pelo Chefe da Divisão de Planejamento, da Seção de Instrução e Atualização Técnica e da Qualidade do CIMAER, Tenente-Coronel Especialista Em Meteorologia José Achiles Trindade, representando o Comandante do Centro, Coronel Especialista em Meteorologia José Messias Rocha Mendonça, que se encontra em gozo de férias. Na oportunidade, estiveram presentes o Chefe da Subdivisão de Doutrina Operacional, Tenente-Coronel Especialista em Meteorologia Luiz Alexandre Fragozo de Almeida; o Chefe da Subdivisão de Climatologia Operacional e da Subdivisão de Estudos e Projetos, Tenente-Coronel Especialista em Meteorologia Marcelo Augusto Damaceno; e demais oficiais e graduados da OM.

Convidado a efetuar, oficialmente, a representativa ação de consciência ambiental do CIMAER, o Tenente-Coronel Achiles realizou o plantio da muda de Pau-Brasil e, em suas palavras, expressou tratar-se de um importante gesto que fomenta reflexões direcionadas à urgente necessidade da preservação do nosso planeta, sobretudo por se tratar de um contexto que permeia um caráter de sobrevivência e de manutenção das próximas gerações.

São identificados diversos, e significativos, benefícios ao meio ambiente provenientes do plantio de árvores, sendo um deles a eminente contribuição no combate ao aquecimento global, pois elas absorvem gás carbônico e liberam oxigênio, melhorando a qualidade do ar. Além disso, as árvores atuam como protetoras naturais, uma vez que reduzem a velocidade dos ventos, a poluição sonora e visual e fornecem, em sua grande maioria, abrigos e alimentos à fauna. Também protegem o solo, evitando desgaste, erosão e deslizamento de terra. Ademais, as árvores promovem sombreamento, contribuindo para a regulagem de temperatura e umidade do planeta, podendo, inclusive, auxiliar na preservação dos cursos d’água, posto que uma árvore adulta pode absorver até 250 litros de água das chuvas, enquanto regiões desmatadas não conseguem absorver nem 10% de água, evitando que enchentes ocorram.

Para além dos relevantes benefícios do plantio ao meio ambiente, o CIMAER elencou o Pau-Brasil como a espécie de árvore para ser plantada no solo da Unidade, considerando importantes fatores, tais quais: tratar-se de um dos exemplares mais representativos da flora brasileira, típica da Mata Atlântica; apresentar uma considerável bagagem cultural na história do Brasil; e pertencer à fatídica lista das espécies ameaçadas de extinção.

A árvore Pau-Brasil, cientificamente denominada Paubrasilia Echinata, é uma espécie nativa das florestas tropicais brasileiras, presente no bioma da Mata Atlântica, estendendo-se desde o litoral do Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro. Também é conhecida por outros nomes populares como, por exemplo: ibirapitanga, orabutã, brasileto, ibirapiranga, ibirapita, muirapiranga, pau-rosado, pau-de-pernambuco.

Historicamente, a exploração do Pau-Brasil foi a primeira atividade econômica exercida pelos portugueses na América Portuguesa, durante o século XVI, principalmente em uma fase conhecida como Período Pré-colonial, que se estendeu até meados da década de 1530. A exploração da madeira ocorria por meio do escambo com os indígenas. A árvore ganhou importância para os Portugueses por conta da sua madeira, utilizada na construção de móveis, instrumentos musicais e até navios, mas, principalmente, porque a resina da madeira era utilizada para produzir corante, utilizado para tingir tecidos. O Pau-Brasil foi tão importante, na época em que os Portugueses chegaram ao Brasil, que veio a dar nome ao nosso país.

Uma curiosidade interessante é que a espécie foi a primeira madeira a ser considerada de lei no território, como uma tentativa de impedir que ela fosse contrabandeada por navios espanhóis, franceses e ingleses que aportavam na costa do país durante o período de colonização. O motivo da invenção do termo “madeira de lei” foi para alertar que só podiam ser exploradas as madeiras que a coroa portuguesa autorizasse, ou seja, dependia de uma permissão exigida por Lei para cortar.

Algumas fontes citam que, no passado, exemplares dessa espécie alcançaram até 30 metros de altura, porém, atualmente, as árvores remanescentes podem ser encontradas com 8 até 12 metros de altura e com tronco de 40 a 70 centímetros de diâmetro. Suas flores são amarelas e sua madeira é muito pesada, dura, compacta e bastante resistente ao ataque de fungos e insetos.

Regimentos e tentativas de manutenção e exploração sustentável não foram suficientes para tirar a espécie do risco de extinção: atividades econômicas como o cultivo da cana-de-açúcar e do café, aliados ao crescimento populacional e ao desmatamento da faixa litorânea, restringiram drasticamente seu habitat natural.

No ano de 2004, o Pau-Brasil entrou oficialmente na lista de árvores ameaçadas de extinção. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), essa árvore se encontra na categoria "em perigo", que significa estar em um risco muito elevado de extinção na natureza.

Atualmente, o Pau-Brasil não é facilmente encontrado. Os exemplares que ainda existem podem ser encontrados em áreas de preservação da espécie. Em virtude de sua importância para a história do país, o Pau-Brasil recebeu o título de Árvore Nacional no ano de 1978, por meio da publicação da Lei nº 6607/78. Além disso, o dia 03 de maio foi escolhido como data comemorativa do Dia do Pau-Brasil, para relembrar a importância da preservação da árvore.

O CIMAER reconhece a importância de evidenciar a preservação do meio ambiente como um tema substancial e, para além, acredita ser possível despertar uma consciência ambiental, mediante simples ações práticas, semeando, dessa forma, convicções que estimulem essa conscientização a não ficar apenas no campo das ideias.

Por fim, este Centro reforça a consideração de que todos nós temos um papel fundamental na prevenção da degradação e na restauração dos ecossistemas e que, apesar do caminho pela frente ainda ser longo, o somatório de pequenas atitudes sustentáveis pode gerar impactos positivos, em maior escala, ao nosso planeta. O que fazemos hoje, decerto fará diferença no amanhã! Na Ponta do Galeão, no Centro a integração, feita a previsão, no apoio à aviação. CIMAER, Brasil!

 

Texto: 2S BMT Espíndola

Revisão do texto: Cap Esp Met Rangel

Fotografia: 2S BMT Espíndola

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