No dia 3 de maio de 2023, o CIMAER recebeu a visita de integrantes da Petrobras, com um objetivo precípuo: estreitar laços para um possível acordo operacional com o CIMAER. Na oportunidade, o Comandante do CIMAER, Coronel Especialista em Meteorologia José Messias Rocha Mendonça, recepcionou, na Sala de Briefings do CMI, o Coronel Aviador Diego Henrique de Brito, Chefe da Divisão de Normas (DNOR) do Subdepartamento de Operações do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e os seis integrantes que compuseram a comitiva da Petrobras: os senhores Adilson da Silva Lemos Junior, Ângelo Barcelos Barbarioli, Bernardo Garcia Moura, Rawlinson Barreto Abreu, Thyago Silva Hermeto e a senhora Nathália da Silva Sena Hermeto.
Após as boas-vindas e as devidas apresentações, o Comandante do CIMAER realizou uma apresentação sobre o CIMAER. Nessa ocasião, expôs marcos históricos relativos à ativação do Centro, comentou sobre a estrutura organizacional em vigor e focou na atual concepção operacional, ressaltando os ganhos operacionais obtidos desde que o CIMAER foi efetivamente ativado.
Em seguida, o senhor Thyago, Consultor Líder do Projeto PFF008 pela Petrobras, realizou uma breve introdução ressaltando o atual escopo do setor de transporte aéreo da Petrobras, comentando que a atuação dos vetores se dá em níveis mais baixos e que a obtenção de informações meteorológicas antecipadas de determinadas localidades se faz necessária para que a empresa possa mitigar determinados impactos relacionados diretamente à logística, ou seja, a eficiência no aproveitamento da frota e também a questões emocionais, as quais envolvem os recursos humanos que se encontram embarcados. “Eu já estive embarcado e posso dizer que a melhor hora do embarque é o desembarque, qualquer atraso causa muito desgaste emocional para o profissional e para sua família...”, finalizou o Consultor.
O senhor Bernardo, gerente do Transporte Aéreo da Petrobras, comentou, na sequência, detalhes operacionais da empresa, de forma a contextualizar o efetivo do CIMAER presente sobre a importância da informação meteorológica para as operações da empresa.
Nesse contexto, fez questão de expor números da atividade aérea da Petrobras, a qual abarca áreas que compreendem desde o Oiapoque, no Amapá; até Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Ressaltou que no ano passado, foram transportados cerca de 772.000 passageiros, em torno de 34.000 voos foram efetuados, mais de 67.000 horas voadas e aproximadamente 11 milhões de km voados; correspondendo 20% das operações offshore do mundo.
Na sequência, explicou como se dá a logística de voos para as trocas de turnos, na Bacia de Santos e na Bacia de Campos, explicando as consequências psicológicas atreladas a quaisquer mudanças no cronograma inicial. Relacionou a Meteorologia como uma das variáveis que mais contribuem para as alterações do planejado. Explicitou sobre a frota atual e as peculiaridades de cada fabricante, informando que a situação geopolítica do mundo, em especial relacionada à guerra entre Rússia e Ucrânia, engendra algumas restrições logísticas que dificultam a manutenção e reposição de peças, o que torna a operação aérea da empresa bastante sensível.
Antes de finalizar, fez mais duas inserções, comentando sobre as perspectivas de crescimento do setor para 2023, principalmente em virtude do crescimento das operações na Bacia de Santos e explicou os impactos relacionados aos atrasos advindos da meteorologia no transporte de passageiros, relacionando com o que foi exposto pelo senhor Thyago, no que tange aos impactos psicológicos. "hoje a operação na Bacia de Campos é bastante influenciada pelas condições reinantes no aeródromo de Jacarepaguá. Somado a isso, existe a perspectiva real de crescimento dos números operacionais relacionados à Bacia de Santos para 2023 e também para os próximos anos. Devido às plataformas estarem mais afastadas do litoral e dispostas de forma mais pulverizada, a complexidade de Santos torna-se maior e, sem dúvidas, o conhecimento meteorológico antecipado de determinadas áreas irá nos ajudar bastante...", finalizou o senhor Bernardo.
O senhor Ângelo, Meteorologista e Engenheiro Civil, fez uma breve explanação sobre alguns produtos utilizados nas análises de previsão realizadas para atender às operações aéreas da Petrobras, comentou sobre a equipe de previsores dedicada à atividade e expressou a satisfação de visitar o Centro e poder, em um futuro próximo, poder trocar experiências com nossos previsores.
Após a fala do Meteorologista Ângelo, o Comandante do CIMAER, Coronel Messias, acompanhado pelo Chefe do Centro Meteorológico Integrado (CMI), Major Especialista em Meteorologia Eduardo Bühler, conduziu a comitiva ao Salão Operacional, para que os seus integrantes pudessem ter noção da produção operacional e da atual concepção do Salão Operacional do CMI. O Major Eduardo Bühler explicou cada posição operacional, assim como os produtos que cada posição entrega à sociedade.
Ao final, o Comandante do CIMAER propôs uma foto para materializar o primeiro encontro, mostrando que o CIMAER não medirá esforços para que possa contribuir com a missão da Petrobras. “Somos todos Brasil, buscamos juntos, cada um na sua área de atuação, o desenvolvimento da nossa Nação. Nós militares estamos muito habituados a atuar como engrenagens, de forma que o resultado desses movimentos possam ser o mais eficaz possível...", finalizou o Coronel Messias.
Parabéns à Petrobras pelo trabalho desenvolvido e pela nobre contribuição para o desenvolvimento de nosso país. Mais uma vez, fica evidente a importância da Meteorologia nesse cenário e, consequentemente, a importância da atuação de nossos homens e mulheres. Sigamos em frente, nossa soberania também passa pela previsão nas nossas plataformas. Na Ponta do Galeão, no Centro a integração, feita a previsão, no apoio à aviação. CIMAER, Brasil!
Texto: Cap Esp Met Rangel
Fotos: Cap Esp Met Rangel
Data: 03.05.2022
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