O CGNA conta com a Central Nacional de Transplantes em seu Salão Operacional para gerenciar a logística de distribuição.
A Força Aérea Brasileira (FAB) desempenha um papel crucial na cadeia da doação de órgãos no Brasil, contribuindo para salvar vidas e oferecer esperança a pacientes em lista de espera por transplantes. O Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), organização do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), é responsável pela coordenação da distribuição dos órgãos para transplante no Brasil, por meio de transporte aéreo.
A unidade conta com uma posição da Central Nacional de Transplantes (CNT) em seu Salão Operacional, 24 horas por dia, para gerenciar a logística de distribuição. “O CGNA faz a coordenação com os aeroportos e companhias aéreas para que esses órgãos sejam transportados por meio aéreo, como a manutenção de um aeroporto aberto após o seu fechamento para receber esse órgão. Nós fazemos o gerenciamento do fluxo do tráfego aéreo, e assim temos a possibilidade de proporcionar mais fluidez e prioridade para que esses voos saiam da origem até o destino com rapidez e segurança”, explica o Comandante do CGNA, Coronel Aviador Marcelo Franklin Rodrigues.
Logística do transporte de órgãos
A Central Nacional de Transplantes é responsável por gerenciar e articular com as Centrais Estaduais de Transplantes os processos referentes à distribuição, captação e transporte de equipes, órgãos e tecidos entre estados.
A CNT consulta as companhias aéreas para verificar a disponibilidade logística. Se houver voo compatível, os aviões comerciais recebem o órgão e levam ao destino. Quando necessário, a coordenação logística do translado de órgão e tecido fica a cargo da Força Aérea Brasileira.
“O transporte realizado pela FAB facilita o processo, tornando mais viável e ágil, em razão das aeronaves terem condições para pousar em pistas e aeroportos menores, possibilitando maior mobilidade fora das capitais”, destaca o Comandante do CGNA.
De janeiro de 2014 até julho de 2024, o total de itens transportados (órgãos, tecidos e outros materiais) em todo território nacional pelas companhias aéreas e pela FAB chegou a 42.164 itens, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Marina Cavalcanti, que recebeu um rim, descreveu a emoção em conhecer o trabalho realizado pela FAB. “É muito emocionante conhecer como é realizado o transporte do órgãos para o hospital. É um milagre da vida receber um órgão e sou muito grata por isso”.
Assista o vídeo aqui: http://www3.decea.intraer/noticias/wp-content/uploads/2024/09/Dia-Nacional-de-Doacao-de-ORGAOS-INTRAER.mp4
A Coordenadora Geral do Sistema Nacional de Transplantes, Patrícia Freire, destaca a importância desse serviço. “O Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea desempenha um papel crucial no apoio ao Ministério da Saúde. Com a centralização das operações logísticas da Central Nacional de Transplantes no CGNA, é possível acessar informações atualizadas e seguras sobre a malha aérea disponível. Essa estrutura facilita a escolha da melhor rota, garantindo que os órgãos cheguem ao seu destino de forma ágil e segura, contribuindo para salvar vidas em um sistema que opera sob pressão constante”, afirma.
Assessoria de Comunicação Social do DECEA
Texto: Denise Fontes
Imagens: Aline Prete e Fábio Maciel
Vídeo: Telma Penteado e Marcelo Alves
Revisão: Capitão Aviador Rodrigues
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