O Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) tem novo chefe, desde o dia 26 de outubro: o Coronel Aviador Sidnei Nascimento de Souza, que assumiu o cargo em solenidade presidida pelo Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Tenente-Brigadeiro do Ar Jeferson Domingues de Freitas.
A solenidade, realizada no pátio do DECEA, contou com a presença de diversas autoridades do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) e dos importantes segmentos da aviação civil.
O CGNA, organização que tem por missão harmonizar o gerenciamento do fluxo de tráfego aéreo (ATFM), do espaço aéreo (ASM) e das demais atividades relacionadas com a navegação aérea, proporciona a gestão operacional das ações correntes no SISCEAB e a efetiva supervisão de todos os serviços prestados.
Antes da cerimônia de passagem de chefia, houve o descerramento da placa do novo chefe, da foto do ex-chefe, a entrega do DOM, do buquê de flores para as esposas e da placa de despedida, na secretaria de comando do CGNA.
No evento, o Brigadeiro do Ar Ary Rodrigues Bertolino, chefe do Subdepartamento de Operações do DECEA, disse que hoje o CGNA está com um projeto internacional, que vai estabelecer a Unidade como Órgão de ATFM, direção de fluxo em toda América do Sul. "Isso projeta o poder e a liderança do Brasil, por meio do DECEA, que vai usar o CGNA - um dos seus órgãos mais fortes - e, com isso, sua responsabilidade cada vez tem mais crescimento”.
Nas palavras do DGCEA, foi destacado o período em que o Coronel Aviador Ricardo Luiz Dantas de Brito esteve à frente do CGNA. “A sua gestão, com todas as atribuições citadas, aliada ao denso trabalho por ocasião das atividades relacionadas com as companhias aéreas e com os diversos órgãos do Governo Federal, certamente exigiu esforço, sacrifício e abnegação. Pautado pela dedicação incondicional, lealdade, proatividade e inteligência, não poderia deixar de, publicamente, parabenizá-lo pelos excelentes resultados, nacionais e internacionais, conquistados”, elogiou o Tenente-Brigadeiro Domingues.
Conduzir o CGNA é uma das funções mais relevantes do SISCEAB. Além dos episódios e adversidades ligados à navegação aérea que ocorrem, diuturnamente, pelo vasto território nacional e que impactam, diretamente, a rotina de milhares de brasileiros, a complexa missão de gerenciar o tráfego aéreo não admite falhas, e representa o coração da atividade aérea. "Por isso é necessário extremo cuidado ao designar o chefe do CGNA para essa tarefa tão sensível. Externo o mais sincero agradecimento pela incansável disponibilidade e pela eficiente gestão, além da oportuna assessoria nos momentos mais delicados, como vivenciados, recentemente, durante a greve dos caminhoneiros deflagrada em maio e outros óbices” - declarou o diretor-geral do DECEA ao Coronel Ricardo.
Na gestão do Coronel Ricardo à frente do CGNA, citamos alguns avanços conduzidos pelo oficial:
- Projeto de Centralização do plano de voo através de medidas inovadoras com o contínuo desenvolvimento do SIGMA, do Portal AISWEB e do aplicativo para smartphone “FPL-BR”;
- Desenvolvimento do Processo de Tomada de Decisão Colaborativa em Aeroportos (A-CDM), que proporciona, em tempo real, soluções integradas e inteligentes para a racionalização da movimentação de aeronaves nos aeroportos;
- Criação de indicadores do SISCEAB junto ao EUROCONTROL (Organização Europeia para a Segurança da Navegação Aérea), possibilitando uma constante troca de informações e melhora da consciência situacional entre os órgãos interessados; e
- Implantação do “Comitê de Capacidade”. Projeto que visa otimizar a capacidade dos diversos aeroportos do país.
Ao novo chefe do CGNA, o Tenente-Brigadeiro Domingues, que já teve a satisfação de acompanhá-lo à frente da Divisão Operacional do CGNA, disse que tem toda convicção que possui todos os atributos para liderar a equipe: “Orgulhe-se pela confiança depositada e pelo reconhecimento da Força Aérea Brasileira, pois um pequeno e seleto rol de pessoas fora agraciado com essa desafiadora missão. Os frutos de sua incontestável dedicação amadureceram e o momento é de colheita”, frisou o diretor-geral.
Em seu discurso de despedida, o Coronel Ricardo falou do seu grande objetivo que foi refocar o CGNA na sua verdadeira missão de gerenciar o fluxo de tráfego aéreo: “Para tanto, uma guinada era necessária e a reestruturação da Divisão de Operações era o cerne da mudança, sendo plenamente concluída, sob a liderança do Coronel Sidnei, a quem agradeço profundamente a dedicação e a resiliência nessa empreitada”, declarou.
A entrada em operação do CGNA tornou realidade o gerenciamento do fluxo aéreo no espaço aéreo brasileiro, modernizando o controle de tráfego aéreo nacional, facilitando o trabalho de pilotos e controladores de voo e proporcionando maior economia de combustível, sem perder de vista a segurança das operações aéreas.
Hoje, como integrante do Sistema de Aviação Civil, o órgão é o responsável pela análise das intenções de voos das aeronaves, no que diz respeito ao comprometimento da infraestrutura aeronáutica e aeroportuária, em coordenação com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO) e a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), tendo em vista a harmonização do fluxo do tráfego.
“Iniciamos uma difícil empreitada no sentido de quebrar paradigmas acerca da capacidade aeroportuária. Tendo a plena consciência de que o CGNA possui uma enorme responsabilidade com a economia do País, chegava a hora de modificar nossos conceitos e permitir maior flexibilidade nas operações de pousos e decolagens e ainda de maiores números de capacidade, nos afastando dos antigos dogmas dos 80%. Hoje, com esse trabalho, deixo minha função de chefe com a certeza de haver deixado uma pequena colaboração para os aeroportos e as empresas aéreas, o que me deixa plenamente realizado”, concluiu o Coronel Ricardo.
A retomada do crescimento da atividade aeronáutica no país gerou a necessidade de uma reação com as respostas adequadas. O CGNA, a rigor fruto da crise de crescimento de demanda em ritmo surpreendente, hoje está voltado para as tempestivas e rotineiras análises de demanda e capacidade, entre outras funções, sempre com o objetivo de tornar o fluxo de tráfego aéreo mais rápido, ordenado, eficiente e seguro.
O Coronel Aviador Ricardo Luiz Dantas de Brito passou dois anos na chefia do CGNA e, agora, segue sua carreira militar na Adidância de Defesa e Aeronáutica do Brasil na Argentina, com a missão de bem representar o País na América do Sul.
Reportagem: Fátima Cerqueira (Jornalísta - Ascom Decea)
Fotos: Luiz Eduardo Perez (Fotógrafo - Ascom Decea)
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