Academia da Força Aérea

O Simpósio contou com a presença de palestrantes especialistas da área que abordaram assuntos relacionados ao tratamento e acolhimento. 

Redação: SCS/AFA, por Ten Amanda Andrioti
Edição: Ten Amanda Andrioti
Fotos: S2 Nícolas Ferreira

O Grupo de Saúde de Pirassununga (GSAU-YS), realizou na última sexta-feira 25/04 na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga/SP, o 1º Simpósio sobre Autismo com o tema “Acolhimento e Tratamento”, em alusão à Campanha Abril Azul, mês da Conscientização do Autismo. O Evento contou com a presença de palestrantes, militares do efetivo da Guarnição de Aeronáutica de Pirassununga (GUARNAE-YS), dos Chefes de Divisão da AFA, bem como do público civil. O Simpósio visou promover a conscientização, o entendimento e o apoio às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Foi uma oportunidade para que especialistas, familiares e pessoas com autismo compartilhem experiências, conhecimentos e perspectivas.

A abertura do evento foi ministrada pela palestrante Daniele Mutton, Psicóloga certificada no modelo Denver de Intervenção Precoce (ESDM), e Terapeuta Comportamental. O assunto abordado trouxe ao público experiências profissionais e pessoais voltadas ao comportamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA), aplicando estratégias para estimular a criança em casa. Para Daniele, seu filho de 7 anos foi a maior motivação pela qual ela iniciou sua carreira nesta área e daí em diante aperfeiçoou seus conhecimentos e estudos, “hoje minha missão de vida é auxiliar famílias, mostrar que é possível estimular uma criança dentro de casa, no ambiente dela, sem tirar da rotina. Eu revivo o sentimento inicial cada vez que recebo um paciente novo, eu sei o que é passar pela dor de um diagnóstico, e vibro com cada conquista, como se fosse meu filho, cada ganho da criança pra mim, não tem dinheiro que pague, ver um desenvolvimento em determinada habilidade, é muito gratificante”, contou emocionada. 

A Major Aviadora Déborah de Mendonça Gonçalves, Comandante do Esquadrão de Manutenção do Setor Oeste do Grupo Logístico de Pirassunungaque (MA-W/GLOG-YS) prestigiou o Simpósio, e compartilhou sua experiência como mãe da pequena Isabella Gonçalves Soares, de 6 anos e ressaltou que a parte mais difícil em ter uma filha autista, é a dor do diagnóstico, a aceitação em si e que o passo e mais importante, é aprender que é possível aplicar a terapia dentro de casa, muitas vezes em coisas simples, incentivando o olhar, o apontar, o pedir algo. “Minha filha vive em constante terapia, nos momentos em que estou com ela e nos momentos em que recebi suporte da psicóloga,  para que com isso, ela tente tirar o máximo de atraso e seja incluída na sociedade de uma forma justa e saudável”, disse.

Dando continuidade, a profissional Juliana de Cássia Bapstistela, Neuropsicopedagoga Clínica e Coordenadora Pedagógica na área do Autismo na APAE de Pirassununga, ministrou sobre os Ajustes Curriculares para pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Seu conhecimento foi enriquecedor para o público do Simpósio, atuante na área a 27 anos, buscando sempre o desenvolvimento da aprendizagem e comportamento da pessoa com autismo, pensando na personalização do trabalho e na individualidade que cada um necessita, “é uma grande satisfação poder ajudar, e de sobremaneira ver que a criança tem condição de aprender, o que precisamos é buscar estratégias na forma de pensar e agir”, completou.

Em oportunidade, a Assistente Social, Iris Bertin, atuante no Centro de Reabilitação da APAE de Pirassununga (CER) e em Perícias Sociais, pontuou que trabalhar com a garantia de direito da pessoa com TEA é desafiador, a legislação dá esse direito, porém existem critérios para que as famílias consigam garantir o mesmo. Iris disse: “é satisfatório quando vejo a conquista de uma família, quando a luta é transformada em vitória, e além de tudo quando esta família consegue garantir seus direitos na sociedade.”

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