Entre os dias 04 a 08 de novembro, o Hospital de Força Aérea do Galeão (HFAG), localizado no Rio de Janeiro, organizou o Exercício Brasileiro de Aspectos Médicos de Assistência e Proteção Contra Armas Químicas (EXBRAMED 2024), promovido pela Organização para Proibição de Armas Químicas (OPAQ/OPCW) e apoiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Ministério das Relações Exteriores (MRE) e Ministério da Defesa (MD).
O curso foi coordenado pelo Cel. Med Jayme Alberto Mendes, Chefe do Centro de Tratamento Híbrido do HFAG (CTH/HFAG) e Presidente da Comissão de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (CDQBRN/HFAG), e pelo Cap. Med Moisés Bonifácio das Neves, doutorando do PPGCA da Universidade da Força Aérea (UNIFA), Membro da CDQBRN/HFAG e chefe da Subseção DQBRN do CTH/HFAG.
A abertura do evento foi presidida pelo Senhor Diretor de Saúde da Aeronáutica , Major-Brigadeiro Médico Laerte Lobato de Moraes. Na mesa de abertura ainda estavam presentes o diretor do HFAG, Coronel Médico Marcelo Sávio da Silva Martins, o coordenador-geral de Bens Sensíveis do MCTI e Secretário Executivo da Autoridade Nacional Brasileira, Senhor Sérgio Antônio Frazão Araujo, e o Oficial Sênior do Programa de Subdivisão de Assistência e proteção, Senhor Eduardo Herrera Reyes.
O EXBRAMED 2024 foi o maior curso de capacitação em âmbito hospitalar da América Latina, e o maior do Hemisfério Sul, e teve como enfoque aspectos intra-hospitalares relacionados à abordagem de vítimas de armas químicas de guerra e tóxicos industriais. Também foi um dos maiores cursos internacionais hospitalares realizados no âmbito das Forças Armadas Brasileiras.
O curso, ministrado integralmente em Língua Espanhola, proporcionou conhecimentos de princípios básicos para identificação e classificação dos agentes químicos de guerra, além de gerenciamento de eventos de massa, cuidados pré-hospitalares, comunicação de acidente químico no hospital, triagem, uso de equipamento de proteção individual (EPI), transporte das vítimas, traslado de cadáveres e questões de saúde mental e apoio psicológico para vítimas e equipes de saúde envolvidas em eventos químicos. No final, foram aplicados exercícios práticos de atendimento e tratamento de pacientes quimicamente contaminados, além de simulação realística de casos de contaminação química com modernos manequins.
Participaram do curso civis e militares de países amigos, como Bahamas, Barbados, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, El Salvador, Panamá, Peru, Uruguai e Espanha, além do Brasil.
O Cap Moisés, coordenador adjunto e instrutor do curso, explicou sobre o equilíbrio entre ciência e política e o estreitamento das relações entre os países para se protegerem de ameaças químicas. “Iniciativas desse tipo fortalecem as credenciais do Brasil e dos países da América Latina e Caribe, como Estados que contribuem para o desenvolvimento das nações amigas para se protegerem de ameaças químicas”.
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