Entre os dias 15 e 19 de abril de 2024, o doutorando do PPGCA da Universidade da Força Aérea (UNIFA) e membro da Comissão de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear do HFAG (CDQBRN-HFAG), Capitão Médico Moisés Bonifácio das Neves e militares do Exército Brasileiro participaram, como instrutores, do “Curso Avançado e Exercício Final Sobre Assistência e Proteção em Resposta a Emergências Químicas para Países de Língua Oficial Portuguesa” realizado no Centro de Treino de Sobrevivência da Força Aérea de Portugal (CTSFA). O oficial da FAB ministrou apresentação com o tema: “Primeiros Socorros para Agentes Químicos”, além de ter participado da supervisão e execução do exercício simulado de detecção, identificação e manejo de vítimas de agentes químicos de guerra.
A cerimônia de abertura foi presidida por Sua Excelência, o Embaixador Afonso Malheiro, Presidente da Autoridade Nacional da República Portuguesa e contou com a presença do representante da Autoridade Nacional do Brasil, o Senhor Sérgio Antônio Frazão Araújo, Coordenador-Geral de Bens Sensíveis (CGBS) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Senhor Babatunde Olowookere, Oficial de Projetos da Divisão de Cooperação e Assistência Internacional da Organização para Proibição de Armas Químicas (OPAQ/OPCW) e distintas autoridades da Força Aérea Portuguesa como o Subchefe do Estado-Maior da Força Aérea, S. Ex.ª Major-General Av Teodorico Dias Lopes, a Comandante do Complexo da Base Aérea do Montijo, a Sra. Cel. Av Diná Joana Ferreira Gonçalves de Azevedo e o Comandante do CTSFA, o Sr. Cel. Nav José Gomes de Oliveira.
O curso foi desenvolvido sob a supervisão da OPAQ/OPCW e coordenado pela Autoridade Nacional para Proibição das Armas Químicas (ANPAQ) de Portugal. O objetivo foi capacitar os profissionais que atuam em unidades de resposta a emergências, como bombeiros, médicos, enfermeiros, policiais, militares, defesa civil e profissionais de transporte de materiais e produtos perigosos (HAZMAT) para realizarem ações de proteção individual contra ameaças químicas, detectar, reunir e identificar amostras de agentes químicos de guerra e de químicos tóxicos industriais, bem como realizar descontaminação individual, coletiva e primeiros socorros às eventuais vítimas. A atividade fez parte da etapa de conclusão do ciclo de capacitação de primeiros respondedores a emergências químicas no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), cujo curso básico iniciou em Angola em 2022. Além do país sede e do Brasil, também participaram da capacitação representantes das Repúblicas de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
O Embaixador Português demonstrou grande estima com os militares brasileiros e agradeceu especialmente a presença do representante do HFAG na instrução do Curso Avançado e Exercício Final e ressaltou a importância de parcerias entre os Governos e as Forças Armadas Portuguesas e Brasileiras, visando à busca de resultados proveitosos e o fortalecimento das colaborações bilaterais. Segundo S. Ex.ª Afonso Malheiro, “A defesa química é um tema muito sensível, e que assume especial importância no âmbito hospitalar, merecendo lugar de destaque nas cooperações técnicas internacionais no âmbito da CPLP e da OPAQ/OPCW”.
Redes Sociais