Militares do Hospital de Força Aérea do Galeão (HFAG) e do Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (3º/8º GAv), o Esquadrão Puma, seguem realizando treinamentos de Evacuação Aeromédica (EVAM) para casos de acionamento nas operações de Garantia da Lei e da Ordem em apoio ao Plano de Nacional de Segurança, no Rio de Janeiro. As operações são coordenadas pela Célula de Operações Aeroespaciais (COA) do Centro de Coordenação de Operações (CCOP).
Em simulação realizada em abril, o cenário era de um militar gravemente atingido por disparo de arma de fogo, em zona de atuação da equipe de GLO. A vítima, resgatada pela equipe do 3/8º GAv, recebeu o primeiro atendimento ainda no local e foi transportada pela aeronave de asas rotativas H-36 Caracal para a emergência do HFAG.
A aeronave H-36 Caracalé utilizada em diversos tipos diferentes de missões, e para operações de Evacuação Aeromédica (EVAM), sua configuração pode comportar até duas vítimas em macas, além da tripulação e da equipe médica.“Nesse exercício tudo é avaliado, além da capacidade da aeronave, o tempo de acionamento até a chegada ao hospital, a melhor forma de colocar e retirar a vítima para o deslocamento, a comunicação devido ao barulho dentro do helicóptero e até a disposição interna da tripulação, para facilitar o atendimento emergencial que se faça necessário em voo”, comentou o piloto 1º Tenente Aviador Ramatis Bozz, que avaliou a coordenação e entrosamento entre equipe médica, equipe de voo e hospital como o maior desafio da missão.
Para a Capitão Médica Carla Silvestre, a simulação transcorreu dentro do previsto para o sucesso de uma missão de EVAM. “Estamos acostumados a cumprir alertas de Busca e Salvamento (SAR – do inglês SearchandRescue). Mais uma vez conseguimos realizar um treinamento com o atendimento e procedimentos necessários”, destacou.
Já no HFAG, o chefe da emergência reuniu a equipe para um debrifim, onde falou sobre a importância do Atendimento Pré-Hospitalar (APH) tático, ou seja, em zonas de conflito.
“Um dos itens mais importantes é o militar se manter vivo e evitar situações onde ele possa se tornar mais uma vítima. O maior desafio em resgates em zona de conflito é terminar a missão com a integridade física da equipe de resgate e das vítimas intactas”, explicou o chefe da emergência do HFAG Major Médico Ney Franklin Junior.
Ainda sobre a operação, o Major Médico Franklin destacou como objetivos o treinamento da logística de deslocamento e resgate, além da interoperabilidade entre as áreas da saúde, voo e infantaria. “A comunicação entre o HFAG e o Esquadrão Puma já está extremamente avançada por conta das missões de resgate que já fazemos, e isso colabora para salvar vítimas”, disse.
O chefe do Estado Maior Conjunto das operações de GLO em apoio ao Plano de Nacional de Segurança no Rio de Janeiro, Coronel Aviador João Lúcio Veiga, explicou que as operações de EVAM fazem parte da missão atribuída à Força Aérea Brasileira (FAB), assim como ao Exército Brasileiro (EB) no contexto da intervenção federal na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro.
“Essa missão precisa ser treinada para garantir o resgate do ferido e a integridade de todos os envolvidos. Poderia ser real, faz-se necessário que a coordenação, a tripulação e a equipe médica estejam em perfeita sintonia para um melhor atendimento às demandas. O treinamento foi executado com sucesso”, declarou o Coronel Veiga.
Participaram da simulação a Capitão Médica Carla Silvestre, o 1º Tenente Aviador Ramatis Bozz, o 1º Tenente Aviador Rodrigo Gallardo e o 2º Sargento Enfermeiro Igor de Andrade, da equipe do H-36 Caracal. Já a equipe do HFAG foi formada pelo Major Médico Ney Franklin Junior, chefe da emergência do hospital, o 2º Tenente Enfermeiro Aldir da Silva Junior, chefe da educação continuada de enfermagem, e o 1º Sargento Adriano Nepomuceno, técnico de enfermagem e plantonista da emergência.
Texto e fotos: 2º Tenente Relações Públicas Camille Barroso (FAB/CISCEA)
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