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“Era um garoto, que como eu, amava a Fumaça e os Rolling Stones...” Com o trocadilho da canção dos Engenheiros do Hawaii, iremos mostrar a história corajosa de aventura ocorrida em maio de 2002 sobre o jovem que amava rock e a Esquadrilha da Fumaça, hoje Capitão Aviador Nilson Rafael Oliveira Gasparelo, piloto Ala Esquerda Externa (#5) da Esquadrilha da Fumaça. Aos 16 anos, ele soube que o Esquadrão ia se apresentar na cidade de Pirassununga (SP). “Mas onde fica essa cidade? Como faço para chegar lá?”, questionou-se. As dúvidas não o desanimaram e nem tiraram a coragem daquele jovem entusiasta.

 De imediato, ele combinou com um amigo de sair de Bauru – sua cidade natal – até o destino, percorrendo 194 km, utilizando, de início, duas bicicletas como meio de transporte. Assim, depois da aula de sábado, o menino Nilson partiu pra Pirassununga com o sonho de assistir à demonstração aérea da Esquadrilha que, naquele ano, comemorava 50 anos de história.

Por sorte, houve o apoio de uma caminhonete que levou os dois meninos com suas bicicletas na caçamba à rodoviária de Araraquara. “Tudo bem. E agora?” Ainda estava muito longe. Assim eles apelaram para o ônibus, e o destino mais perto era São Carlos. De lá, partiram para Pirassununga. “Chegamos”. Porém, já estava tarde, e o cansaço já os acometia. Foi então que tiveram a ideia de dormir em um posto de gasolina na estrada, que hoje já não existe mais, chamado de “Ninho das Águias”. Como iriam de bicicleta, levaram uma barraca, alguns mantimentos e dormiram à beira da estrada de Aguaí. No dia seguinte, mal iniciaram o percurso de bicicleta e, rapidamente, avistaram a placa com o escrito “Academia da Força Aérea - AFA”. Estavam mais perto do que imaginavam.

Em alguns minutos, chegaram até o local dos “Portões Abertos” da AFA e lá tiveram o primeiro contato com diversas oportunidades de carreiras militares, oportunidades ainda desconhecidas por ambos. “Foi nesse momento que vi um edital da EPCAR (Escola Preparatória de Cadetes do Ar), que se localiza em Barbacena (MG). Primeiramente, desanimei de prestar concurso, porque já havia feito o 3º ano do Ensino Médio. Mas o militar que me deu o edital falou para eu repetir e não desanimar. E foi o que fiz”.

Só tinha um problema: Nilson precisava trabalhar na segunda de manhã e teria que voltar para Bauru na tarde do domingo. Contudo, o tempo nublado não permitiu a apresentação da Esquadrilha da Fumaça de manhã, sendo adiada para 16h. Ele ficou e teve a oportunidade de presenciar, também, o recorde de 11 aeronaves da Fumaça voando de dorso por trinta segundos. Após o desejo concretizado de assistir à Esquadrilha e extrapolando as suas expectativas, já munido do edital para seguir a carreira que tanto sonhou, Gasparelo resolveu voltar para casa. E os dois amigos (agora realmente conscientes da distância) seguiram o mesmo caminho: ônibus para São Carlos e, depois, Araraquara. Depois de dormir nos bancos da rodoviária de Araraquara, devido ao avançar da hora, chegou extremamente atrasado para o trabalho na segunda-feira. “Valeu muito a pena!”

O sonho começou a ser realizado um anos depois, em 2003, quando conquistou uma vaga na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), localizada em Barbacena (MG). “Se eu não tivesse feito essa loucura, nunca tinha chegado onde estou hoje: ser piloto da Esquadrilha da Fumaça. Desde criança, brincava de aviãozinho, soltava aeromodelos, mas nunca soube como seguir a carreira. Posso afirmar que foi minha grande admiração pela Fumaça que me motivou a ser piloto hoje e, ainda, a compor esta equipe que tanto admiro. Não me arrependo de nada do que fiz. Devo à minha loucura as riquezas que conquistei hoje”.    

*Outras informações com a Assessoria de Comunicação da Esquadrilha da Fumaça, pelo telefone: (19) 3565-7236.

 

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