No dia 01 de abril de 2021, um tripulante filipino de 42 anos que caiu de uma altura de oito metros, no porão de cargas de um navio que saiu da Argentina, com destino ao Marrocos, foi resgatado pelo Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (1º/8º GAV) - Esquadrão Falcão, enquanto navegava pela costa brasileira, próximo ao Estado de Pernambuco (PE).
A Força Aérea Brasileira, para realizar este tipo de resgate, conta com grupamentos específicos de militares envolvidos em missões de Saúde Operacional, os quais recebem cursos voltados para o conhecimento necessário às aplicações em missões, buscando a interdisciplinaridade e permitindo a atuação conjunta de diferentes profissionais, em prol de objetivos operacionais comuns. Para realizar as operações em alto-mar, necessitam de minuciosa perícia, de técnica, tal qual pessoal treinado e capacitado para agir de maneira rápida e eficiente em ambiente hostil.
A Saúde Operacional vai além do atendimento pré-hospitalar convencional. Dentro de um contexto militar, busca prestar suporte básico à vida, resgate e suporte avançado à vida, sob condições adversas e ainda exercer funções de coordenação, gerenciamento e auxilio no atendimento de emergências, nos seus respectivos níveis de competência em um contexto operacional.
A 1T MED Veruschka Siqueira Teixeira da Silva, do 1º/11º.GAV, atuante em diversas operações de Evacuações Aeromédicas (EVAM) e que participou do resgate na costa pernambucana, afirma: “Tenho orgulho por ter auxiliado os homens SAR (do inglês, Search and Rescue – Busca e Salvamento) do 1º/8º GAV no resgate de um tripulante filipino em uma embarcação de bandeira Malta no último dia primeiro. Fomos acionados ainda na madrugada pela Marinha, para resgatar esse tripulante que sofrera uma queda de uma altura de 8 metros e estava com fortes dores e possíveis fraturas. A missão durou cerca de 3h 30min do início ao fim. Tiveram 03 militares SAR que desceram ao convés com o helicóptero pairado sobre a embarcação e depois içaram o paciente numa maca até a aeronave. Fizemos um exame médico sucinto e administramos analgésicos mais potentes. O tripulante foi entregue em Recife em segurança e com alívio das dores. O momento de liberar o paciente foi de bastante alívio e alegria para toda a equipe envolvida. Eis o que nos motiva: salvar vidas!”.
De acordo com outro socorrista nesta missão, o SO SEF Wandré da Silva Pinto, do 1º/8º GAV: “Fomos acionados ainda pela madrugada, e como de costume respondemos prontamente ao chamado de emergência. Tudo transcorreu como planejado, haja vista fazer parte da doutrina do Esquadrão Falcão a pronta resposta! Pude viver naquele momento a materialização do investimento pessoal que fiz nos mais de 20 anos de serviço que tenho, assim como também ao conhecimento adquirido na minha passagem pelo HCAMP, HCA e demais OSA que servi, onde aprendi quase tudo que sei com grandes professores que lá tive. Associado a tudo isso, a exaustiva e repetida busca por conhecimento, soluções e adestramento praticados no Esquadrão Falcão tem trazido como consequência o que fizemos naquele cenário. Um ambiente altamente profissional, potencializado pelo espírito de corpo, ao qual tenho compartilhado com meus irmãos de farda! “
Ao final, o Esquadrão Falcão transportou o paciente até a Base Aérea de Recife (BARF), onde foi transferido, de ambulância, para um hospital da capital pernambucana para receber atendimento médico especializado. O estado de saúde do filipino foi considerado estável. Toda a operação teve duração de três horas e meia de voo.
Fonte: Seção de Comunicação Social da DIRSA
Fotos: S1 Pedro Henrique (CINDACTA-III)
Data de publicação: 13/04/2021
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