A mais recente Emergência de Saúde Pública de importância internacional, o CORONAVÍRUS, está causando uma epidemia na China, mais precisamente na cidade de Wuhan, e se espalhou por 20 outros países. Já foram confirmadas mais de 900 mortes e quase 41 mil infectados no mundo, até o dia 11 de fevereiro. No Brasil, existem 7 casos suspeitos (não confirmados), os quais estão sendo monitorados pelo Ministério da Saúde.
O Diretor de Saúde da Aeronáutica, Maj Brig Med José Luiz Ribeiro Miguel, coordena a atuação das Unidades de Saúde da Força Aérea na “Operação Regresso”, com representantes das Subdiretorias da Diretoria de Saúde da Aeronáutica (DIRSA), do Instituto de Medicina Aeroespacial Brigadeiro Médico Roberto Teixeira (IMAE), do 2º/10º Grupo de Aviação (Campo Grande – MS) e do Esquadrão de Saúde de Anápolis (Goiás).
O Maj José Figueiredo Ribeiro, Chefe da Subdivisão de Materiais Permanente da DIRSA, informou, que, no dia 04 de fevereiro “ A Unidade recebeu a missão de comprar 06 (seis) termômetros infravermelhos para utilização pelos profissionais de saúde do IMAE na “Operação Resgate”. Assim, a Divisão de Material de Saúde providenciou os orçamentos legais e necessários para a aquisição dos produtos, e o Centro de Aquisições Específicas (CAE) realizou a compra, processo que durou apenas 3 horas. No final do dia, os termômetros já estavam em poder da equipe do IMAE.”
O evento mobilizou o Governo Brasileiro. No dia 05 de fevereiro, a Força Aérea Brasileira disponibilizou dois aviões para repatriar brasileiros da China e trazê-los para a ALA 2 (anteriormente denominada Base Aérea de Anápolis), em Goiás, local onde pacientes, pilotos e pessoal de transporte ficarão em regime de quarentena. O planejamento da evacuação aeromédica foi feito pela Maj Med Michelle (IMAE) e pelo Maj Med Pascale (2º/10º GAV).
De acordo com a Maj Med Michelle: “Quando o assunto foi noticiado na mídia, previmos no IMAE que cedo ou tarde seríamos engajados em uma missão real de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN). Fizemos uma reunião operacional e, em poucos dias, fomos convocados pelo Ministério de Defesa para assessorar, com o conhecimento técnico na logística, e cumprir esta missão humanitária. Assim, participamos da definição do layout das aeronaves, da organização do material que seria transportado, incluindo as eventuais contingências e até da definição do local da quarentena.
Nessas etapas do planejamento, foi muito bom observar diversos setores da sociedade civil e do Governo Federal (Agências e Ministérios) interagindo para chegarmos às melhores soluções! É uma excelente oportunidade de aplicarmos os conhecimentos específicos de DQBRN, além de ser inspirador participar da ‘Operação Regresso’ ”.
Embarque de material para a Operação Regresso
Militares do IMAE, Unidade da Saúde da Aeronáutica que tem por finalidade desenvolver o estudo, a pesquisa, o aperfeiçoamento, o treinamento e a instrução no campo da Medicina Aeroespacial e Medicina Operacional, juntamente com equipamentos e medicamentos, seguiram com a frota presidencial para o epicentro do agravo. A Primeira Equipe foi composta pelos militares: Maj Med Elga, Cap Med Pires Jr, Ten Med Aline, Ten Farm Moura, Ten Enf Borges e Sgt Sef Shleir. A Segunda equipe foi constituída pelos profissionais de saúde: Maj Med Monica, Ten Med Costa, Ten Med Iago, Ten Efi Cangussu, Sgt Sef Alessandra e Sgt Sef Bruna.
Equipe do IMAE
Todos esses militares possuem capacitação para o emprego em missões DQBRN, as quais constam no Plano Estratégico Militar da Aeronáutica (PEMAER). O plano apresenta a estratégia adotada para alcançar a visão estabelecida para o Comando da Aeronáutica e os rumos estabelecidos para que a Missão Institucional do COMAER seja cumprida com excelência.
A Saúde da Aeronáutica encontra-se preparada para atender todas as missões previstas e para pronta resposta em casos como este do Coronavírus.
“Primeiramente, é preciso esclarecer que o Sistema de Saúde da Aeronáutica é composto de inúmeras atividades. Quase sempre nos lembramos de nossa vertente assistencial, composta pelos Hospitais, Odontoclínicas e toda a estrutura que presta atendimento aos nossos militares, dependentes e pensionistas. Entretanto, para cumprir todas as missões designadas à FAB, o SISAU tem, por exemplo, a atividade de DQBRN, que está inserida na vertente operacional do SISAU, tal qual o Hospital de Campanha (HCAMP). O emprego operacional da Saúde da Aeronáutica ganha muito destaque, pois, na maioria das vezes, é realizado em prol da Sociedade, como acontece agora na “Operação Regresso”. A Diretoria de Saúde e o COMGEP, cientes da importância destas atividades, no processo de Reestruturação da Saúde, elevaram a antiga Divisão à categoria de Subdiretoria de Saúde Operacional, cargo que será ocupado por um Oficial-General.”, ressaltou o Diretor de Saúde, Maj Brig Med José Luiz Ribeiro Miguel.
LAQFA na Operação Regresso
No dia 07 de fevereiro, foram enviados 100 KITS com sachês de protetores solares e sprays de repelentes, produzidos pelo Laboratório Químico Farmacêutico da Aeronáutica (LAQFA), para tripulação e repatriados da Operação “Regresso à Pátria Amada Brasil”.
De acordo com o Capitão Cândido, Adjunto da Seção de Comunicação Social da DIRSA: “A Seção de Almoxarifado do LAQFA acondicionou os produtos em caixas, efetuou a pesagem e a medida do volume, preparou o Manifesto de Carga e providenciou o envio do material para o terminal do Centro de Transporte Logístico da Aeronáutica (CTLA), Unidade Militar responsável pelo coordenação aérea. Assim, o material foi prontamente transportado pela aeronave C-99 da Força Aérea Brasileira, e disponibilizado para apoiar às ações da equipe de saúde na ‘Operação Regresso’, durante o período de quarentena na ALA 2 (Anápolis- GO).”
#SOMOS SAÚDE
#SOMOS A FORÇA AÉREA BRASILEIRA
Para saber mais:
O Coronavírus é uma família de vírus que causa infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (nCoV-2019) foi descoberto em 31/12/19, após casos registrados na China. Os primeiros Coronavírus humanos foram identificados em meados da década de 1960. A maioria das pessoas se infecta ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas ao tipo mais comum do vírus. Os mais frequentes que infectam humanos são: o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1. Em casos mais leves, os sintomas são febre, tosse, espirros e coriza. Já em casos mais graves, desidratação, febre ou hipotermia, dificuldade para respirar e taquicardia.
A transmissão ocorre via contágio animal, contato com carne de animais silvestres ou por contágio entre humanos, especificamente pelo ar, onde a pessoa contaminada tosse ou espirra espalhando o vírus.
Fonte: Adaptado do site do Ministério da Saúde
Outras matérias sobre o IMAE:
Matéria: Seção de Comunicação da DIRSA
Fotos: Ten Costa
Publicado: 11 fev 2020
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