As balizas de emergência 406 MHz Cospas-Sarsat 406 só devem ser ativadas quando um navio, aeronave ou pessoa estiver em grave e iminente perigo. Não obstante, para assegurar que os equipamentos estejam em perfeito estado de funcionando, eventualmente, torna-se necessária a ativação para a realização de testes. Neste particular, ressalta-se que o proprietário poderá realizar o auto-teste da baliza, sem causar prejuízos para o Sistema de Busca e Salvamento. Por outro lado, o teste da baliza em seu modo operacional causa impactos prejudiciais à operação do Sistema. Entre os principais prejuízos destacam-se:
- Impacto operacional para a aviação, elevando a carga de mensagens e órgãos de Controle de Tráfego Aéreo;
- Impacto operacional para os Centros de Coordenação de Salvamento (RCC), desviando a atenção dos operadores de RCC das investigações de alertas reais;
- Atrasos no atendimento de emergências reais;
- Engajamento desnecessário de recursos aéreos para a busca e o salvamento.
Dadas as razões acima, há uma necessidade de assegurar que o teste de baliza no modo operacional seja feito de forma controlada e estritamente necessária. A razão mais comum para testar uma baliza de emergência é assegurar que esteja operando corretamente e esteja produzindo o sinal adequado para a transmissão. Para alcançar esta necessidade e não causar os impactos prejudiciais supracitados, ELT, EPIRB e PLB possuem uma chave de auto-teste. Assim, ao acionar a baliza no modo auto-teste, geralmente, há uma indicação por meio de luzes e/ou sinais sonoros que indicam o perfeito funcionamento dos circuitos, bem como se o sinal está alcançado a antena com a potência apropriada. Na maioria dos casos, ao acionar o auto-teste, a baliza irradia uma única mensagem que vai codificada de modo que seja ignorada pelo sistema COSPAS-SARSAT. No modo auto-teste, o sinal de 121.5 MHz, associado às transmissões de balizas 406 MHz, é restrito a um segundo ou menos, para assegurar que o sistema de Busca e Salvamento e a aviação em geral não sejam acionados.Diante do exposto, solicitamos observar os procedimentos abaixo para realização de teste com balizas:
- ELT, EPIRB e PLB podem ser testados a qualquer hora usando o modo auto-teste, sem a necessidade de notificar o BRMCC;
- Certifique-se sobre as instruções do fabricante para a realização dos testes, bem como a correta interpretação dos resultados;
- EPIRB e PLB não podem ser testados no modo operacional;
Embora o teste de um ELT possa ser executado pela função auto-teste, geralmente, o equipamento está instalado em local de díficil acesso. Assim, via de regra, o uso da chave remota localizada no cockpit da aeronave resulta numa ativação no modo operacional. A ativação remota do ELT a partir do cockpit, geralmente, está associada à instalação inicial do equipamento ou às intervenções periódicas realizadas pelas equipes de manutenção que são requeridas pela legislação em vigor. Desta forma, visando o atendimento desses requisitos, a ativação do ELT para fins de teste, por meio da chave remota localizada no cockpit, pode ser efetivada, desde que sejam obedecidos os seguintes procedimentos:
- Antes da realização do teste, comunicar ao BRMCC
- Assegurar que o ELT esteja devidamente registrado no BRMCC;
- Realizar o teste, preferencialmente, dentro de hangares. (não realizar o teste em regiões remotas que não disponham de aeroportos/aeródromos de fácil comunicação, tais como pistas localizadas em fazendas);
- Realizar o teste com duração não superior a cinco segundos;
- Realizar o teste somente dentro dos primeiros cinco minutos de cada hora cheia;
- Comunicar a realização do teste ao Serviço de Tráfego Aéreo da localidade.
Obs.: A duração do teste deve ser limitada a 5 segundos de forma a minimizar a possibilidade de transmissão de uma mensagem operacional em 406 MHz e, assim, gerar um falso alerta. A duração da transmissão em 121.5 MHz homing que será ativado como parte deste teste, também deve ser restrita de forma a não gerar falsos alertas via ATS.
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