Academia da Força Aérea

O projeto do Gripen teve início em 6 de maio de 1982, sendo a 39º aeronave a entrar em serviço na Força Aérea da Suécia (Flygvapnet). No mesmo ano após consulta popular recebeu o nome português: Grifo que se refere a um ser mitológico alado, com a cabeça e as asas de uma águia, num corpo de leão. Em 9 de dezembro de 1988 decolou pela primeira vez de Linköping sob o comando do piloto de testes da empresa, Stig Holmström. Mas apenas em 29 de setembro de 1995 ocorreu o roll out da versão biposto JAS39B (39800), que realizou seu voo inaugural, no mesmo local em 29 de abril de 1996. Sendo incorporado à Flygvapnet em junho daquele mesmo ano durante a cerimônia de inauguração do Centro de Treinamento Gripen na Base de Skaraborg (F7), em Såtenäs. No entanto, apenas em 1º de novembro de 1997, a aeronave recebeu o status de operacional. A evolução natural do projeto levou ao desenvolvimento do JAS39C (monoposto) e do JAS39D (biposto), que derivam dos modelos A e B, respectivamente. A última versão do caça sueco é o Gripen NG (Next Generation). Apresentado em agosto de 2008, pela Saab, estava com seu percurso definido sendo considerado uma bancada de testes que se transformaria no JAS39E (monoposto) e JAS39F (biposto). A previsão era a de que estes novos caças entrassem em serviço em 2019 nas Forças Aéreas da Suécia e do Brasil, países que já haviam encomendado 60 e 36 unidades, respectivamente. Externamente o JAS39E/F é praticamente idêntico às versões anteriores, exceto pelo novo trem de pouso, que recolhe para a frente, o que deixou a parte inferior da fuselagem mais arredondada. A nova posição do trem de pouso permitiu um novo tanque interno de combustível (1.200 litros), que ampliou em 40% a capacidade interna e a instalação de 10 estações para portar armamento/pods/ tanques. Novos aviônicos digitais, comandos tipo HOTAS (Hands On Throttle And Stick), fly-by-wire triplo, datalink Link 16, um novo Visor de Cabeça em Pé (HUD) integrado ao visor do Integrated Helmet-Mounted Display (IHMD) e o radar Selex Galileo Raven ES-05, acoplado a um sensor de busca e rastreamento por infravermelho Selex Skyward-G (IRST-Infrared Search and Track), fazem do Gripen NG uma aeronave no estado da arte. A aeronave usa o motor GE F414G, derivado do General Electric F404-400 e fabricado sob licença pela Volvo Aero, que produz até 20% a mais de potência que o anterior, o que permite ao Gripen voar em modo supercruise (voo supersônico sem uso do pós-combustor) a Mach 1.2. Todo o seu desenvolvimento foi realizado tendo-se como base um JAS39D convertido para aeronave de demonstração. O primeiro protótipo de produção teve sua estreia marcada para 2016. Assim como foi feito com a nova aeronave (NG), também é possível converter os modelos anteriores em Gripen NG. Todo o processo de fabricação envolve diversas empresas brasileiras, em especial a Embraer, responsável pela montagem das aeronaves, e a AEL Sistemas, provendo a aviônica e o painel da aeronave, que na versão brasileira apresenta o formato de tela única de grande dimensão designado WAD (Wide Area Display), bem como pelo HUD (Head-Up Display). À Embraer também foi confiado o desenvolvimento, junto com a Saab, da versão biposto JAS39F. Designado inicialmente F-39E/F ficou decidido que o Gripen NG equipará o 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), com sede em Anápolis (GO), a partir de 2019, e em seguida outras unidades de primeira linha como o 1º Grupo de Aviação de Caça (Santa Cruz) e o 1°/14° GAV (Canoas), em substituição aos F-5EM/FM. 

^{_{Fonte: Flores Jr., Jackson, Aeronaves Militares Brasileiras: 1916-2015. Rio de Janeiro: Action Editora, 2015.}}