Academia da Força Aérea

A primeira aeronave italiana MB- 326G, chegou ao brasil em 1969 para demonstração de suas qualidades operacionais. A aeronave chamou a atenção das autoridades brasileiras por sua versatilidade, pois permitiria desde o treinamento dos futuros caçadores com o emprego de armamento variado até equipar unidades operacionais de caça e ataque. Portanto, visando abrir uma linha de montagem da aeronave no Brasil, no ano seguinte foi feito um acordo entre a italiana Aermacchi e a Embraer para a produção da nova aeronave designada AT-26 Xavante. A partir dessa parceria o primeiro exemplar produzido em território nacional realizou seu primeiro voou no dia 3 de setembro de 1971, sendo entregue 6 dias depois o primeiro avião. Essas aeronaves foram usadas tanto em unidades de treinamento como em unidades operacionais de caça e fotorreconhecimento. Assim, esses aviões formaram a espinha dorsal da FAB e realizaram milhares de horas de voo, sendo os responsáveis pela formação de grande parte dos atuais caçadores brasileiros. Apesar da sua aposentadoria, em 2010, três AT-26 ainda continuaram voando pelo Instituto de Pesquisa e Ensaio em Voo (IPEV), unidade que vinha usando o Xavante (designado internamente XA-26), desde 1978, para ensaios em voo. Ao longo de sua existência essa unidade trocou de nome para PEV (Pesquisa e Ensaio em Voo) e GEEV (Grupo Especial de Ensaio em Voo), mas sempre manteve o Xavante no seu inventário. Em 2014, os dois últimos AT-26 pertencentes ao IPEV foram definitivamente desativados, restando apenas a história dessa aeronave na FAB.

^{_{Fonte: Flores Jr., Jackson, Aeronaves Militares Brasileiras: 1916-2015. Rio de Janeiro: Action Editora, 2015.}}