Os pilotos de caça devem suportar os efeitos de muitos fatores de estresse, incluindo esforço físico e psicológico, distúrbios circadianos, jet lag e estresse ambiental. Apesar da seleção rigorosa dos pilotos militares, esses fatores podem levar a falhas nos mecanismos compensatórios fisiológicos, associado a uma flexibilidade metabólica.
O estudo publicado na Revista Metabolomics comparou, através de uma análise genômica, o perfil metabólico de pilotos de caça brasileiros com diferentes experiências de voo versus o grupo de controle de não pilotos. Foram avaliados 34 pilotos de caça brasileiros alocados em três grupos: pilotos com menor experiência total acumulada de voo (< 1.100 h de voo); pilotos com maior experiência total acumulada de voo (≥ 1.100 h de voo); não-pilotos militares. Os pilotos de caça com menor experiência apresentaram uma desregulação na função imunometabólica em comparação com os controles, o que pareceu ser neutralizada pelo acúmulo de horas de voo. Essas descobertas podem ter implicações para a preservação da saúde e para o treinamento operacional dos pilotos de caça.
Este trabalho é fruto do Projeto de Cooperação entre a CAPES e o Ministério da Defesa, PROCAD-DEFESA, sob a coordenação da UERJ e a UNIFA é uma das Instituições parceiras.
Os resultados encontrados vão ao encontro do tema de pesquisa do Prof. Dr. Gustavo Fanaro, docente permanente do PPGDHO, intitulado “Nutrição no desempenho humano operacional”, conforme Edital de Seleção para a Turma de 2025, disponível em: https://www2.fab.mil.br/unifa/ppgdho/index.php/slideshow/271-processo-seletivoppgdho-turma-2025. A pesquisa poderá desenvolver protocolos de suplementação de nutrientes isolados e combinados de vitaminas, minerais e aminoácidos com o objetivo de mitigação da queda das células do sistema imune apresentada pelos pilotos de caça com menor tempo de voo.
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