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Página inicial > Notícias da EPCAR > Sargento barbacenense faz belo trabalho voluntário em Campo Grande
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Militar é natural de Barbacena e, atualmente, serve no Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Campo Grande, onde foi voluntária na recuperação de 115 aparelhos respiradores


“A integração com a sociedade foi, é e sempre será um importante papel das Forças Armadas Brasileiras. Além de ser uma vocação, este atributo consta no arcabouço constitucional que estabelece suas atribuições”. A frase acima faz parte da Diretriz do Comando da Aeronáutica (DCA 11-45/2018), documento instituído pela Força Aérea Brasileira (FAB) como um compêndio para atuação de suas organizações em todo o território nacional. A Concepção Estratégica da Força Aérea 100 faz esta análise “considerando as dimensões continentais do Brasil, cujas características lhe permitem estar presente em pontos inalcançáveis, fazendo uso de seus homens e máquinas, com suas competências e tecnologias, profissionalismo e qualidade, para participar da vida da sociedade em todos os rincões do País, nas mais diversas ações e oportunidades.” Essa é parte do documento sobre a análise estratégica da FAB.

Nada poderia ser mais apropriado para ilustrar este regulamento do que a história da Segundo Sargento Básico em Eletrônica (BET) Ana Maria da Silva. Especialista em Eletrônica, a militar faz parte da Seção Técnica do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Campo Grande (DTCEA-CG), organização militar subordinada ao Segundo Centro de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), órgão regional do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). A Sargento Ana participou como voluntária junto à equipe do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Mato Grosso do Sul (SENAI-MS) no projeto de manutenção dos respiradores hospitalares, equipamento que se tornou fundamental para o tratamento de doentes que contraíram o coronavírus. A inciativa faz parte de uma ação integrada dos departamentos regionais do SENAI de todo o País.

O trabalho viabilizou o conserto de 87 respiradores hospitalares que estavam com algum tipo de defeito, o que contribuiu para uma melhor estrutura no atendimento aos pacientes com Covid-19 em 18 municípios do estado do Mato Grosso do Sul. Antes de integrar o quadro de graduados da Força Aérea Brasileira, a militar trabalhou por mais de seis anos com manutenção de equipamentos eletrônicos. Destes, pelo menos quatro foram com manutenção de equipamentos médicos. Assim, diante da necessidade de mão de obra especializada para ajudar na manutenção dos respiradores não pensou duas vezes para se voluntariar.

“Sei da importância dos ventiladores mecânicos para salvar vidas, não só pela experiência de ter trabalhado em hospital, mas também porque vivi isso na pele quando no final do ano passado minha mãe precisou ficar entubada por 10 dias. Graças a Deus hoje ela está bem”, lembrou.Ela conta que fazer parte deste projeto foi uma maneira de expressar sua gratidão a Deus, aos profissionais de saúde, amigos e familiares pelo apoio que recebeu nesse momento tão difícil de saúde na família. Assim que soube da necessidade de profissionais com conhecimento em manutenção de equipamentos médicos, imediatamente se prontificou a ajudar nos contraturnos da escala de serviço técnico no DTCEA-CG.

Sua função consistiu em fazer a triagem dos respiradores, testes funcionais, consertos simples e liberação para envio à calibração. “Para mim foi uma experiência muito proveitosa trabalhar junto à equipe do SENAI, além da troca de conhecimento com profissionais de excelência, é gratificante saber que pude contribuir de alguma forma para que vidas fossem salvas durante esse período tão difícil de pandemia”.

A Sargento Ana carrega consigo os ensinamentos da mãe, que sempre lhe disse para fazer o bem sem olhar a quem. “Jamais imaginei receber algo em troca por esse trabalho voluntário, além da satisfação de fazer o bem”, lembra. Apenas pessoas mais próximas da militar sabiam de seu trabalho voluntário mas, para sua surpresa, a militar recebeu uma carta de agradecimento dos Ministérios da Saúde e da Economia, um certificado de Honra ao Mérito e uma homenagem da equipe do SENAI-MS.

Ela também teve a oportunidade de conhecer o primeiro paciente de Campo Grande que utilizou um dos respiradores que ajudou a consertar. Depois de quase 30 dias, entubado, o Senhor Jairo Monteiro (nome fictício) está bem. “Não tem preço que pague a sensação de dever cumprido, de ter colaborado para salvar uma vida e assim trazer alegria para sua família. Sou muito grata por isso”, enfatizou.

Para o Comandante do DTCEA-CG, Capitão Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Sérgio Kebach Martins, “é o talento de nossos militares que faz a diferença para o Brasil. Não só atuando na disponibilidade de nossos auxílios à navegação e sendo suporte ao controle do espaço aéreo, mas também mostrando e exercendo os valores da Força Aérea no exercício da cidadania para a sociedade local. A militar está de parabéns pela iniciativa e merece nosso reconhecimento pelo gesto nobre”, ponderou.

Clique aqui para visualizar mais imagens da Sargento Ana e de seu belíssimo trabalho voluntário na manutenção de aparelhos respiradores.


DTCEA Campo Grande

Criado pela Portaria 1351 GM3, em 30 de outubro de 1979, à época Destacamento de Proteção ao Voo de Campo Grande (DPV-CG) sua área de controle abrangia desde o estado do Paraná até o território de Rondônia. Recebeu instalações próprias no Aeroporto Internacional de Campo Grande e equipamentos de auxílio à navegação, necessários à prestação do serviço de controle de tráfego aéreo.

Em julho de 2005, houve mudança de subordinação operacional para o CINDACTA II, quando assumiu novas características, que culminaram com a inauguração de nova e ampla sede no ano de 2008, o que possibilitou o aperfeiçoamento da prestação de serviços de telecomunicações, controle e detecção, com o radar de terminal, informações aeronáuticas e meteorologia. Está subordinado administrativamente à ALA-5 e operacionalmente ao CINDACTA II, fazendo o controle e gerenciamento de tráfego aéreo em uma área de 80 quilômetros ao redor do aeródromo de Campo Grande (SBCG), no Mato Grosso do Sul.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação do DECEA

Texto e fotos: DTCEA Campo Grande

 

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