Na última missão realizada pela Fumaça, em que a equipe fez demonstrações nas cidades mineiras de Três Marias e Divinópolis, as aeronaves pilotadas pelo Comandante, Tenente-Coronel Líbero Onoda Luiz Caldas, e pelo aviador da posição de número 7, Major Marcelo Oliveira da Silva, foram atingidas por raio, durante o deslocamento entre Pirassununga e Três Marias, na tarde do dia 3 de junho, e não apresentaram nenhum dano nos componentes eletrônicos e estruturais dos aviões.
Segundo o Chefe de Manutenção da Esquadrilha, piloto Ala Direita, Capitão Thiago Romeiro Capuchinho, “os pilotos não foram atingidos, pois, nesse momento, os raios não chegaram ao interior da aeronave já que é projetada para garantir a segurança de seus tripulantes”. Ele ainda ressaltou que o fenômeno comprovou uma das atribuições da Esquadrilha da Fumaça que consiste em comprovar a qualidade dos produtos da indústria aeronáutica brasileira. A parte estrutural das aeronaves que se manteve é produzida pela EMBRAER; e a parte eletrônica, pela empresa Aeroeletrônica (AEL). O Major Marcelo comentou: “foi repentino o raio. Só vi um “clarão” que, no momento, não atrapalhou em nada nosso voo”.
O Capitão Capuchinho ainda ressaltou que o fenômeno pelo qual os pilotos não foram atingidos se chama “Gaiola de Faraday[1]”. Segundo o site “Saber elétrica”, Michael Faraday foi o pesquisador que comprovou a Gaiola de Faraday. Ele criou a engenharia para demonstrar que uma superfície eletrizada possui um campo em seu interior que é nulo de energia. O experimento comprova essa tese de Faraday, onde, na época em que foi comprovar a sua engenhosidade, montou uma gaiola metálica e, no interior da mesma, colocou uma cadeira de madeira. Nela se sentou e disparou uma descarga elétrica no exterior da gaiola. Mesmo ele sentado na cadeira, lá dentro da gaiola, nada aconteceu com ele. Isso possui um fundamento teórico físico que diz que os elétrons nessa situação se distribuem em uma malha exterior, não conseguindo alcançar o núcleo por barreira isolante.
*Outras informações com a Seção de Comunicação da Esquadrilha da Fumaça pelo telefone: (19) 3565-7236.
Veja mais um exemplo de avião que foi atingido por um raio:
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