O COMGEP, por meio do IPA, desenvolve o PVV, que tem como estratégia prioritária a valorização à vida, atuando de forma permanente junto a militares, dependentes de militares e civis do COMAER. Suas principais ações ancoram-se em orientar, conscientizar e sensibilizar o público-alvo do Programa para gerar atitudes de prevenção no que tange à saúde mental. Nesse sentido, o PVV subdivide-se em três módulos, que estão em constante evolução. O primeiro deles consiste na prevenção do suicídio, normatizado pela NSCA 38-17; o segundo na prevenção do uso abusivo de álcool, tabaco e substâncias psicoativas, normatizado pela NSCA 38-21, e o terceiro módulo é o de Apoio Emocional, com a NSCA 38-22.
O PVV consiste na implementação de diversas ações como palestras psicoeducativas, desenvolvimento de campanhas mensais para promoção da saúde mental, instruções técnicas para os agentes de psicologia do SISPA, produção de material educativo, bem como realização de suporte psicológico em ações de posvenção, por meio de grupos de acolhimento, para os militares impactados pós-ocorrência de um suicídio.
O programa também contempla as notificações dos casos de tentativas e suicídios consumados por meio do Processamento de Dados Estatísticos, onde todas as informações são tratadas de forma confidencial e sigilosa. O objetivo do Processamento de Dados Estatísticos é o mapeamento e estudo dos índices de ocorrências na Força Aérea Brasileira, a fim de minimizar os fatores contribuintes e desenvolver estratégias de prevenção.
Segue, abaixo, a programação do PVV, para o ano de 2024:
Disponibilizamos, a seguir, conteúdos que contribuem para o conhecimento sobre os temas trabalhados no Programa de Valorização da Vida (PVV).
Módulo I - Prevenção do suicídio
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é um fenômeno complexo e de múltiplas determinações, sendo considerado um problema grave de saúde pública, que atinge todas as faixas etárias, independente de sexo, gênero, etnia, posto ou graduação, grau de instrução e nível social. A prevenção e o controle dos índices de suicídio não são uma tarefa simples, pois envolvem aspectos que vão desde o controle dos fatores de risco (biológicos, psicológicos, culturais, sociais e ambientais) até o desafio de colher e interpretar dados estatísticos que possam nortear as ações de prevenção.
No âmbito da Aeronáutica, esse fenômeno apresenta algumas características diversas das encontradas na população em geral em decorrência da cultura, missão, valores e rotina de cada Organização Militar (OM). Tendo em vista que o sujeito encontra-se inserido num contexto cultural e que “a cultura exerce força tanto ao elevar o risco quanto ao proteger um indivíduo contra o suicídio” (BOTEGA, 2015), faz-se essencial o conhecimento dos fatores de riscos associados ao suicídio, assim como os sinais de alerta e os fatores protetivos envolvidos.
Por esse motivo, tal problemática deve ser tratada de maneira criteriosa e responsável. Sendo assim, saber reconhecer os sinais de alerta pode ser o primeiro e mais importante passo para a prevenção. Além disso, as tentativas de suicídio também devem ser entendidas como um ato de comunicação e, principalmente, como pedido de ajuda, uma vez que aquele que tenta o suicídio não deseja a morte, mas almeja se livrar do sofrimento, que de tão intenso, pode se tornar insuportável.
A primeira medida preventiva é a educação ou conscientização sobre a temática do suicídio. O caminho é compartilhar informações, esclarecer, conscientizar, estimular o diálogo e abrir espaço para campanhas que desmistifiquem o tema. Nesse sentido, o Instituto de Psicologia da Aeronáutica (IPA) desenvolve o Programa de Valorização da Vida (PVV - Módulo I), que tem como objetivo prevenir o suicídio entre os militares, podendo alcançar também os dependentes e, ainda, subsidiar pesquisas científicas e sensibilizar ou alertar comandantes em relação à problemática, gerando, assim, uma cultura de prevenção no âmbito do COMAER.
Clique aqui para acessar a NSCA 38-17
Abaixo disponibilizamos conteúdos que contribuem para o conhecimento sobre os temas trabalhados no Programa de Valorização da Vida (PVV).
CARTILHAS
Para o Efetivo | Para Comandantes | Para Psicólogos | Protocolo de Gerenciamento da Crise Suicída |
Cartilha de Orientações para Equipes de Serviço |
VÍDEOS
SUICÍDIO: COMPREENDER PARA PREVENIR
Parte 01 | Parte 02 | Parte 03 | Parte 04 |
CAMPANHAS:
Janeiro Branco
O mês de janeiro é todo dedicado à Campanha Janeiro Branco que tem como principal objetivo a conscientização, prevenção e cuidado no que tange a Saúde Mental e Emocional de cada indivíduo, em busca de uma população mundial cada vez mais saudável. No material abaixo falamos sobre a importância do cuidado e formas de manter a saúde mental:
Setembro Amarelo: Campanha Enlace a Vida
O Setembro Amarelo é uma campanha com o objetivo de conscientizar a população a respeito do suicídio, ampliando a discussão sobre o assunto, ajudando a identificar sinais de alerta e incentivar a prevenção. De acordo com a Organização Mundial de Saúde mais de 700 mil pessoas morrem por ano devido ao suicídio, o que representa 1 a cada 100 mortes registradas.
O suicídio é um fenômeno que não possui uma única causa para sua ocorrência, tendo um conjunto de fatores que podem contribuir para sua incidência, tais como: fatores socioeconômicos, questões familiares, transtornos psiquiátricos, tentativas previas de suicídio, abuso de álcool e outras drogas, perdas importantes, entre outros.
Na maioria dos casos em que há o suicídio ou a tentativa, o indivíduo não quer morrer, ele quer se livrar da angústia e do sofrimento que o acomete e que tornam sua vida insuportável, resultando em sentimentos de desespero e desesperança.
Desse modo, o acolhimento e a escuta preocupada podem ajudar o sujeito que está enfrentando uma fase delicada de sua vida a suportar o momento. Saber como agir no momento de uma crise e os comportamentos a serem adotados, é fundamental.
Falar sobre a prevenção ao suicídio é necessário.
O consumo de substâncias psicoativas, popularmente conhecidas como “drogas”, se constitui em um fenômeno propagado nas mais diversas sociedades e há múltiplas formas pelas quais seu uso é concebido e vivenciado, variando conforme a cultura e história de cada sociedade. “Sua existência e seu uso envolvem questões complexas de liberdade e disciplina, sofrimento e prazer, devoção e aventura, transcedência e conhecimento, sociabilidade e crime, moralidade e violência, comércio e guerra.” (SIMÕES, 2008, p.13).
A temática das drogas, no Brasil e no mundo, representa um grave problema de saúde pública e afeta direta e indiretamente as diversas áreas da vida do indivíduo e da sociedade. As bebidas alcoólicas e o tabaco merecem especial atenção, pois essas substâncias têm sido consumidas por praticamente todas as sociedades desde os primórdios das civilizações.
O tabaco é comprovadamente o principal fator de risco para uma série de doenças crônicas, tendo sido o tabagismo o segundo maior fator de risco para morte prematura e incapacidade no mundo em 2015 (NIEL, 2019). O álcool, por sua vez, está presente em quase todas as combinações de substâncias consideradas na definição de poliuso de drogas e, normalmente, é a primeira droga com efeitos psicoativos e de alteração do comportamento que os jovens consomem. Sua ampla disponibilidade faz dele a substância base das combinações de drogas consumidas pelos jovens adultos, sobretudo em contextos recreativos, bem como pelos consumidores intensivos de drogas. Dessa forma, com o uso iniciando-se geralmente na adolescência, e principalmente em contextos grupais, tais drogas lícitas são a abertura para o uso de outros tipos de drogas e de consumo.
Importante destacar que cada grupo social responde a estímulos do meio ambiente ao qual se encontra inserido e as formas de consumo, as substâncias utilizadas e até o padrão de uso são determinadas pela combinação de fatores individuais e coletivos. Existem diferenças e gradações de uso de substância psicoativa que perpassam desde o uso ocasional até as formas mais severas de dependência. Além disso, é importante perceber e avaliar a química das substâncias e os efeitos associados no organismo, relacionando a função exercida pela droga na vida daquele sujeito, função essa que pode estar atrelada ao apaziguamento da angústia ou até mesmo com o desempenho de funções sociais, como sociabilidade e manutenção de estereótipos culturais relacionados ao uso de determinadas substâncias.
Tendo em vista a preocupação com a saúde mental e qualidade de vida do efetivo da Força Aérea Brasileira, é preciso engajar-se em refletir sobre a importância do assunto e, neste sentido, a primeira medida preventiva é a educação, sensibilização e conscientização sobre a temática do uso de drogas, proporcionando espaço para desmistificação do tema.
Dessa forma, o Instituto de Psicologia da Aeronáutica (IPA) desenvolve o Programa de Valorização da Vida – Sensibilização e Conscientização Sobre Uso Indevido de Álcool, Tabaco e Outras Substâncias Psicoativas (PVV- ATS) (PVV- Módulo II), que tem como objetivo prevenir, evitar a experimentação, promover a sensibilização e conscientização sobre o uso de álcool, tabaco e outras drogas, as possíveis comorbidades e as consequências sociais entre os militares, podendo alcançar também os dependentes e, ainda, subsidiar pesquisas científicas e sensibilizar ou alertar comandantes em relação à problemática, gerando, assim, o fortalecimento da cultura de prevenção no âmbito do COMAER.
Clique aqui para acessar a NSCA 38-21
Abaixo disponibilizamos conteúdos que contribuem para o conhecimento sobre os temas trabalhados no Programa de Valorização da Vida (PVV).
Cartilha de orientação sobre o uso indevido de ATS - ed. 2024 | Cartilha sobre os riscos associados ao uso de drogas |
Junho Branco
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dependência de drogas lícitas ou ilícitas é uma doença. Seu uso constante, descontrolado e progressivo, pode comprometer seriamente o bom funcionamento do organismo, levando a consequências irreversíveis.
Em 26 de junho é celebrado mundialmente o Dia Internacional de Combate às Drogas (Dia Internacional Contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas). Esta data foi estipulada pela Organização das Nações Unidas (ONU) com a finalidade de conscientizar a população global, sobre o uso das drogas (lícitas e ilícitas), além da necessidade de combater os problemas sociais criados por elas, que geram uma das maiores demandas de saúde pública no mundo.
Falar sobre a prevenção do uso abusivo de álcool, tabaco e outras substâncias psicoativas é uma forma fundamental para controle e redução do prejuízo para a saúde mental, perdas pessoais e profissionais.
Caso necessite de ajuda, abaixo listamos links de instituições de apoio a dependentes químicos e familiares.
- Narcóticos Anônimos (NA) – https://www.na.org.br/
- Alcoólicos Anônimos (AA) – https://www.aa.org.br/
- Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPSAD) – http://www.ccs.saude.gov.br/saudemental/capsacre.php
- AL-ANON - grupos para familiares e amigos de alcoólicos –www.al-anon.org.br
- Federação De Amor Exigente (FEAE) - programa de proteção social que visa a prevenção e a qualidade de vida, através de grupos de apoio – amorexigente.org.br
- LIGUE 132 – Oferece serviço 24 horas por dia, anônimo e confidencial, fornecendo orientações sobre drogas e aconselhamento para os familiares.
Módulo III -Apoio Emocional
Diante da transição da cultura civil para a cultura militar, os recrutas e alunos das Escolas de Formação Militar são lançados a vivenciar diversas situações cotidianas que possuem algum grau de complexidade e dificuldade que podem interferir na qualidade de sua saúde mental, sobretudo quando for necessário o aprimoramento de alguns recursos pessoais e organizacionais.
Desta forma, o Comando-Geral do Pessoal (COMGEP), tendo no rol de suas finalidades regimentais a responsabilidade por planejar, gerenciar e controlar as atividades relacionadas com o pessoal civil e militar do COMAER, identificou a necessidade de trabalhar alguns conceitos específicos no que tange à saúde mental de recrutas e alunos de Organizações de Ensino (OE) do COMAER, uma vez que foi possível perceber uma sensível mudança de comportamento, nem sempre benéfica, neste público em especial.
Desta forma, o Módulo III do Programa de Valorização da Vida sobre Apoio Emocional (AE) visa trabalhar a inteligência emocional como a habilidade para enfrentar situações adversas inerentes à condição humana, permitindo que o indivíduo responda às demandas emocionais de seu ambiente laboral, aplique o conhecimento acerca das emoções e de sua expressão nos relacionamentos interpessoais, contribuindo para desenvolvimento de uma geração de militares emocionalmente competentes e engajados, aptos a comunicar, ouvir, persuadir, inspirar e motivar.
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