Campo de Provas Brigadeiro Velloso, 13 de outubro 2022, 22horas. Em um tempo chuvoso, a torre de controle vetora para pouso na cabeceira 30 do CPBV um C-105 Amazonas do 1°/9° GAV, mais uma missão como tantas outras, chegada de passageiros e de material nesta Unidade. Ao pousarem, o ônibus de apoio já está estacionado a espera dos passageiros, operador de empilhadeira a postos e Oficial de Dia na Porta da Aeronave para receber os tripulantes.
Ao descerem, a tripulação recebe o lanche de bordo que o CPBV dispõe que é composto apenas de suco, biscoito e um doce e os passageiros são recebidos com muita fraternidade e direcionados para a viatura.
Na área administrativa, o rancho, que deveria ter encerrado suas atividades às 19hrs, se prepara para servir jantar aos passageiros às 22:30h. Na Usina, militares da seção de elétrica e o motorista de serviço trabalham para reestabelecer a energia do Campo de Provas que caiu por conta das fortes chuvas e raios que são comuns nessa época na região amazônica.
Às 22:40h, um militar do rancho liga para a área operacional e pergunta ao Oficial de Dia se pode enviar marmitas para a tripulação da aeronave, visto que todos os passageiros jantaram e ainda havia comida. O Oficial de Dia autoriza. Nesse horário, o operador de empilhadeira trabalha junto aos militares do Esquadrão Arara, na chuva, para retirada do material e acondicionamento dos paletes e a equipe que opera na Usina consegue reestabelecer completamente a energia na Unidade.
Às 22:55h, o soldado de serviço no posto CAN que outrora operava a empilhadeira agora se encaminha com a fonte para dar partida no avião, o motorista chega com as marmitas e o Oficial de Dia leva à aeronave que está prestes a sair. A tripulação recebe a alimentação, se despede e decola às 23:10h local.
Às 23:15h, a torre de controle informa o fechamento do aeródromo, a equipe do rancho apaga as luzes do refeitório - eles retornarão às 04:30h para a confecção do café da manhã. Se encerra, assim, mais um dia de trabalho e mais uma missão no CPBV.
Ao término das atividades, ainda em uma chuva forte, em um lugar inóspito da Amazônia onde a somente a Força Aérea Brasileira se faz presente, olho para o lado e percebo que todos estão molhados, cansados de um dia de serviço, porém com a sensação de dever cumprido. Ninguém se queixou, ninguém reclamou, ninguém pensou duas vezes antes de executar seu trabalho.
Nesse momento, recordei das palavras do Comandante quando, citando Mário Sérgio Cortella, se dirigiu pela primeira vez ao efetivo e disse "faça o melhor que você pode, nas condições que você tem, enquanto não tem condições melhores de fazer melhor ainda".
Esse simples evento narrado nesse dia 13 de outubro, que é corriqueiro nessa Unidade da Força Aérea, transparece na prática o que é ser militar do CPBV, quando temos amor à profissão, patriotismo, comprometimento e disciplina, não importa o tempo, não importa a hora e não importa o lugar, faremos sempre o melhor que temos ao nosso alcance para que a missão seja cumprida em prol do nosso Brasil.
Fonte: CPBV, por 1º Ten Int Iago Vieira de Oliveira
Fonte: CPBV, por 1º Ten Int Iago Vieira de Oliveira
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