No dia 1º de abril de 2025, a Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA) esteve presente em uma demonstração do Catamarã Poraquê, promovida pelo Instituto de Tecnologia (ITEC) da Universidade Federal do Pará (UFPA), sob a coordenação do Prof. Dr. Hito Braga. O evento, realizado para representantes do SESI e SENAI, destacou o potencial do Poraquê para a logística na Amazônia com foco na sustentabilidade.
O Projeto Poraquê
Lançado em setembro de 2024, o Poraquê é o primeiro catamarã elétrico e sustentável da Amazônia, desenvolvido pela UFPA em parceria com a Norte Energia, no âmbito do Projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) da ANEEL. Movido a energia solar fotovoltaica, o catamarã opera no Rio Guamá, em Belém, transportando até 25 pessoas, incluindo acessibilidade para cadeirantes. Equipado com dois motores elétricos de 12 kW, 22 placas solares e baterias com autonomia de 8 horas, o Poraquê evita a emissão de 100 toneladas de CO2 por ano, equivalente a 30 carros populares, reforçando o compromisso com a descarbonização.
Demonstração e Perspectivas
Durante o evento, o Poraquê foi apresentado como uma solução inovadora com potencial para levar atendimento médico a comunidades ribeirinhas, integrando telemedicina embarcada, foco da proposta do SESI e SENAI. O intento é adaptar a embarcação para operar como uma unidade móvel de saúde, conectando regiões isoladas a serviços essenciais. Representantes da COMARA acompanharam as demonstrações, avaliando o potencial do catamarã para apoiar missões logísticas na Amazônia, alinhadas à expertise da organização em infraestrutura e desenvolvimento regional.
Inovação para a Logística Amazônica
A iniciativa exemplifica como a inovação tecnológica pode transformar a logística na Amazônia, promovendo sustentabilidade e permeabilidade. O Poraquê combina eficiência energética com mobilidade fluvial, essencial para uma região onde rios são as principais vias de acesso. Sua capacidade de operar sem combustíveis fósseis reduz custos e impactos ambientais, enquanto a possibilidade de integrar telemedicina amplia o alcance de serviços básicos. Iniciativas como esta reforçam o compromisso com soluções que integram tecnologia, inclusão e preservação, pavimentando o caminho para uma Amazônia mais conectada e sustentável.
Texto: Maj Eng Melo
Fotos: Maj Eng Melo e Prof Dr Hito Braga
Redes Sociais