20 de março de 2016, nesta data foi incluído no banco de dados de Risco Baloeiro do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) novo reporte sobre ocorrência com balão.
O piloto da ocorrência narrou o fato: “Decolamos da pista 09L efetuando CGH 1A (procedimento de subida por instrumentos), fomos autorizados à proa direta de CGH (fixo balizado por um VOR) e subir para o FL de voo. Durante a curva, avistamos um balão 2000ft acima, a 2000m de distância. Já na proa de CGH, foi necessário desviar para passar no meio de dois outros balões, estávamos sobre CGH no FL 100 e os balões na mesma altitude a 1000m de distância. No total, avistamos na terminal São Paulo sete balões de grande porte.”
Desse modo, considere também o aumento da carga de trabalho relativa às atividades dos profissionais, do nível de estresse e o desvio da atenção diante das atribuições mais relevantes vivenciadas por essa tripulação, justamente durante o procedimento de subida em uma das terminais mais congestionadas do Brasil.
Essa notificação é apenas um exemplo de situações que ocorrem quase que diariamente nas terminais do Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba.
Em cada ocorrência como esta, está presente o risco para a segurança de voo. A possibilidade de que uma aeronave venha a colidir com um balão de grande porte, com consequências catastróficas, é real.
Entre os anos de 2013 e 2015 foram reportadas ao CENIPA sete colisões com balão, seis delas na terminal São Paulo, todas sem maiores consequências materiais ou humanas.
Em função disso, o CENIPA e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), entre outras organizações governamentais e não governamentais, têm trabalhado para conscientizar as pessoas que colocam esses artefatos no ar em relação aos possíveis danos deste ato aparentemente inocente.
Você, baloeiro, pode se tornar responsável por uma colisão com danos materiais e humanos!
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