Ir direto para menu de acessibilidade.
ptenfres
Página inicial > Últimas Notícias > SERIPA V alerta sobre vistoria de segurança de voo na Aviação Agrícola
Início do conteúdo da página

Capa9Os alunos do Curso de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – Aeroagrícola realizado, em Canoas, no Rio Grande do Sul, deixaram a sala de aula, na terça-feira (11/07), para participar do exercício prático de Vistoria de Segurança de Voo. A atividade foi realizada na empresa Taguató Aviação Agrícola, localizada no município de Montenegro, distante 70 quilômetros da capital gaúcha.

A aplicação do exercício, que faz parte do cronograma de atividades do curso, foi coordenada pela equipe do Quinto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA V), órgão que acompanhou a formação dos profissionais certificados para a segurança de voo na Aviação Agrícola.

A Vistoria de Segurança de Voo é uma das principais ferramentas voltadas para a prevenção, conforme preconiza a Norma do Sistema de Comando da Aeronáutica (NSCA 3-3). A finalidade é identificar situações de perigo presentes no dia a dia da atividade da organização, auxiliar pela monitoração das condições latentes identificadas e reconhecer as falhas ativas para que a defesa do sistema seja reforçada.

Na avaliação do Chefe do SERIPA V, Tenente-Coronel Aviador Leonardo Pinheiro de Oliveira, o exercício é uma oportunidade para treinar o senso de observação dos alunos para o detalhe que pode representar perigo de acidente aéreo. “O enfoque da vistoria não é punitivo e funciona como uma espécie de subsídio para o assessoramento da alta administração da organização”, explicou.

Vistoria - Um ônibus da Força Aérea Brasileira conduziu o grupo de alunos até o local do evento. Participaram pilotos (civis e militares), mecânicos de voo, técnicos agrícolas, proprietários e gerentes de empresas do segmento. Entre eles, representantes da Aviação Agrícola dos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Manaus e da Região Sul.1

Divididos em cinco grupos, sob a orientação da equipe do SERIPA V, os participantes seguiram roteiro que avaliou a condição observada, a análise e avaliação do potencial de risco e a elaboração de ações mitigadoras recomendadas. O proprietário da empresa disponibilizou uma de suas aeronaves para a vistoria e abriu os diversos setores da empresa para o trabalho do grupo.

As situações de perigo foram buscadas na observação do hangar, área de abastecimento, verificação da aeronave, controle de documentação e setor de descontaminação. Após a coleta das informações, cada grupo produziu o seu próprio relatório, que foi discutido e analisado na volta para a sala de aula.

Diário de bordo, habilitações e validade das máscaras de pulverização; o uso de placas de sinalização na identificação de alerta em determinados setores restritos da operacionalidade da empresa; ausência ou posicionamento incorreto de ferramentas utilizadas na manutenção, bem como o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) na área de descontaminação foram objetos de análise dos alunos.


23O proprietário da Taguató Aviação Agrícola, Marcos Dietrich, que há três anos cede a estrutura de sua empresa para a atividade de vistoria do curso de prevenção, disse que se sente orgulhoso pela contribuição de sua empresa à  segurança da Aviação Agrícola. “As recomendações dos relatórios serão bem-vindas para análise e implantação em nossa empresa para elevar, cada vez mais, a nossa segurança operacional”, destacou.

Prevenção - Leonardo Ongaratto, piloto da Aviação Agrícola, com oito mil horas de voo, atua no segmento há 12 anos. É também o sócio-proprietário da Empresa Sana Agro Aérea Ltda, localizada em São Paulo. “A saída em campo, para vistoriar, nos coloca na realidade da vivência aeroagrícola e agrega um conhecimento essencial para ser aplicado em nossa empresa”, disse.

Diego Fernandes, piloto agrícola, de Minas Gerais, em busca da sua primeira safra, diz que a vistoria é um excelente exercício para fixar os conhecimentos. “Observamos detalhes que podem passar despercebidos no trabalho da organização, devido à pressão da atividade aérea. Forma-se uma consciência para a atenção e a qualidade da segurança operacional”, observou.

Rogerio Cardoso, professor do Curso de Ciências Aeronáuticas e Pilotagem Profissional de Aeronave, do Instituto Toledo, de Bauru (SP), disse que a atividade prática tira o aluno de sala de aula para ver as condições reais da aviação. “A vistoria agrega valor ao conhecimento, porque foca no problema e leva o aluno a refletir sobre a dimensão de sua responsabilidade”, afirmou.33


“O contato com a realidade da empresa ajuda a refletir sobre a necessidade de quantificar os pequenos problemas, que fatalmente poderão causar um grave acidente no futuro. O nosso compromisso com tudo aquilo que aprendemos é compartilhar esse conhecimento com os demais colegas na empresa”, afirmou Ronaldo Xavier, Técnico Executor, há 17 anos, na empresa Taim Aeroagrícola Ltda, de Rio Grande (RS).

Fim do conteúdo da página